Estrelas não te faltam, oh céu que esperas
Pelas luzes do reinado de luz do dia,
Pra iluminar-te o rosto o sol mistério
Da estrela branca, lustra quão tardia.
À tua espera, pois, te avisa e avia
O mar de contas que encontras na saudade,
Na divisa do que fostes e que não fostes,
Desvendarás a estrela branca da verdade.
Estrelas não te faltam, oh céu que esperas
Por caloroso, luzidio e enfeitado ninho
De quimeras e pão, de mistérios e alegrias
No anunciado porvir do invernal caminho.
Esvai-se no denso breu da espera finda
Seu eco surdo que no silencio anuncia
A estrela branca que brilhou com intensidade
Da tenra idade virá colher-te a companhia.