Todo o tempo é tempo de te dizer,
Minha amante dos tempos mais perfeitos,
Dos tempos em que erguias em teus peitos,
O tempo do prazer de te querer.
Que todo o tempo é tempo de morrer,
Às mãos destes tempos insatisfeitos,
Tempos doutros tempos, mesmos trejeitos,
Todo o tempo é tempo de te perder.
Tempos bons vejo-os no rosto do céu,
Onde foste a teu tempo venerada,
Num tempo já sem tempo, já sem nada…
Tempos meus na palavra emancipada,
Dita como um erro a seu tempo e meu,
O maior que o meu tempo conheceu.
03 de Novembro de 2009