Sonetos : 

Antes da alvorada, numa janela

 
Antes da alvorada, numa janela,
Sem voz entoada ao som de viola,
Ferido o tucano nesta gaiola,
Breu pictórico e feito a qualquer tela.

Aponta-me a noite a negra pistola,
Quer saber porque estou de sentinela,
Quando todos dormem na cidadela,
Mas lá me aconchega como uma estola…

Eu, tal como tu, noite, não dormi,
Vade retro o Xanax, os chás de tília!
Insone eu ando e triste sem família…

Mesmo dormindo estaria em vigília,
Sonhando com praias de Paraty,
Ou com mundos e céus que nunca vi.

01 de Julho de 2009

 
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ViriatoSamora
 
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