Poemas : 

Sair de casa - Lizaldo Vieira

 
Quer ir- Lizaldo Vieira
Lua cheia
Céu azul
Sol sempre vermelho
Chão rachando
De seco
Pois num guento mais não
Vou cair fora
Quem é fraco
Se arrebenta
O jumento não aguanta mais
Tá virando
Carne de jabá
Aonde que quer que deus me leve
Onde o mundo alcance a vida
Pra todos
Conte comigo
Manda-se na gandaia
Abençoa está
Pelo pai
Abença mãe
Até quando deus quiser
Olhando a miragem
Vou embora
Meu mundo é infinito
Safado
Bandido
Se esconde bem longe
Riacho da serra
Canta comigo
Agua doce é molha a terra
Chova ou sol
Pinhão pega a enxada
Limpa a roça
Paga a bodega
Vida de troça
Viajar é sempre recomendado
Nunca se sabe pra onde
A botija foi mandada
O nó
É mais em cima
Cismo em caminhar
Na cabeça há esperança
De muito ouro
Em serra pelada
Rico e pé chinelo
Batem o martelo
Pé na estrada
Vai lá
Pedro só
Sem medo
Nem segredo
Existe mais gente como medo
Querendo saber
O que e tanto esconde
Atrás dos montes
Por isso não me espere
Sem tempo pra chegar
Deixa a cigarra cantar
O mandacaru florear
A tanajura cair
E piaba de brejo voltar
Sem pestanejar
Um dia voltarei
Pegar o sol com mão
E plantar o milho
Do meu mungunzá


Q U E S E D A N E C U S T O d e V I D A - Lizaldo Vieira
Meu deus
Tá danado
É todo santo dia
O mesmo recado
La vem o noticiário
Com a
estória das bolsas
Do que sobe e desce no mercado
De Tóquio
Nasdaq
São paulo
É dólar que aume...

 
Autor
Lizaaldo
 
Texto
Data
Leituras
800
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.