Poemas, frases e mensagens de Volena

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Volena

O silêncio

 
O silêncio

Ouvi o silêncio a minha alma acorda
os meus sentimentos mais apurados.
Nessa quietude sou influenciada, moral
e fisicamente a momentos, passados.

Olho magoada, sinto a dor e amargura
de tempos doridos e inquietude ansiosa
de uma esperança, de engano desfeita
ante a impotência, sempre caprichosa.

Uma vida repartida que foi tão gostosa
desde embrião a florir e depois começa
a crescer, linha trémula e curva desastrosa.

Caminho de pedras, de lágrimas regado
que pisamos escondendo em falsos risos,
o dia da tua entrega a Deus, já esperado.

Helena
 
O silêncio

Se tu soubesses

 
Se tu soubesses

Se tu soubesses meu bem
quanto eu gosto de ti.
Guardei-te no coração
porque uma ternura assim
acho que nunca senti.
Mesmo que o teu ardor
por mim, não seja igual
dá o teu a quem quiseres,
nem por isso eu deixarei
de te querer bem, afinal.
Enraizado no meu âmago
não vale a pena lutar
seria uma luta injusta
fazer-te este pedido
se me pudesses amar!
Seres o Sol da minha vida
seres a Lua feiticeira
ficar nas nuvens pairando
sem medo dos altos voos
ó, poesia fagueira
pois tenho de confessar,
nunca estás longe de mim
dou por ti, suspiros e ais
e noitadas de prazer
só por te amar tanto, assim.
 
Se tu soubesses

A poesia

 
A poesia

Lindo o poema em que a liberdade da alma
parece uma ninfa percorrendo todos espaços
do nosso coração sempre em flor e no ar deixa
um perfume suave nas nossas mãos, nos abraços.

Se alguém encontrar palavras contagiantes
que apelem a um evocativo convite, ao calor
de uma paixão ousada, abraços, dramas, dores
e carícias, beijos sôfregos, sussurrante amor.

A um mar murmurante, flores, cor, ciúme ardente
a silhueta perfeita, cochas redondeiras, belas faces,
tristes, risonhas, olhos meiguinhos e boca carente.

Assim como num sonho tudo brilha, fenece ou é fantasia
tudo se esfuma nas nuvens ou rola ao sabor do vento,
do Sol, da Lua e de tudo entrelaçado se faz a poesia.
 
A poesia

Quando me olhas assim

 
Quando me olhas assim

Eu sorrio ao ver tanta ternura a espelhar-se
no teu rosto, de olhos amendoados, luminosos
perscrutando o que os meus, meigos, mas vivos
cheios de ardor te respondem sempre ansiosos.

Mergulho neles indo mesmo ao fundo, afogo-me
falta-me o ar o coração bate em grande arritmia.
Uns braços fortes, enlaçam-me, apertam, aspiro
abro os olhos e encontro os teus a boca tremia.

A barba roça e arranha a minha face esbraseada
sinto o despertar e a vontade de te afagar também
as mãos entrelaçam, as bocas unem-se, num nada.

Vivemos aquele momento de amor, sem restrição
sentimos que aquela loucura era um enorme ensejo,
o mundo, éramos só os dois e a nossa grande paixão.
 
Quando me olhas assim

Sol a estrela

 
Sol a estrela

O amigo mais prestativo de todo o Universo
que nunca faltou às suas promessas reais
um reinante presente por vezes encapotado
quando as nuvens cheias o encobrem, leais.

Tudo na vida é especial, tudo com precisão.
Mãos que moldaram barro com o seu amor
e a natureza é um painel de frutuosa beleza
e um único mar verde a esmeralda de valor!

Estrelas iluminam o mundo quando escurece,
contributo da grandeza, saúda durante o dia
à noite vai para casa cansado e adormece.

Mas a alegria vem da luz e calor que todos abrasa
aquece corações, seca lágrimas, ilude tristezas
é de todos, nem pede licença entra-nos em casa .
 
Sol a estrela

Os meus passos

 
Os meus passos

Os meus passos vacilantes, subindo o monte,
é íngreme, escorregadio, mas tenho coragem.
Vou subindo devagar e cheia de precauções,
vontade e persistência serão a minha imagem.

Socalcos exigem perspicácia, leveza, agilidade
pular bem ou com a força mental elevar a pulso
um corpo fatigado de vários anos peregrinando
mas que a ânsia de aspirar mais alto dá impulso.

Penoso, doloroso quanto sofremos na escalada
a saudade, sede que não mata a bilha de água fresca
só o consolo da brisa divina sempre afeiçoada!

Das quedas ergo-me, as feridas lavo-as no açude,
atado o lenço branco, tudo serena e se aquieta,
subindo, passo a passo chegarei, Deus me ajude!
 
Os meus passos

Ser mulher e flor

 
Ser mulher e flor

Sedutora a imagem feminina,
a cascata que corre num rumor
de loucuras brandas, doces gotas
puras, que nos salpicam de amor.

Borda as margens de espuma
acariciando as pedras musgosas
em curvas lânguidas toca as flores
e imagina, mulheres formosas.

Sementes de prazer ali germinam
e asas de borboleta transparentes,
leves, poisam, levam, contaminam.

Sensuais perfumadas, cheias de cor
a mesma elegância e graciosidade
como diferir a mulher de uma flor!

Helena
 
Ser mulher e flor

Eis-me

 
Eis-me

Eis-me, regressei e tive muitas saudades vossas!
O meu amigo computador, adoeceu, coitadinho.
A mim afectou-me principalmente porque me doeu
muito na carteira donde teve de sair o dinheirinho.

Fizeram-me muita falta, sim, é a mais pura verdade.
Fiquei muito ansiosa, que este trabalho da operação
era grave e demorado, assim melhor foi tirar férias
assim fiz, sentei-me á espera, em grande desilusão.

Como tudo tem um fim, pois aqui estou outra vez,
foi um pequeno percalço e eu ainda estou vivinha!
Na próxima viagem, prometo-vos se houver tempo
uma carta para todos vós, que vai ser uma gracinha!

Abraços e beijinhos
Vólena
 
Eis-me

A salsa

 
A salsa

Antropónimo, metafórico petulante,
a delicadeza, deslizando como uma balsa
como atracção, é vibrante, tem colorido
airoso e janota, esse pezinho de salsa!

Melodioso quando a brisa suavemente
lhe levanta o saiote verde e recortado
e que reparte o seu paladar e a sua cor
para se sentir gostoso, muito apreciado.

À sua graça toda frescura que é inebriante,
não gosta de conotações, como é evidente,
quando à mesa se apresenta tão verdejante!

Mas tudo esquece, quando o pé se descalça,
a faca, o garfo, o prato apetitoso, tudo esquece
baralhando as cabeças, requebrando a salsa.
 
A salsa

Nem sei

 
Nem sei!

A noite é plena de beatitude
vejo os anjos de vela na mão
e sob aquele véu nublado, oiço
num coro suave, maravilhoso refrão.

Escutei enlevada aquele sonido
angélico, de uma virgem pureza.
Assim, vivi em áurea elevação
em toda a limpidez do Céu, a beleza!

Levantei o olhar em doce sorriso
senti aquele Amor pairar no ar
um aroma a incenso no Paraíso!

Nem sei! Se vi ou foi ideia alucinada
mas aquela imagem surreal
vem-me à memória, presenciada.
 
Nem sei

Noutros tempos

 
Noutros tempos

Nos meus velhos tempos nada era virtual
tudo cheirava a amor e a zelo de invejar
feito tudo ao natural, por mãos carinhosas.
as casas bem perfumadas e o chão a rebrilhar.

Trabalho laborioso o cuidar bem de seu lar
com arte e mestria, as jarras sempre floridas,
rendas feitas ao serão, eram o tom, o requinte
eram assim as Senhoras naquelas épocas idas!

Tudo feito com zelo, carinho, espontaneidade,
os filhos sempre impecáveis, o orgulho da mamã,
papás de colarinho engomado e bigode perfumado
saiam para o emprego e para a escola, de manhã.

O destinar dos almoços era então elaborado
o peixe, a carne, os legumes, a fruta, combinados
tudo escrito no papel para nada ser esquecido
e a “criada” ia às compras, vinha de braços pesados.

Eram dias de tranquilidade, tudo era ajustado
para um dia equilibrado, lavar, engomar roupinhas,
o tempo dava para tudo, nunca havia correrias.
Brincadeiras, o jantar e o deitar das criancinhas.

Contava-se uma histórinha, que era raro acabar
ao serão havia música ou rádio o êxito inovador!
As peripécias do dia eram ali esplanadas, risadas,
palavras não palavrões, em vez de indiferença amor!
 
Noutros tempos

Hoje estou triste

 
Hoje estou triste

A lua está escondida num céu pardacento, mesmo escuro.
Gosto de a comtemplar e mergulhar no seu brilho, sonhar
compor poemas de alegria, amor, criador de positivismo
talvez porque a esperança, fé, amor não me irão abandonar.

Conservo-os no âmago do meu ser apesar das amarguras
profundas que trazem dores cruas, sentidas até à eternidade.
Mas não me deixo abater, luto, a energia conservo-a, alguém
um dia pode precisar dela e eu dou-lha de muito boa vontade.

Mas que falta me faz o teu luar bela poética lua inspiradora
depois de soltares as lágrimas de protesto que te estão a pesar
o céu se compadece e mandará nuvens brancas para te consolar.

Então resplenderás e será um amanhã de brilho e plenitude
as mágoas esconder-se-hão, entre as estrelas, no tom do azul
e voltamos a ver-te, marota, brilhante, bela, casta de virtude!
 
Hoje estou triste

Minha Mãe

 
Para todas as Mães um grande beijinho!

Minha Mãe

Dizem que não há amor igual
ao amor de uma mãe.
É verdade e quem desmente
todas nós que os tivemos
e quem não os teve também.
Minha Mãe foi minha guia
brilhando como um farol
o que aprendi não esqueci
a luz que nunca apaguei
mais forte que o próprio Sol.
Quem as tem que as estime
têm a sua grata presença
porque amor igual a esse
procurem que não encontram
nem com uma candeia acesa!
À Virgem, que é mãe de todos
roguemos com devoção
pelas mães que estão na terra.
As que já vivem no Céu
beijinhos numa sentida oração.

Dia Feliz
Helena de Pina Manique
 
Minha Mãe

A aurora

 
A aurora

A aurora vem clareando está agora despertando
de uma noite serena, o céu ainda como o cresol
começa a colorir, nuvens deslizam rosadas, ténues
na transparência frágil dos primeiros raios de sol.

O bosque ainda escurecido começa a criar vida,
o cheiro da terra húmida, as pequenas aromeiras
onde as gotas de orvalho são pérolas translúcidas
que caem e se espreguiçam nas sumas rasteiras.

As rãs cedo começam a coaxar nos pequenos charcos,
ouve-se o espanejar dos pássaros ao sair dos ninhos
das tocas rastejam os répteis espreitando nos buracos.

O sol abre raiando tudo, é vida no bosque, em louvor
à natureza que se vai abrir à azáfama de um novo dia.
A aurora dá a vez ao dia e promete vir no próximo alvor.
 
A aurora

Folhas douradas

 
Folhas douradas

O Tempo está solarengo mas frio. Uma aragem corre cortante e revolta os cabelos que ficam num desalinho. Foi bom ter vestido este casaco invernoso e o cachecol que estava com uma certa relutância em trazer por que sol me parecia mais acolhedor, enganei-me. Tive que o tirar do saco e enrola-lo no pescoço, senti-me mais confortável e continuei o meu passeio digestivo, pois quase tinha acabado de almoçar. O café deu-me mais ânimo, tomei-o ao balcão. Estava cheio o botequim e não podia ir para a esplanada com aquele tempo azedo. As ruas tinham pouca gente e as montras também não me seduziam, ainda com restos de saldos e pouca graça. Comecei a pensar por onde havia de caminhar. Fui parar à Avenida e constatei que não era preciso andar muito para ver com admiração como ela estava linda, um encanto. Desci-a. As árvores ainda estavam cobertas de folhas douradas que iam caindo com a aragem e o chão parecia acolchoado. Os pés enterravam-se naquele folhedo fofinho e ouvia-se a restolhada que eu fazia a andar. Parecia um acompanhamento musical que me agradava sobremaneira. Arqueadas as árvores faziam uma abóbada, que coisa bonita! Os jacarandás coloriam de lilás forte, muito bem distribuídos naquele dourado e caiam em ramagens de todos aqueles perfilados trocos de um castanho avelado e era um espectáculo maravilhoso. Fixei aquela paleta permista. Sentia-me tão bem, mas tenho de regressar. Subi de novo a alameda, fi-lo com gosto, embora as pernas já me pedissem um sofá.
Já em casa revi as fotos que tirei somente com o telemóvel pois não ia preparada para uma surpresa tão bela. Mas não antes de tomar um cházinho quente e umas bolachinhas que me souberam muito bem. Agora só quero descanso, queridas pantufas.
Helena
 
Folhas douradas

Educar é semear

 
Educar é semear

Educar é como semear um campo prometedor
de terra boa alimentada de produtos naturais
bem tratada e limpa das tais raízes sugadoras,
regado com zelo, carinho, que nunca é demais.

É um processo longo, para se levar com perícia,
serenidade, atitudes meigas, nada de aspereza.
Que os olhos saibam traduzir bem o pensamento
e a sabedoria será bem induzida, com certeza.

As palavras sejam bem claras e compreendidas
para que não sejam deturpadas ou imprecisas
é bom perguntar se entenderam ou se há dúvidas.

Semear para colher, provérbio cheio de ciência.
Iluminar a mente, que se abre ao conhecimento.
Alegria, poder colher os frutos doces da paciência.
 
Educar é semear

Ser teu amor e companhia

 
Ser teu amor e companhia

Como gostava de ser o teu amor e companhia
ficar sempre a teu lado toda a noite e todo o dia.

Recostada no teu ombro ouvindo alvoroçada
a batida do teu coração também descompassada.

Sussurrando dizias aqueles piropos com graça
inventados, patetas, docinhos, em ar de chalaça.

Com maneiras e simplicidade, gestos amáveis
os beijinhos roubados, eram os mais memoráveis!

Aqueciam a alma e o corpo, uns braços a enlaçar
e os olhos, pareciam estrelas lá no alto a brilhar.

Na mocidade de outrora, a face cobria-se de rubor
tudo tão diferente, ingenuidade e pureza no amor.

Uma flor colhida no jardim, um trevo que dá sorte
escondidos na mão, para me vir enfeitar o decote.

Depois o dia chegou, o véu branco cobriu-me puro,
e assim construímos sempre felizes, o nosso futuro.
 
Ser teu amor e companhia

Foi assim

 
Foi assim

Estou olhando uma tela que pintei
já há algum tempo e que reproduzi
tenho-a colocada na parede, olhei
e pareceu-me mais bonita, sorri.
Um trabalho que tem uma história.
A moldura larga, muito simples, mas
o desenho concretizou uma vitória!
Deram-ma se a quisesse aproveitar.
A pintura era própria para cozinha
um bule e uma chávena a fumegar,
plastificada, feia, uma desgraça,
mas não fui capaz de a remover.
Já estava irritada e de pírraça
peguei nos pincéis, na paleta
tintas, e olho uma gravura bonita
que tinha guardada na gaveta
e venci o dragão com uma finta
como sou muito, muito teimosa
pintei por cima de fibra plástica
uma pintura antiga, muito graciosa.
Mas só por bírrinha comecei a pintar.
Qual o meu espanto, a tinta
agarrava bem e podia tonalizar.
Insisti, estava a ficar com pinta!
Acabei-o, coisa que nunca esperei.
Frente á minha mesa de trabalho
estão sentados bebendo chá, olhei,
revi, bonito principalmente o tom.
Porque um ser mau, sendo amado
não se venha a tornar bom?
No meu espírito foi o que pensei
nada tem a ver com a tela, ou tem
segredos da alma, o porquê não sei.
 
Foi assim

As mãos de minha mãe

 
As mãos de minha Mãe

As suas mãos já estavam gastas e cansadas
mas como eram hábeis, de delicada estrutura,
tudo fazia com delicadeza, emprestava sentimento
até nos bolos, pratos deliciosos, uma gostosura.

Com um ar sempre tranquilo e sorriso maroto
desconcertava-nos com as suas frases engraçadas.
Quanto aos nossos erros gramaticais, dizia séria,
quando leio coso as palavras, não ficam alinhavadas

Nessa altura achava estranha aquela dita costura
que a linha era outra não a dos bordados ao serão
mas a da nossa conduta, privilegiando a cultura.

Modos educados, seriedade, ter classe, um sorriso
aprendendo cada dia que a sã alegria agrada a Deus.
e cosendo o amor ao coração, nada mais era preciso.
 
As mãos de minha mãe

Se tu soubesses

 
Se tu soubesses

Se tu soubesses meu bem
quanto eu gosto de ti.
Guardei-te no coração
porque uma ternura assim
acho que nunca senti.
Mesmo que o teu ardor
por mim, não seja igual
dá o teu a quem quiseres,
nem por isso eu deixarei
de te querer bem, afinal.
Enraizada no meu âmago
não vale a pena lutar
seria uma luta injusta
fazer-te este pedido
…se me pudesses amar!
Seres o Sol da minha vida
seres a Lua feiticeira
ficar nas nuvens pairando
sem medo dos altos voos
ó, poesia fagueira
pois tenho de confessar,
nunca estás longe de mim
dou por ti, suspiros e ais
e noitadas de prazer
só por te amar tanto, assim.
 
Se tu soubesses