Sei de amor, coisa amada, ou não soubesse
Que no teu desamor amo e desamo,
E essa luz que vejo desaparece,
Antes de poder dizer-te que te amo.
Sei dum peito forte que se enfraquece,
A cada simples vez em que te chamo,
A verdade que o tempo empalidece,
Num coração que bate por engano.
Sei da vida, da morte, do meu quase
Ser, erguido e desprovido de base,
Ou nada sei e escrevo aqui à toa…
Ou tudo o que sei cabe numa frase,
Talvez numa palavra que ressoa,
A tal que faz sorrir, mesmo que doa.
14 de Março de 2014
Viriato Samora