Sonetos : 

Cem sonetos de ti em carne viva

 
Cem sonetos de ti em carne viva,
Em ti me faço, de ti me desfaço,
Escrevo-te em veludo, vergando o aço,
Feito à crença de que a alma sobreviva.

Outros lerão em rima tão nociva,
Verão rosas murchas neste regaço;
Eu vejo a sombra pelo vidro baço,
Sob o ocaso da loucura cativa.

Lanço-me aos ventos endemoninhados,
Jurando por cem sonetos irados,
Que nenhuma força me deita ao chão…

Nem força mais forte pode existir,
Só a que me tem feito resistir,
E se pode ter nome é inspiração.

05 de Março de 2010

 
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ViriatoSamora
 
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