Sonetos : 

CABELOS BRANCOS

 
Repousa já teu olhar tão cansado!
No mundo tu foste a muralha persistente
Alçada com a força do teu braço
Fizeste florir em terras tão doentes!

Hoje, já caminhas em lento estilo...
E tens às mãos as marcas do tempo
Na pele, o viço que o destino
Há de tirar dos homens o alento...

Mas, pai, caminhe mesmo assim altivo!
Com teus cabelos brancos tão brilhantes
Caminhe por estrelas itinerantes!

E quando eu me sentir muito só
Trarei à minha mente amor maior
Como aquele que conquistei de ti...

(Ao meu avô Arthur, um pai pra mim)


"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)

 
Autor
Ledalge
Autor
 
Texto
Data
Leituras
905
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
2 pontos
2
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 13/04/2008 21:12  Atualizado: 13/04/2008 21:12
 Re: CABELOS BRANCOS
O avô Arthur sentirá, certamente, um imenso orgulho na neta poetisa...e com sonetos destes...rejuvenesce muitos anos concerteza. Bj

Enviado por Tópico
ângelaLugo
Publicado: 13/04/2008 22:07  Atualizado: 13/04/2008 22:07
Colaborador
Usuário desde: 04/09/2006
Localidade: São Paulo - Brasil
Mensagens: 14852
 Re: CABELOS BRANCOS p/ Ledalge
Querida Núria

Maravilhoso seu soneto de amor
ao seu avô...Parabéns

Beijinhos no coração