; uivam algumas alcateias por entre árvores que se refugiam

de quantas ondas se faz um mar,
de quantos silêncios se faz uma saudade.
(interrogação para quê, para quem?)
De.

queda-se o olhar distanciado sem fixar ocasos, acasos,
e vibram pensares de como seria o mar que nunca viu, nascem então a "saudade imensa" a tal liberdade que se procura sempre. Obrigado Poetisa Luzia.

Construo as grandes muralhas do crepúsculo
Pelas tardes dos absortos dias além de ti
Tudo se contempla dos altos imaginários
Agarrando estrelas ou o breu que as envolve.

E mesmo que me sosseguem visões
Regressam sempre as paragens mais distantes

Nem sempre sei o que busco, como uma chegada, onde a imensidão cobre de rendas o absoluto. Obrigado Poetisa que admiro Vania.

vou-te contar uma história:
O Transversal nasceu no Ceará entre o olhar o mar
"não te iria escrever dos vendavais Descrever
ventos despenteando sombras amontoadas
protegendo-se incólumes

talvez defesas talvez redenções

mas pelos cantos concentram-se perfumes invadindo os corpos esgotados em cada
poro por cada respirar.

carrego mares calmos inseparáveis gêmeos
que deixaram de uivar
jamais domesticados como eu."

O F.Duarte nasceu em Lisboa onde o rio Tejo e as suas Tágides se encontram com todo o mar que separa um do outro:
"da natureza em tons de verde desbotado,
um sol nublado, quão distante a nebulosa destapada,
reaviva-se a esfera, o cilindro, porque não o cone,

memória nessas formas fundamentais
que se sossegam, liberta-se a vénus da beleza endeusada,
inexistente.

dilacere-se a tela, que apodreça num deserto de sal
que se desfaça fúnebre,
purifique-se, putrefaça-se,"
e concordo contigo quando escreves entre o olhar e uma noite boêmia ouvindo fado. São os Outros que povoam um Eu que jamais se quererá uno. Coisas direi.
Talvez como canta Cartola precise de me encontrar, mas por enquanto ainda é cedo.(rs). Obrigado querida Poetisa Valéria pelo comentário, lembrança, por seres tão tu. Beijos