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Textos de Quarentena 5

 
O silêncio arrasta-se nas paredes caiadas de branco e lavadas pelos poucos raios de sol que fogem às nuvens. Esse mesmo silêncio que entranha de medos e dos olhares desconfiados de cada um. Esses mesmos olhares que se cruzam por leves segundos para que não se contagiem, nem com a tristeza de um, nem com a incerteza de outro. O Mundo está confuso, eu estou confuso. As paredes que me confinam parecem cada vez mais apertadas, o chão que piso está cada vez mais desgastado, a loucura teima em fazer-me escrever, e escrever e escrever. Nada faz sentido, apenas a garantia de que a seguir a este há sempre mais um dia que talvez não seja para as mesmas pessoas que o viram nascer ontem, ou hoje.
Ouço agora algumas vozes que se misturam com músicas que me relaxam o corpo... não! Não quero relaxar o corpo durante o dia. Não quero sentir um sono que pode ser o último, mas quero continuar a sonhar. Quero continuar a ler os teus olhos e a ver-te sorrir, a dizer disparates e poder voltar a amar-te. Quero chorar contigo, um abraço, um beijo.


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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