Sonetos : 

A liberdade à vista desarmada

 
A liberdade à vista desarmada,
Horizonte ao alcance dum abraço,
A sedução branda, mal disfarçada,
Tudo tão diáfano e sempre baço.

Toda a partida se esquece à chegada,
A fraca carne humana se fez de aço,
E no sacrário o erro mais crasso.

Se ganhei ou fui perdedor, não sei.
Se o soubesse não aspirava a poeta,
Seria político, opinador…

Porém, o deserto que atravessei,
Ao sol e frio, sem oásis por meta,
Deu-me a provar outro tipo de dor.

22 de Janeiro de 2017


Viriato Samora

 
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ViriatoSamora
 
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