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Quando digo de mim

 
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Quando digo de mim
há um bocal ofuscado que me suga
nos beirais dos olhos insanos
um ciclo perigoso cola-se ao peito
e desdiz as mares secas dos olhos

Quando digo de mim
da ponta do espinho solta-se
o reverso do tempo por onde escorre
enxames de beijos roubados
presos à boca.

Alucinando…

Quando digo de mim
o aço estremece
na lisura dos dedos febris
e as partículas adormecidas
gemem ao lado do vento
famintas de ti

Quando digo de mim
calo-me num rosário aceso
na sombra da noite


Escrito a 14/11/14
 
Autor
Liliana Jardim
 
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Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 16/11/2014 05:21  Atualizado: 16/11/2014 05:21
Membro de honra
Usuário desde: 25/01/2009
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Mensagens: 17926
 Re: Quando digo de mim
calo-me num rosário aceso
na sombra da noite.

só esse verso é um poema inteiro.
obrigada... bjs