Sonetos : 

Sobre ti a noite abateu-se fria

 
Sobre ti a noite abateu-se fria,
Ousei rever-te num sonho de ausência,
Tudo já dado à razão da demência,
Às portas da dor, a morte batia.

No absurdo de te ver, já não te via,
Desperto em galopes de sonolência,
Rasguei vestes sagradas à ciência,
Remorri num coração que batia.

Pensei depois se te tinha revisto,
Na cama da noite, a dúvida existe,
As formas mais belas são do pecado…

Chamei ao diabo o nome de Cristo,
Espantei o olhar, não sei se me viste,
Que eu, a sombra, regressei do passado.

16 de Dezembro de 2024


Viriato Samora

 
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ViriatoSamora
 
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