Poemas : 

Sangrando

 


Neila Costa








Sangram-me as palavras
Como sangra, do vagabundo,
A vida sem sentido...
Inferno nauseabundo.

Sangram-me as palavras
Como quem sangra
Do amor, a ternura;
Do lar, a quietude;
Da sensatez, a prudência;
Da paz, a serenidade;
Da injúria, a paciência.

Sangram-me as palavras
Como quem sangra
Da rua, a tranqüilidade;
Do céu, as estrelas;
Do dia, o sol
E da noite, a lua.

Sangram-me as palavras
Como sangra a sensibilidade
Diante do terror diversificado,
Como sangra tudo o que assola
A enraivecida humanidade.

Sangram-me mais além...
Como quem, na vida, sangra
A carne... e a alma de alguém.



Sou o Ontem vestida no Hoje
que no Agora em que transponho
sentimentos em algo real do instante,
transcrevo o que sou ou quem fui
fora de hora.
Sou o Eu Vestida nas Horas,
que escorre pelos Minutos
e Segundos que se vão afora.
Neila Cos...

 
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NCosta
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Enviado por Tópico
sommerville
Publicado: 03/04/2014 01:39  Atualizado: 03/04/2014 01:39
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 Re: Sangrando NCosta
NCosta

Venho detrás, do poema anterior no qual li sua resposta ao meu comentário... Li
este poema ontem e ... sim , gosto(agora há um dedo tipo I Like do Facebook) estou a virá-lo para cima.

Grato por este momento.

Bjs.