no eremitério dos cirros flamejantes,
onde somos levados à infinitude do tempo,
sente-se o silêncio em esplendor.
apenas nesse encanto
se vislumbra o misticismo
das chamas azuis do fogo intemporal.
mas existem esquinas de aleivosia.
sem comiseração visível
ou qualquer unguento desimpedido.
e sentimos, nos braços da vida, o romper do sincelo.
no entanto, continua-se a urdir pão!
quanta preciosidade há nas mãos que o fazem?
in 12 Palavras
Vicente Ferreira da Silva