Poemas -> Desilusão : 

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Minha poesia insana
sana essa alma-chama
que se funde ao mundo
e declama
as vozes dos muitos e muitos
que não sobreviveram...

Sobrevivente...
é como se entende
meu ser que estende
as mãos a ilusões,
mendigando algumas malditas moedas de prata,
como a da mão de Judas,
lá presentes, tão somente
por trair o que lhe era mais sagrado…

Talvez, me esqueci do que é sagrado...
Talvez, depois de tanto ter sangrado
cansei de botar fé em qualquer coisa
que não seja
anestesia...
E essa poesia é criatura
da chama imatura
que ao invés de viver,
sobrevive..
ainda hoje...

Cansei de contar os mundos
que desabaram em segundos
e lá no fundo ainda sinto,
profundo,
que sou um eterno
"quebrar-se em pedaços";
a cada passo:
os destroços,
o asco...
Quando eu realmente acreditava
que era alguma luz…

 
Autor
RaphaelVilela
 
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