Poemas : 

Vai e Vem

 
Ir pra lá ou pra cá
E aqui novamente
Voltar a ir de volta
No hábito, ou no hálito
E do princípio ou final
do precipício íntimo precípuo
Até a extremidade ressurrecta
Uma nesga deste ou daquele
O oposto que te rói até o osso
E aqui tampouco estará
Por viver entre trastes
Em perpétuo insípido desacerto
Aos demais, de mais
Em parcos recomeços voláteis
contratempos e pró-tempos
Pois se não ao tosco, senão
de algum complexo
hemibalista em pleno voo
Cálido ou gelado na doação
de inteiro ou dois quintos
No fastio de metades
De entreveros em leitos resilidos
Contra todo nervo sui generis
Do aquém, de quem, de além. Amém
Enquanto cala-se quieto
Defronte o fugaz aspecto
aparente ou do suposto
Com todos os sentidos
sem sentido, sem tido
No tédio sufocante
Com garras, unhas e pronto.


"Somos apenas duas almas perdidas/Nadando n'um aquário ano após ano/Correndo sobre o mesmo velho chão/E o que nós encontramos? Só os mesmos velhos medos" (Gilmour/Waters)


 
Autor
Sergius Dizioli
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 04/05/2023 11:40  Atualizado: 05/05/2023 16:11
 Re: Vai e Vem, dança ...


Enviado por Tópico
Alpha
Publicado: 04/05/2023 11:40  Atualizado: 04/05/2023 11:40
Membro de honra
Usuário desde: 14/04/2015
Localidade:
Mensagens: 1911
 Re: Vai e Vem
E nesse vai vem constante
Giram vidas atribuladas
Nesse seu estar incessante
No seio de pequenos nadas!

As voltas e reviravoltas nos conduz a interrogações as quais nos levam mais longe e a outros lugares com fórmulas e carateres que de outra forma não se encontrariam caminhos!