Friday, 17 de outubro de 2025
Um jovem medico urologista consultou-me ontem na Clínica dos Idosos na Cohab e depois das perguntas de praxe receitou vários exames – o bom que todos podem ser feitos na própria clínica, o problema maior é agenda-los: “é só na segunda-feira e é muita gente, tem que chegar o mais cedo possível, as vagas são limitadas” – informou-me um solicito funcionário.
O poeta rejubilava-se com o sucesso de Martin Eden (alter-ego de Jack London) – a sua vitória de ver todos os seus livros aceitos e publicados e o melhor ganhando muito dinheiro, quebrando a castanha na boca daqueles que o destrataram, chamando-o de preguiçoso, por não querer abandonar o seu ideal de escrever e tornar-se um renomado escritor. Venceram com sua persistência e o talento natural. “Martin Eden” um livro maravilhoso e de superação que todos aspirantes a escritor deviam ler para se inspirarem. O sr. Com viajava nas suas páginas na ânsia de absorver conhecimentos – sonhava com o carteiro entregando-lhe um envelope e dentro dele um cheque de seus livros que estão a venda nos sites das editoras – Alguns deles foram parar no Google-Books – então eles não são tão ruins assim como vociferava a Sra. Vince “só escreve besteira”.
Um mormaço e nuvens pesadas pairam sobre a Vila Embratel. Dezão na luta consertando uns pneus de carro de mão – as duas cadeiras vazias em frente a mercearia de Pai Cardin, onde outrora estavam sentados os dois irmãos que conversavam animadamente. O movimento morto na avenida Sarney Filho cortado por veículos em alta-velocidade. Os estudantes alegres e em bandos vindo das escolas.
Sabado, 18
Meia-noite e quinze – Depois de cochilar um pouco, lembrou que havia prometido reler Paulo Coelho, após assistir uma extensa reportagem especial feita pela gloriosa Gloria Maria sobre a viagem do mestre no Transiberiano no Fantástico – foram mais de vinte dias de Moscou a Vladivostok – e nas cidades, o mestre era recepcionado como um pop-star, uma multidão que lotava as livrarias para terem seus livros autografados – impressionante. Na época, anos 90 era o escritor mais lido naquele pais -pasmem desbancou o seu amado Dostoievski e lembrou também que o “Alquimista” passou oito anos na lista dos best-seller do New York Time. Não, tenho que relê-lo e penetrar no seu mundo místico e magico.
Quase meio-dia – em algum lugar do Conj Habitacional do Turu – completamente perdido. Encontrei a avenida 3 e a casa 3 – fiquei radiante, enfim a casa do mestre, bati palmas e nada. Será que a Dona Belinda, a esposa do mestre deu-lhe o endereço errado. Tudo saindo errado desde o começo. Encontra-se na parada final do Turu- Terminal da Cohama – o motora almoça em pé dentro do ônibus. Cedo depois de uma longa espera na avenida Casimiro de Abreu, Anil até que uma boa alma lhe informou que o Habitacional Turu não passava por lá. Embarcou num outro e seguiu para o Terminal da Cohab, onde finalmente seguiu para o o conjunto. E deu no que deu.
12:35 – Penando no Terminal da Cohama a espera do Ponta D’Areia-Litorânea – queria ver os navios fundeados ao largo da baia de São Marcos – fome e sede, mas faz parte do sofrimento de um poeta, ainda bem que tem “O Diário de um Mago” para aliviar.
Uma noite de sábado insólita e atípica – a sra. Vince foi para o velório da sua cunhada Tia Rosa no São Bernardo, pela manhã foi a do sapateiro Oswaldo, uma figura bem popular e carismático com seu atelier “Bom Sapateiro” dentro do mercado.
Sou um viciado nato como o velho Willian Burroughs, parceiro de Jack Kerouac – o poeta sem dipirona e nem cafeína, ingere dois comprimidos de Betaistina só para entrar na onda.
21:22 – esquentando o café, o super sanduba (o segundo da noite) preparado com o resto do churrasco do sr. Vince e um mexido de repolho guardado no armário para evitar os curiosos felinos. E com certeza a bet anda mexendo com seu psique mesmo de leve. Assistindo o quinto filme, desta vez com Kevin Spacey e os vídeos sobre o dia-a-dia nos grandes cargueiros.