Enviado por | Tópico |
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João Marino Delize | Publicado: 04/04/2025 14:27 Atualizado: 04/04/2025 14:29 |
Membro de honra
![]() ![]() Usuário desde: 29/01/2008
Localidade: Maringá-
Mensagens: 2020
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![]() Gostei muito, só não sei o que é bágoas.
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AlexandreCosta | Publicado: 04/04/2025 15:47 Atualizado: 04/04/2025 15:47 |
Colaborador
![]() ![]() Usuário desde: 06/05/2024
Localidade: Braga
Mensagens: 727
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![]() numa leitura bruta:
Muitos fizeram vida assim, nos tempos difíceis da ditadura, quando a fome apertava, no estômago colado às costas. por outro lado...: procurei-te nos montes inversos, como alma que parte em jornadas de luta, para trazer à praça as palavras que definem a liberdade de ser, poeta sem grilhões... houve um tempo, das bágoas e dos tiros de não o deixarem ser! um abraço e bom fim de semana |
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rosafogo | Publicado: 05/04/2025 14:11 Atualizado: 05/04/2025 14:11 |
![]() ![]() Usuário desde: 28/07/2009
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Mensagens: 11009
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![]() Caro Poeta
Faltam-me as palavras para lhe dizer da minha admiração pela sua poesia. Este poema traz à memória dos mais idosos, esse tempo arriscado em que se atravessava a fronteira para poder sobreviver, era muito pequena, mas recordo o quanto sofriam os pobres que partiam à sorte para a França, ou buscavam mantimentos para aguentar a vida, dói só de lembrar, e a dor era também para quem ficava sem notícias, às vezes anos a fio. Espero que os mais novos não tenham que enfrentar os mesmos pesadelos. Bom fim de semana para o Poeta. |
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Vania Lopez | Publicado: 05/04/2025 23:49 Atualizado: 05/04/2025 23:49 |
Membro de honra
![]() ![]() Usuário desde: 25/01/2009
Localidade: Pouso Alegre - MG
Mensagens: 19080
Online! |
![]() Retratou a dor vívida, vivida e a que ainda se vive. Bágoas, li como mágoas. Disse tudo, de modo que o poema nos olha fundo, como a roupa dos ausentes. Fez curva na história com beleza, precisão. Bjs
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Rogério Beça | Publicado: 06/04/2025 08:58 Atualizado: 06/04/2025 08:59 |
![]() ![]() Usuário desde: 06/11/2007
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Mensagens: 2257
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![]() Pois, reli...
Os meus pais são do distrito de Vila Real. Vieram, sem ser a salto (ou será afinal a assalto?), para Lisboa, cá se conheceram e constituíram família. Engraçado encontrar um regionalismo transmontano num alentejano de gema. A fronteira entre Portugal e Espanha tem muitos km sem postos de controle. Há picos de serra a separar-nos, ou searas magníficas, alguns rios - natureza. Mas foi a miséria que empurrou milhares por essa linha imaginária, durante décadas, onde num momento se fala português e no outro já se fala castelhano, ou galego. Há caricaturas, feitas por franceses, do emigrante português, bem decadentes. Tal era a nossa falta de tudo, até e sobretudo, de instrução. Restava-nos a abnegação que nos tinha trazido à terra dos avecs. Neste Poema de Contrabando, acho que o produto mais caro é o poema em si. Ele está cheio de taninos bem fortes, árduos de engolir. há um verso que se repete: Bágoas no olhar e um tiro certeiro de estrofe para estrofe, ele surge, primeiro no primeiro verso, depois no segundo, depois no terceiro... E fico com a impressão que, se houvessem mais estrofes ele continuaria a descer. Como as "...Bágoas..." no rosto. Pergunto-me, se todos os que leram, leram como como eu, um ponto de interrogação no verso final... Abrilada forte |
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DiogoCosmo∞ | Publicado: 15/04/2025 11:42 Atualizado: 15/04/2025 11:57 |
Muito Participativo
![]() ![]() Usuário desde: 02/02/2025
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Mensagens: 59
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![]() Boas tardes meu caro. Para que as memórias nunca se percam dos: avós, pais, filhos. De tantas e tantas aldeias fronteiriças que tombaram para dar de comida aos seus. Era na altura uma forma de vida, por vezes a única forma de sustento. Por momentos fez-me viajar no tempo, (tempo que quiçá, ainda não acabou). Obrigado pela memória. Para que esta, e muitas outras memórias (tal como as minhas) nunca se percam, temos que as contar, passe o tempo que passar. Para que TALVEZ um dia, alguém aprenda com isto. Muito Obrigado!
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