Sonetos : 

Da folha dum poema faço um sudário

 
Da folha dum poema faço um sudário,
Já tive berço e lar e promontório,
Na certeza de nenhum verso inglório,
Detenho o mundo real e imaginário.

Fui aos infernos, subi ao calvário,
Rebusquei-me e deixei-me ser simplório,
O bom soube sempre que era ilusório,
Se acharem fácil, leiam-me ao contrário.

Musa da escrita bela, quando vens?
Vislumbro papéis nas bocas dos cães,
Não tardes mais, que é tarde e o breu expia…

O meu riso é pranto de pobre mães,
Que embalam filhos doentes noite e dia,
Na solidão da tua companhia.

13 de Maio de 2011

 
Autor
ViriatoSamora
 
Texto
Data
Leituras
14
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.