Sonetos : 

Ver-me-ão em todas as lutas sozinho

 
Ver-me-ão em todas as lutas sozinho,
No paradoxo que sou e não me acho,
Ardendo no âmago o incrível fogacho,
O rosto sulcado, sem ser velhinho.

Morro-me calado e devagarinho,
No fio do machado em que me racho,
Vendo-te crescer, Capitão, meu facho;
E eu sempre só fazendo-me ao caminho.

Até que em tanta guerra perscrutada,
A razão das coisas, a loiça fina,
Vem a mim quebrada em mil cacos fúteis…

A luz do fim em tosca pincelada,
Retratando a sépia a minha rima,
Desassombra os amores mais inúteis.

09 de Dezembro de 2010

 
Autor
ViriatoSamora
 
Texto
Data
Leituras
21
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Beatrix
Publicado: 17/09/2025 15:42  Atualizado: 17/09/2025 15:42
Colaborador
Usuário desde: 23/05/2024
Localidade:
Mensagens: 760
 Re: Ver-me-ão em todas as lutas sozinho / ViriatoSamora
.
Olá, ViriatoSamora.

Tenho acompanhado o que escreves e gosto de te ler.
Os teus sonetos são sempre certinhos e o imaginário é diversificado.
Obrigada pela partilha.

Continuação de boa semana!

Ab
Beatrix