Poemas : 

No Vale de Gimmerton

 
Uma cascata sonora
No vale de Gimmerton
Reverbera na pele rochosa
Uma lamúria de som.

Viola um reino xiita
Que prima por volição
Da água que dali evola
Da ave que dali volita.

Opróbrio servil inocula
Inócuos ósculos fugidios
Campestres galos no cio
Naquilo que não coagula .

Um verso vistoso e verídico
Percorre a planície e planilha
Cozendo a carranca do cínico
Nos sisos mortais da matilha.

O ocaso laranja o alpendre
O monte de Vênus que cobre
Desliza suave no ventre
Nos seios rosados em que morre.

Um terço daquilo que faço
Recai sobre a planta mofina
Nos olhos daquela menina
Que me recusou um abraço.

Desfiz do giz e disfarço
Naquilo que à noite eu fazia
À espera do rei de Antioquia
Que um dia foi preso no mastro.

Não diga o que digo, meu caro,
Que a festa não tem primazia
No raio do sol que eu me calo
Na réstia desta... Poesia!



Gyl Ferrys

 
Autor
Gyl
Autor
 
Texto
Data
Leituras
234
Favoritos
4
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
42 pontos
2
4
4
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
benjamin
Publicado: 26/07/2023 18:53  Atualizado: 26/07/2023 18:53
Administrador
Usuário desde: 02/10/2021
Localidade:
Mensagens: 422
 No Vale de Gimmerton p/ Gyl