Crónicas : 

Jornada entre Veneza e Siracusa

 
Foi bem pela manhã que iniciei a caminhada, saindo de Veneza, com destino a Siracusa. O silêncio era tanto quanto a brisa nas barracas de peixe da feira livre. Alguns haviam prometido ajudar soprando a vela, mas os exercícios de natação aconteciam no jardim. Poderia dizer adeus à minha cidade natal e rumar para distantes e paradisíacas praias à procura dos ancestrais.
Durante a extenuante jornada, um estreito círculo de amigos deixa a casa linda e bem decorada. Numa das extremidades da sala de jantar, distante de tudo, alheio aos modernismos, parecia querer a qualquer custo enviar um sinal de fumaça de sua maneira. Sabia que a tempestade não depende da profundidade do mar e cristais de quartzo liquido não constituem nenhum um obstáculo à espera da liberdade, por mais doce ou acre que seja.
Ainda bem que a aurora que vem, brilha como um farol alto desregulado e o fogo, longe da água, arde mesmo no escuro da noite. Então, vou através das ondas do mar até chegar até Roma.

 
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FilamposKanoziro
 
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