Sonetos : 

Nenhum sopro de vida fecundada

 
Nenhum sopro de vida fecundada,
Nos antípodas da terra bendita,
Nem luz entre as mortalhas penetrada,
Ferem de morte a tristeza infinita.

Amorfa a voz na boca amordaçada,
Em busca da palavra nunca dita,
A tristeza no rosto disfarçada,
A alma sufocada que emerge aflita.

Mas na perdição tão viva e iminente,
Singrando num mar de gente indiferente,
É Diógenes erguendo a lanterna?...

Não. Sem cinismo e numa voz tão terna,
Lançou-me a boia flutuante e eterna,
E estendeu-me a praia, naturalmente.

15 de Dezembro de 2006

 
Autor
ViriatoSamora
 
Texto
Data
Leituras
46
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
3 pontos
1
1
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
iLA
Publicado: 22/06/2025 18:23  Atualizado: 22/06/2025 18:23
Colaborador
Usuário desde: 25/11/2024
Localidade: Terra
Mensagens: 970
 Re: Nenhum sopro de vida fecundada
.....
.
.
....
confesso que ne senti meio apreensiva no decorrer da leitura.



iLA 🌻