Não adianta essa tua Serena fúria Chegar-me grávida Está claro, bem claro Que o teu mistério Sempre pinta em dezembro E nos outros meses se cala
Traduzi o rumor sombrio Das cortinas de ferro Mas fiquei sem antídoto
Investiguei... Urrei diante da tua porta Mas algo me contagiou Por dentro De sangue fresco Arrastei a poltrona Aveludada de meu âmago E com ares de um grande Deus Escrevi versos com palavras de luz E interpretei o gosto de teus Olhos negros.
Quando eu nasci Não teve nada de mistério A parteira levantou-me Falou é macho, doido varrido Era um dia claro Como um dia de sol no mar Parte de mim fugiu Outra parte sorriu Hoje a claridade Do dia é absolutamente Agoniante Nada temi até agora Apenas a loucura de Enfrentar este mundo Maluco Mas minhas pegadas Estão firmes na areia E fiquei feliz pelo Dia que nasci.
A NITERÓI pela passagem de seus 446 anos. PARABÉNS! Em 22 de novembro de 2019.
Vasto cenário que cultiva o encantamento. Uma grande paisagem íntima aos suntuosos olhos de Deus. Templo colossal espalhando exuberância, além das bocas do mar infindo. És tu, uma Deusa / menina com sabor de aragem, que me tateia os poros e o coração. Sob os calcanhares estelares, abrigas um aconchegante chão de bênçãos e alegrias. Todos os homens / mulheres têm seus sonhos coloridos, na arte de viverem somente para ti. — E tu, entregas: o sangue e suor da esperança. Niterói... Cidade enternecida nas ondas da Guanabara. A cada esquina tua, flui a poesia, a melodia de um tempo brilhoso e maravilhoso. Crê nas palavras do poeta: És um lugar bom de viver, quem te conhece, te ama… jamais vai te esquecer…
POESIA DE ALBERTO ARAÚJO jornalista, escritor, poeta e acadêmico.
Vôo a vôo (voando) Vida que Aparece Quente Completamente Nua E cada vez mais Aleatória Paro, penso Descubro descoberta Como ir a teu Lado da rua Rua da tua pele Pele de sol Fixa, e flutuante
“Aos poetas que brilham intensamente Esses fachos imensos que surgiram do Útero da poesia”
De manhã acordei com uma luz E essa luz era a luz da poesia Afundei nessa claridade abismal Entre o dia e a noite Logo me veio um refrão A aparência era inocente Que me fez manso e de alma Contagiante.
O meu amor... Hei de crescer como as águas Que tecem a natureza Como o calor dos ninhos Que aquecem os pássaros O meu peito transformar-se-á Em feltro absoluto O meu intimo tragam ao mundo Matérias vergônteas sólidas Considerar o meu corpo como Tua moradia E o meu amor a tua felicidade Intimidades... Vidas vividas, Escritas no livro da eternidade.