Amor de amantes
Das constelações que cintilam no céu,
não brilha mais que o olhar de um apaixonado...
E nas profundezas de um coração ansioso por amar,
o ser amado está desenhado em todos os detalhes,
num sentimento ilimitado que ultrapassa barreiras ...
No fim de tarde, em que o sol se põe,
a chama do amor revive, e queima,
fazendo o ápice de todo fulgor ir além,
de qualquer das circunstancias,
e desse querer de jamais, ficar só ...
O firmamento de um elo feito por juramentos,
em um dia de verão, que o sol sorria iluminando,
as promessas desses amantes iludidos por suas paixões...
E quando a noite chega, o desejo serpenteia os corpos
quentes e viciados de amor, de todos os apaixonados,
que brincam com suas vontades sequiosas de sentir,
esse prazer que arrebata, e toma conta de todo ser ...
Amor, amor, tão alma, e tão carnal,
por vezes tão leve, como floco de algodão
solto, leve, e mansinho, voando pelo ar,
como se deixasses o vento levar-lhe a plenitude ...
E outras esse tal amor,
torna-se uma bomba,
que explode, transborda , desfere
envolve, e bagunça, arrebatando,
e queimando tudo como larvas de vulcão ...
Amor que por vezes faz sorrir,
e outras faz chorar...
Viver, morrer...
Amor de amantes,
umas vezes tão reciproco,
e por distrações as vezes, tão desprezado...
E quanto somos dependentes dele?
“Forte presença” - Soneto
“Forte presença” - Soneto
Na penumbra do quarto ainda vejo o vulto
Da noite engolida pela densa madrugada
Fragmentos da musica que embalou o culto
Nessa cama, altar, onde fui endeusada
Estranha lucidez, das frestas da vidraça o lume
Etérea, ainda lânguida, recuso-me a despertar
O corpo ainda guarda o gosto, tem o perfume
Dessa paixão que os nós do pudor fez desatar
A luz que agora ofusca ecos do sentimento
Daquilo que em mim ficou, depois da partida
Dominante presença, fortemente sentida
Do olhar dentro do olhar, guardo o momento
Desse olhar intimo que só nos entendemos
A cama desfeita, vestígios do que vivemos...
Glória Salles
SUSPIRAR DE AMOR
Doce suspiro no meu pensamento vem
Desse amor que agora sou refém
Vou te buscar dentro da minha emoção
É lá que vive meu coração...
Por favor, clique na imagem
Eu voce e a caneta
Ora amigo papel
Receba meus lamentos desse mundo cruel
Desculpe mas Minha mao escreve apenas o gosto amargo do fel
Receba esse desabafo do seu amigo intimo
Amigo que lhe confia os segredos que mantenho escondido
Segredos confessados em letras
Que ficara entre eu voce e a caneta
E juntos levaremos essa bela sintonia
Nesse trio solitario encontramos companhia e dessa cumplicidade... faremos poesia
Essa e uma das relaçoes mais perfeitas que existem entre a folha a caneta e o poeta pq o que os une e o sentimento que sai do poeta transformado em palavras pela caneta e ficara eternizado na folha nada podera romper esse laço pois aqui so ha amor e nenhum interesse material
Possibilidades
Pudesse eu dar-te os beijos
Que se soltam do meu olhar
E soltar as palavras
Que me embargam a voz
Instalada no silêncio…
Pudesses tu desvendar-me
O desejo que me denuncia
E reconhecer o sentimento
Que combato em meu peito
Num misto de medo e prazer…
Pudéssemos nós sermos unos
Em corpo e alma,
Com o coração batendo
No mesmo compasso musical
E envolvidos no mesmo poema…
AMOR MELODIA
Melodia incessante...
Gritante na alma, o amor.
Como o canto de pássaros
Sonoro aos ouvidos...
Como o som de um piano,
Sax, flautas com suas melodias
Agradáveis contemporâneas ou não...
Alimentando a alma e trazendo vida ao coração...
Coração arfante de tanta alegria
Harmonia, como uma sinfonia,
Ao som de uma orquestra com vozes,
Violinos, violoncelos e violões.
Como uma bailarina ao som de uma melodia.
Exímia flutuando suavemente...
O amor, melodia!
SAUDADE MINHA
Pensei ser ainda a tua saudade
Insistente dia a dia
Que evoca as lembranças do beijo trocado.
Pensei que ainda era eu tua saudade
Que arfa nos ventos do quebra mar...
Nos lilases do Manacá em flor.
No cheiro das manhãs
Haverá ainda saudade?
Nas nossas calçadas, ruas, praças...
Nas paredes, janelas ou varandas...
Da casa que construímos em sonhos?
Na saudade que dói se atende o coração.
Sinalizando tanta falta
Quanto sentir nessa saudade
Será que passeio nas tuas memórias
Assim como passeias no meu coração?
Se ainda existo em ti
No infinito das tuas recordações.
Que as lembranças te façam sorrir
Porque nas minhas memórias
Tens cativa morada
Sem conter as recordações
eu carrego esta saudade...
escrever
Escrever apazigua as dores alivia meu coraçao desafoga minha mente o papel e a caneta se tornam meus aliados contra a solidao pois estao comigo nos sorrisos e nas lagrimas sao meus verdadeiros amigos para quem eu posso realmente desabafar
CORAÇÃO CEGO
De tantas nuvens no olhar
A cegueira toma conta
Quando se nega o obvio
Mais cego está o coração
E tentando limpar tantas nuvens
Outras mais chegam, escuras, pesadas...
Mas o coração tonto de amor
Se recusa a acreditar nas nuvens
Vê um mundo límpido e colorido...
Acredita que os olhos do coração
Que carrega outra visão
Só vê o que quer, e não o que é.
CALMINHA AÍ
CALMINHA AÍ
Calma, meu coração
Que pele é pasta porosa
Segura aí teu sentimento
Nesta morsa
Apetitosa,
Ferrosa
Vê se glosa esse alimento...
Imaginação não é devaneio
É meio de criação
Delírio, isso sim
É danação sem freio
Essa incursão prossegue
Veia do pescoço afora
Sombra nua a perambular
Pelas ruas e becos cegos
Pelos bailecos marotos do mundo...
Calminha aí, coração
Despista os absurdos
Que sangram de teu vão
Que o corte é muito profundo
(Aquieta-te.
Que - cá entre nós -
O que não te mata
Engorda-te
De emoção)