Sonetos : 

Passa da meia-noite e não há voz

 
Passa da meia-noite e não há voz,
Nenhum grilo contente aqui cantou,
Dormem – sinto-o –as almas dos meus avós,
Até que uma estrela assim me falou:

O nosso brilho é maior do que nós,
Perdi a memória à luz que dou,
Juro-te que nunca estaremos sós,
Sou a luz que a tua luz alumiou.

O nosso tempo seja a eternidade,
Passageira como a chuva estival,
Mas que faz ferver a terra devota…

Um pouco mais e perde-se a idade,
Romperá a madrugada triunfal,
E então morreremos e ninguém nota.

19 de Agosto de 2011


Viriato Samora

 
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ViriatoSamora
 
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