A lua, as estrelas, a fantasia,
Os olhos dos íncolas deste mundo,
A criança que nas palhas jazia,
Eu próprio, do meu buraco fundo…
Para ti olhamos, flor da nostalgia,
Vidrados no teu trejeito jucundo,
Que o peito aquece na noite mais fria,
E nos faz viver horas num segundo.
Quem te fez anéis no cabelo fino,
E olhos da cor branda e gris do mar,
Num momento de bafejo divino?...
Foi aquele que encontras sem buscar;
Mas olhando de soslaio o menino,
Foge! Que ele quer-te para o trocar…
13 de Novembro de 2001