Poemas : 

introspecção

 



numa página
em branco
um minúsculo pingo
oriundo d' outra
cor qualquer
dá cor à
solidão.


Aquela mania de escrever qualquer coisa que escorrega do pensamento.

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quando o
silencio
é universo

ou...

quando tudo
é pouco
 
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MarySSantos
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 01/06/2018 19:53  Atualizado: 01/06/2018 19:53
 Re: introspecção
.
Duas das qualidades que mais admiro num poeta é a concisão da expressão e a precisão da palavra.
Dou-lhe os parabéns por ter ambas.

Enviado por Tópico
Rogério Beça
Publicado: 02/06/2018 08:23  Atualizado: 02/06/2018 12:52
Usuário desde: 06/11/2007
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Mensagens: 1929
 Re: introspecção
Não sei se hei-de salientar o aparte ou o poema.
Ou explicar porque não estão juntos. Apesar de muito diferentes.
Nesta procura por dentro (acho que introspecção quer dizer isso) falas acima de contrastes. De minorias.
Usas metaforicamente a folha de papel e essa escolha já é inteligente, tendo em conta que a escrita é feita em papel, maioritariamente branco. Poderia ser preto se a tinta fosse branca, ou amarela.
Qualquer cor perante o branco realça. Ainda que gota ou ponto seja, dá dimensão. Torna-se total e ainda que ténue pode ser gigante sem outro objecto de comparação.

O abaixo parece o inverso.
"...quando tudo
é pouco."
Tudo é uma abstração pura. Assim como nada. São absolutos iguais.
Por um lado implica uma expressão imensa de insatisfação.
Quando tudo o que há, ou se tem, não chega e mais que tudo não há (já que tudo é mesmo tudo), como suprir o pouco?
Ou antes, será justo ou bom contentarmo-nos com pouco?

"Quando o silêncio é universo..." quando absoluto, reforça o papel do papel em branco.
De nada ele ter mas de tudo ser possível lhe inserir.
Universos semelhantes.

Partindo do princípio que o silêncio, o papel branco, o universo, o tudo e o nada são infinitos.

Boa de-coração de interiores a tua.

Bj

Enviado por Tópico
Juanito
Publicado: 02/06/2018 22:57  Atualizado: 02/06/2018 22:57
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Mensagens: 3097
 Re: introspecção
Um minúsculo pingo de qualquer cor, pode derramar luz sobre a solidão.

Meus parabéns, poetisa!!

Um abraço!