Poemas : 

De Mim e do Que Resta ao Mar - Acto 114

 
Nem tantos são maus nem os demais são bons
Ambos dormem ao relento no regaço das mães
Num chão frio pedinte coberto de outros iguais
Segredam entre si velhas mezinhas a dois tons
E a fome assediava seus corpos com mais pães
E a morte morria às mãos dos desejos canibais

O último grito ainda se pintava de negro sem cor
Fundindo a sombra com uma luz fraca sem olhar
Naquele gozo incontido de uma última despedida
Depois ergueu lenta a cabeça num esgar de dor
Aplaudiu uma vida nua que ninguém quis salvar
Partiu sem destino ao lado da palavra esquecida


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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