Roga-se um momento para o amor,
Mais outro para o ódio que o sustenta,
É uma ordem pedida por favor,
Manda o coração que ambos alimenta.
Baixa a guarda altiva mas sem clamor,
Rendida ao compromisso que a afugenta,
Sustém o embate com força e temor,
Porque o medo inflama, não desalenta.
E mesmo que os tempos vejam os fins,
Cavalgando essas mulas desabridas,
Justificando os meios da loucura…
Nunca serão últimos nem ruins;
Descerão ufanos as avenidas,
E entrarão pelas ruas da amargura.
25 de Maio de 2010