Amor "Gramatemático"
Amor "Gramatemático"
Eu era um artigo indefinido (um nada...), querendo achar uma definição e eu ficava lendo dicionários tentando descobrir algum significado, procurando a palavra certa... Até que um dia encontrei o 'amor' e a minha vida fechada abriu um parêntese, então eu fiz um sorriso :), mas logo em seguida fiquei meio confuso com uma dupla de artigos não definidos na mesma frase e depois de tanto quebrar a cabeça tentando analisá-la descobrir que os dois artigos, 'com' preposição, formavam um par (um garoto 'com' uma garota). E assim a gramática se transformou em matemática.
...mas de repente me deparei com a divisão, depois virei a unidade de um conjunto vazio. E foram marcas "de+" nessa subtração, tantas que eu joguei fora a calculadora (a tristeza era incalculável...), sem você sou menos eu, é desigual. (E eu inverti o sorriso):
...difícil aceitar o singular quando já se foi plural, e 'nós' sem "s" dá nó... nó na minha cabeça, eu não consigo entender o porquê. O 'S' de "nós2" era tão bonito^^. S + 2 é = a coração (S2), S - 2 é = a coração dividido (S/2).
Mas talvez quando você mudar o seu "advérbio de tempo" o clima fique mais favorável a conjugação:
Eu te amo, Tu me amas e ele não importa, sempre achei que o nosso romance tinha pronomes demais.
E quer saber, mesmo que você coloque um ponto-final na nossa história, eu apago e coloco uma vírgula,
{[( :P'ra Sempre ♥♥)]}
A Menina dos Cabelos Em Caracóis
A Menina dos Cabelos Em Caracóis
A garota que vai passando
Com os seus aflitos olhos castanhos
Sente o peso no olhar do mundo
Aos seus tons “estranhos”.
A menina que desce a escada
Carregando seus cabelos encaracolados
Traz o tom de seus negros cabelos
Em seus cadernos rabiscados.
A garota tão séria da sacada
Que observa os conceitos tortos
Da pacífica rua sem cor ou vida
Onde caminham os humanos “mortos”.
Quem sabe ela seja áspera
Ou apenas não desperdiça o sorriso
A jovem dos cabelos em caracóis
Que foge do artificialmente liso.
Mas quem sempre ri de tudo
Muito provavelmente não ri de nada
E vão gargalhando os comuns
Nessa “sub-existência” acinzentada.
A menina “esquisita” que vai passando
Desperta a atenção da rua pacata
As pessoas iguais a seguem olhando
Cada uma, com sua “vida” chata.
“Porque ela não está camuflada?”
No inconsciente eles vão perguntando.
Tem que ter coragem para ser o que se é
É por inveja que estão julgando...
Canção de Ninar
Canção de Ninar
Nina,
a menina
nina.
Nina,
a menina
que nina.
Mimada
menina,
levada
menina,
Hoje nina,
Nina, a menina.
Manhosa
menina
dengosa
menina,
Nina - menina
o sonho fascina.
Em Preto e Branco
Eu caí num clipe musical antigo
Onde a “mocinha” é sempre esquecida na chuva
E o “príncipe” vai embora com os meninos maus
Fazendo cavalo de pau com as motos.
Eu caí numa TV antiga com chuviscos
Meu mundo tem se bordado em preto e branco
Eu tentei rabiscar as telas com giz amarelo
Mas o meu sol se apagou para sempre...
Não adianta usar giz para desenhar castelos
Porque a tempestade sempre vem um dia
E no fim fica a espera, do vento levar as ruínas
Para o orvalho se desprender dos olhos.
Eu estou trancada nesse porão escuro
Escutando o som mono da tela cinza
Tentando aos últimos suspiros energizar vida
Entre os batimentos do meu coração.
Catador de Sonhos
Catador de Sonhos
Recolho farelos de sonhos
Para empoeirar minha casa
Não tenho vassouras...
Mas tenho asas.
Recolho farelos de sonho
Para enfeitar meu caminho
Não tenho cansaço
Tenho alma de passarinho.
Recolho farelos de sonho
Que foram jogados fora...
Só pego o que preciso
Sou catador da nova aurora.
Angel
Angel
No arranjo
de cabelo
da estrela
enfeitada,
mora
um anjo...
vagante
na solidificada
tristeza
turva...
que ama,
e semeia
nuvens...
mas colhe
chuva.
Cruel amor
que lhe
conduz
ao frio
em agasalho,
e agora,
no menor
retalho
de luz,
ele fecha
os olhos
de guarda-sol.
A desilusão
o fisga,
como um
anzol,
e o anjo
em aflição,
embarca
na dor
-navio...
onde
seu peito
de
canta-vento,
planta
o vazio,
no acalento
da angústia
cruel.
E ali...
o anjo guarda
a chuva...
no coração
de papel.
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- 16/02/12 -
Rock-Exorcismo
Rock-Exorcismo
Que se faça o tributo
Ao Deus Rock
O amor imortal do ser humano
Realizem a cerimônia do diabo
No seu ato mais profano.
Tochas ardiam
Como corpos em chamas
Consumidos pelo pecado
Desfigurado à face do homem animal
No grito de prazer:
“É Rock’n Roll!!”
Só o Deus do Rock pode nós salvar
Da tosca hipocrisia
que baba na face das pervertidas freiras
Das evangélicas que vomitam asneiras.
Celebrem a inquisição da Razão!
Que se acendam as fogueiras
Para queimar as bíblias
E que comece a cerimônia!
Em nome do Deus Rock:
Pinto minha cabeça de rock
Pinto meu pinto de rock
Meu pinto é roqueiro
Minha cabeça é roqueira
Meu Rock Senhor
Canção de louvor.
Amém Deus Rock
Amém!
Coloro minha alma de rock
Coloro minha perereca de rock
Minha perereca é roqueira
Minha alma é roqueira
Minha Rock Senhora
Canção de louvor.
Amém Deusa Rock.
Amém!
Pintado e colorida
O pinto e a perereca
Abençoados pelo Deus Rock
Até que a impotência os separe
Amém!
Sem Porto
Sem Porto
As sombras que povoam
o silêncio dos meus olhos perdidos
alagam a minha tristeza...
Quem me dera que o amor
fosse como um barco, que quando triste
se esvai na correnteza...
Guardo os ventos
na incisiva esperança de um sopro
por essa sede da areia.
Mas meu mundo náufrago
é sempre engolido pelas lágrimas...
dessa maré cheia.
Ode ao Amor Urbano
Ode ao Amor Urbano
Dedilharei em tons de pluma
A lira das bailarinas de Afrodite
No som “aquarelado” da bruma
Entre a rebeldia do grafite.
Picharei em cada muro urbano
As cifras da nossa canção
Na serenata da guitarra ao piano
Pelas gravuras da erudição.
Quero a sabedoria da rua
Quando a lua traz o véu da noite fria,
E a saliva desliza na pele nua
Entre os becos da orgia.
E na poesia da lírica trança
Agridoce amor que tanto zelo,
Te convido ao empirismo da dança,
No baile (funk) do castelo.
[scarlet+cacau]
Mar
O marasmo
de Mara,
folha
de maracujá,
faz ancorar
a formiga.
Sopra, Mar,
Pra que
a folha siga.