Ele tentou dizer-lhe o que sentia,
Pegou-lhe na mão, tremendo e inseguro,
E quando o olhar já quase o derretia,
Cercou-a pela cinta, como um muro.
A sua boca nada proferia,
Rasgou-se-lhe o peito ansioso e puro,
Suava frio e quase ali morria,
Testando o coração tão fraco e duro.
Em presença da boca deleitosa,
Entreaberta, perguntando-lhe Então?
Vidraram-se-lhe os olhos no olhar seu…
E ela já desconfiada ou receosa,
Leu-lhe numa lágrima de paixão:
Aqui me tens, para sempre sou teu.
12 de Abril de 2011