Poemas : 

Andamentos

 


Naquele lugar que marcava o estado inicial

saciávamo-nos em pulsações nervosas

deixando que o mundo fluísse

em relógios invisíveis

na clareira do tempo

que suspendo na memória.



Sem voz para cantar

até que a paisagem adormeça



calo-me agora

para que o retorno aconteça



e

na indefinição dos mundos

possa reinventar a cor



ver longe

e partir



reconhecer-me una

e voltar a ser só uma

dentro do que sobrou

e sou.



Porque

de súbito

é tangível a realidade das sombras

e ecoa

ao limiar da foz

o piano do último andamento.








 
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idália
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