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Não é para os Pardais

 
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Não sinto nada…

Abril já passou e as andorinhas verdes partiram há muito…

Os poleiros que tinham a alegria dos vestidos de cravos,
encheram-se de Abutres e de Aves de Rapina que espreitam e governam…

Não há liberdade para os Pardais!

Apenas calma…
Apenas o dia sereno, que avança, sereno.
Tudo sereno e tudo manso.
Bem mandado o dia avança cansado.

E os poleiros, que de cheios, até vergam…
E as andorinhas verdes que partiram…
E os Pardais sem liberdade para serem pardais!

Ah, a liberdade não é para os Pardais!

O primeiro milho não é para eles,
O segundo, também não.
E se ele faltar, eles o pagarão!

A liberdade não é para os Pardais!
Não há liberdade para os Pardais!

Entalados entre o ferro e a bigorna que adorna…

Apenas mansidão,
Apenas serenidade,
Apenas tolerância.
Não, não é para os Pardais, a liberdade!


NR

Para pôr Portugal a refletir.
 
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nunorita
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Enviado por Tópico
RoqueSilveira
Publicado: 26/04/2010 23:04  Atualizado: 26/04/2010 23:04
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Usuário desde: 31/03/2008
Localidade: Braga
Mensagens: 8102
 Re: Não é para os Pardais
Andei por aqui a ler e tenho pena do que tenho perdido.
Gostei imenso Nuno
Bjs


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 27/04/2010 18:42  Atualizado: 27/04/2010 18:42
 Re: Não é para os Pardais
Sábias palavras, Nuno, num poema muito bem escrito. Sinceros parabéns.