Sonetos : 

Voa entre nós bendita uma ave errante

 
Voa entre nós bendita uma ave errante,
Ao solstício do Verão que toca
Na porta de um pensamento migrante,
Que é o meu, que me consome e me evoca.

Indecisa entre montante e jusante,
Também eu sob esta luz que me foca,
Submisso à ideia tão dominante,
De ser o largo oceano a minha doca.

Cá estamos, pomba, andorinha ou gaivota,
Bichos de paz, Primavera e de mar,
Voando em redor da campa ao luar…

Fazem-no por era tão já remota,
Na hora em que tudo se esquece e se nota,
Com a angústia do Inverno a espreitar.

04 de Junho de 2009

 
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ViriatoSamora
 
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