Poemas : 

Um Dia... Talvez Dois

 
Sorriu a noite pálida e serena,
Sorriso de um vazio cheio de nada
De pequenas luzes curiosas,
Que eleva em júbilo a paixão amena,
Um olhar de cara zangada,
Flores ao vento, graciosas.

Passou a água pura na margem do rio,
Passagem que fez o dia lembrar que é dia
Adornado por árvores de copas altas,
Pássaros que entoam sinfonias ao frio,
Romances de um amor que não mentia,
Rosas a brotar suaves, em minhas faltas.

Caiu uma lágrima do céu imenso,
Queda que me fez chorar o mundo
Cravado de farpas ideológicas.
Dormir no chão com odor a incenso,
Dor que cruza o azul a cada segundo,
Deformação... armas bilógicas.

Segredou o velho uma moda do seu tempo
Segredo que passou de ouvido em ouvido,
De pais para filhos e quem sabe... seus netos.
Ao sabor do mar, ao temor do vento,
Um homem só que se sente perdido,
Que olha o chão e chora afectos.

Beijou tua boca a minha,
Beijo que durará até amanhã,
Que derruba tristeza e preconceito,
Ergue a flor que definha
Numa esperança que se disse vã...
Olho teus olhos! O mundo perfeito.


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 11/05/2007 15:53  Atualizado: 11/05/2007 15:53
 Re: Um Dia... Talvez Dois
Gostei deste poema, da sua construção, do bailado harmonioso das palavras e da rima...
Fiquei curioso pelos outros poemas.