Poemas, frases e mensagens de LuísDiogo

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de LuísDiogo

Podias Ser Tu No Meu Lugar

 
Podias ser tu no meu lugar. Podias ser tu a implorar. Implorar para se quer eu olhar, quando a tua voz me chamar. Mas sou eu. Com todos estes erros, sou eu. E o único erro que tu vês, sou eu. Sim, sou eu. Como tu não precisas de ninguém? Toda a gente precisa de alguém. Eu preciso ser alguém. Alguém para ti. Voltar a ser alguém, como eu já fui para ti. E não me digas que este não é o tempo certo para discussão. Se antes, todo o tempo parecia certo para discussão. Mesmo contra a minha intenção. E não. E não me digas que este não é o lugar certo, para recuperar a tua atenção. Se antes, todo o lugar te fazia o centro da minha atenção. Mesmo sem a minha percepção. Eu não tenho razão. Diz-me amor. Será que para tudo o que dizes, existe uma razão?
Não queres que te chame amor, pois houve um rasgão. Sim, vindo de ti, o rasgão. Porque não queres que te chame amor, se tu fizeste o rasgão mas não te tiraste do meu coração. Diz-me amor. Diz-me que tipo de cirurgião deixa aberto um coração? A meio de uma operação. Termina-a. Termina-a enquanto o meu olhar não fica cinzento. Tens o meu consentimento. Enquanto eu faço o reconhecimento, neste momento. Se isso resolver este tormento. Eu faço o reconhecimento. Por tudo o que aguentaste por mim, enquanto estavas cá dentro. Estiveste sempre, mesmo quando não me tiveste. Vejo que nunca soubeste. Não é da minha conta? Amor, tu não vês que enquanto tu estás por tua conta, eu estou por conta da dor? E tu achas que o barulho das ondas à minha voz se irá sobrepor. Quando antes, ele era música de fundo enquanto fazíamos amor. Quando antes, ele juntava sal ao teu sabor. Num tempo, em que no teu corpo, a areia limava cada aresta. Tempo. O problema é que ele já
não me resta. Parece tarde demais para amar. E enquanto continuas a caminhar, pensa. Podias ser tu no meu lugar.

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Podias Ser Tu No Meu Lugar

Feito Na China

 
Insisto para não desistir
quando já sei o desfecho,
Do pouco que te posso pedir (1)
tu só me dás um trecho,
Vejo debaixo do meu queixo (2)
o que dizes não ser nada,
E vejo que foi meu desleixo
ter-te deixado apaixonada,
Na explosão de uma granada
acaba uma relação doente,
Talvez ela seja reencarnada
numa reencarnação diferente,
Fabricámos por acidente
como um erro de medicina,
Sem informação decente
diz somente 'Feito Na China'
Afogaste-a numa piscina
e eu bem que te alertei,
Que os erros eram a rotina (3)
e agora vês que eu acertei,
Momentos em que te beijei
não me fecham as feridas,
Só eu sei como me magoei (4)
quando passavas das medidas,
Foram 4 explosões seguidas
como se tivesse 4 corações,
E nestas 4 regras proibidas
acabei de te dar 4 razões
para procurares outras opções
pois para mim não dá mais,
E procura a morte das emoções
na necrologia dos jornais,
Eu estou esgotado demais,
e sem força para esta cavilha,
E sinto as impressões digitais
que me jogam na tua armadilha.

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Feito Na China

Única mulher

 
Tive mulheres de todas as cores
como se fosse o Martinho da Vila,
E dizia que eram apenas rumores
para que ficasses tranquila,
Queria acalmar-te com camomila
mesmo sabendo que não te enganava,
E misturar lágrimas com tequila
para esquecer o que se passava,
Cair na desgraça eu recusava
e recuso até que a energia gaste,
E a consciência não me pesava
porque as tratei como me ensinaste,
Censuro a pessoa com quem casaste
porque tu mereces melhor novela,
O meu mundo foste tu que criaste
no teu procuro ocupar o lugar dela,
Escrevo a história da Cinderela
e tu nem imaginas quem eu sou,
Hoje tu és a actriz principal nela
o lugar que nenhuma outra ocupou,
Na minha página o sucesso vingou
com as visualizações a surgir,
Álvares Cabral o Brasil conquistou
e eu fiz o mesmo sem lá ir,
Tudo para hoje te fazer sorrir
apesar de chorares de emoção,
E chegará o dia que irás partir
e nesse dia entro contigo no caixão,
Pego de forma gentil na tua mão
pois sei que nunca o foram contigo,
Digo que tu és a maior razão
do amor verdadeiro que eu persigo,
Eu tento ser o teu maior amigo
apesar das vezes em que te menti,
E por vezes parece que não te ligo
mas eu estou sempre a pensar em ti,
Admito que não sei viver sem ti
e toda gente sabe que te idolatro,
E o que estou a fazer hoje aqui
é tudo menos uma peça de teatro,
Da manhã, são quase quatro
quatro horas do teu aniversário,
E eu estou fechado no meu quarto
a preparar-te um dia extraordinário,
E num gesto quase que involuntário
beijo a carta e assino o artigo,
Recebendo a chance de amar como cenário
e agradecendo a Deus por tê-la contigo.

Feliz aniversário mãe
 
Única mulher

Realidade Metafísica

 
Palavras são insuficientes
para suprir a tua ausência,
Neurónios nada pacientes
aceleram-me a consciência,
É evidência numa aparência
cristalina em espontaneidade,
Não suplica na diligência
e mostra a minha verdade,
Num descontrolo a vontade
não marcha, corre tísica,
para o pólo de atractividade
de uma realidade metafísica
E a meta é mais que física
há todo um mundo intelectual,
Na energia da biofísica
num espaço gravitacional,
Onde o meu sistema hormonal
desperta em voos borboleta,
Causados do início ao final
nos teus beijos violeta,
A técnica, nada obsoleta
faz da temporização pouca,
A tua língua é uma roleta
com um cubo gélido na boca,
Derrete a velocidade louca
fruto da nossa loucura,
Não quero ouvir a voz rouca
só o ruído da noite escura,
No mel, Duracell: ele dura
enquanto o batom desvanece,
E quando chegar a altura
que arrefece, nada fenece
Oxalá o apetite não cesse
num momento de escassez,
E o destino me enderece
para os teus lábios outra vez.

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Realidade Metafísica

A mesma coisa, em tempos diferentes

 
Quisemos a mesma coisa, porém, em tempos diferentes. Soa bem, ''A mesma coisa, em tempos diferentes''. Fica perfeito. Acho que título melhor, era impossível de emergir neste momento.
Puro ''Pop-Up'' mental. Só isso poderia resumir a nossa história, mas torna-se tão vago se pensarmos em tudo aquilo que vivemos.

Se pensarmos no tempo. Dois anos. Se pensarmos no espaço. A tua casa. Amigos em comum. Eles não sabem. Quando estão na sala, e nos beijamos na cozinha. Eles não sabem. O que fazemos. O risco que corremos. No final, todos vão embora. Eu sou o primeiro a ir. Entro no carro e vou para longe. Para mim é longe,
na realidade é uma rua a seguir à tua. Na maior parte das vezes, eu espero pela tua mensagem: ''Vem''. Outras, eu subo num elevador, enquanto eles descem no outro. Eles não sabem.

Não sabem que quando abres a porta, nasce um novo planeta. Um planeta criado por duas pessoas, composto por duas pessoas: tu e eu. O oxigénio parece pouco, para uma respiração ofegante. Não existe moeda. Existe pagamento em géneros. Tu mordes o meu lábio. Eu agarro a tua nádega. Lês o meu corpo num beijo francês. Leio o teu em braille. Citas Freud no conceito de libido. Cito Galton nas impressões digitais. És Kim Basinger, sou Mickey Rourke, ao fazer ''Nove Semanas e Meia'', num par de horas. É mais do que sexo. É uma conexão de corpo e mente.

Evito pensar que seja amor. Ás três da manhã. Assim, pontual. Interrompendo a paz do nosso após. Com medo quero ir embora. Esperar pela manhã é entregar-me demasiado. Mas ir a essa hora, vai soar a ''One night stand'', apesar do roteiro ter repetição. Tu não sabes quando. Nem eu. Nem a mulher que se intrometer no meio.
É esse o tempo de intervalo. Nesse intervalo, tento viver uma história de amor com outra pessoa. Dois meses são suficientes. Suficientes para saber que nunca irei sentir amor por ela.

Repetiu-se o roteiro. Em dois anos, repetiu-se cinco vezes. Cinco histórias. Cinco mulheres diferentes. Considerei a minha capacidade de um dia, voltar a amar alguém. Parecias a minha fraqueza. Álcool. Só podes tê-lo no teu beijo. É a única razão para a minha cabeça andar à roda. Não foste a única assassina
a matar o meu coração. Mas foste a única que me mostrou evidências. Evidências que não fui capaz de interpretar.

Até ao dia em que escrevi isto. Enquanto dormias. Pelo teu sorriso percebi que o sonho era cor-de-rosa. Pelo teu sorriso percebi porque não amei outra, desde que te conheci. E percebi que era impossível amar duas pessoas ao mesmo tempo, quando os meus lábios disseram...amo-te.

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A mesma coisa, em tempos diferentes

Inclinação - Capítulo XI

 
Tenho algo em mãos para resolver
pois tenho outra pessoa na mente,
E tu pensas que estás a perceber
algo que nem eu sei o suficiente,
Nesta relação declaro-te inocente
sou o culpado de entrares nela,
Na primeira vez o sexo foi excelente
para ti mas para mim foi sequela,
Eu julgava-te a continuação dela
onde estrela a maior das inclinações,
Escrevi-a para ser como Pepetela
quando ganhou o prémio Camões,
Não te quero dar muitas informações
apenas dizer-te que não dá mais,
Respondo a todas as tuas questões
enquanto tenho visões paranormais,
Dizer que tudo foi um erro, jamais
e apesar de estar entre este e oeste
Não preciso recorrer a casas decimais
para ver que fui o melhor que já tiveste,
E sempre que o meu coração investe
não esqueço os tempos passados,
Como se tivesse alastrado a peste
que deixou os meus circuitos fechados,
Entre pulsações e beijos roubados
às palavras por detrás do teu brinco,
E o que escrevi no dia dos namorados
podes queimar...era o capítulo cinco,
Sei que em ti eu deixo um vinco
com afinco que te fará sempre lembrar,
E no teu coração eu deixo um trinco
para ninguém ocupar o meu lugar,
As tuas lágrimas ajudarei a secar
para te mostrar o quanto sou grato,
Nunca foi preciso ter de assinar
para saber os termos do nosso contrato,
Prometo guardar o nosso retrato
mesmo não tendo coragem de o mostrar,
E só quero minimizar este aparato
deixando o teu olhar me fotografar,
E vamos chegar ao fim no principio da dor
e só resta o adeus como último desejo,
Sem rancor e apesar de isto não ser amor
acabamos a noite com um último beijo.
 
Inclinação - Capítulo XI

Ecstasy

 
Como pode um cubo de gelo
ser razão nesta adição?
Se no organismo é flagelo
que se agita em locomoção,
Nos líquidos uma redução
que acaba por não ocorrer,
Água na boca como junção
que fará a sede desvanecer,
E quando o corpo aquecer
leva-me, leva-me ao final,
Até a alteração ocorrer
no meu sistema sensorial,
Não no reconhecimento facial
que te raciocina, parada
E se o libido existencial
encher uma piscina, nada
Em hipertermia mergulhada
num colapso de metabolismos,
Que outra fórmula apaixonada
torna espasmos em sismos?
Orgasmos em algarismos
enumeram a tua actividade,
Sarcasmos em eufemismos
expressam a tua suavidade
que te torna na identidade
do bem estar que assinalo,
Convulsões em quantidade
que não calo, eu inalo,
Eu desinstalo o intervalo
só para continuar a ver
o teu véu me levar de embalo
ao céu antes de eu morrer,
Em 30 minutos de prazer
percorro o corpo em gemido,
Em 30 minutos irá suceder
um socorro não permitido,
Vejo-te em sono adormecido
como se estivesse acordado,
E no ecstasy, o comprimido
que deixou o amor ampliado.

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Ecstasy

Hollywood

 
Febre de sábado à noite desorientado
na bússola perco-me na minha Indonésia,
Eu fiz de tudo para ser bom namorado
mas acho que a minha namorada tem amnésia,
Neste bar não vou em busca da felicidade
mas bebo para tentar ficar como ela,
E o meu sexto sentido diz-me a verdade
quando me guia os olhos para a passarela,
Beleza americana elegante na passada
enquanto me deixa em pensamentos ateus,
Porque para esse Diabo vestir Prada
ele não pode ter vindo da cidade de Deus,
Eu já vi que ela é a dama de vermelho
e eu só quero ser o seu Rei Artur,
Faço de conselheiro dou-lhe um conselho
para fazer com que a sua presença dure,
Na sua aproximação prende-me a respiração
deixa-me em Marte num desafio total,
Cabelo em ondulação sentada no cadeirão
ela cruza as pernas e é atracção fatal,
A minha cabeça que não mais endireita
desespera que o dedo desse E.T me toque,
Silhueta estreita eu tenho-a sob suspeita
e decido investiga-la como Sherlock,
Sou eu que tenho de fazer uma confissão
antes que saias pela porta dos fundos,
Foste mais rápida a roubar-me a visão
do que o Nicholas Cage no 60 segundos,
Muda, porque apresentações tu dispensas
apesar de eu querer muito a tua reacção,
Como Jigsaw não quero saber o que pensas
eu só quero o teu cérebro na minha mão,
Estendo a mão porque na valsa sou vedeta
e tu danças comigo sem ser preciso ensaiar
E como é possível eu beber vodka preta
e ver tudo azul como se fosse um Avatar?
Deixa a minha mente Scorsese em dilema
porque não há trema que a aportuguese,
O meu satélite diz que temos um problema
e ele é bem pior do que no Apollo 13,
Eu não posso mesmo envolver-me contigo
no meu compromisso sou senhor dos anéis,
Eu não conseguia e agora menos consigo
fazer muito mais do que andar aos papéis,
Eu sou Luís de Camões mas com duas palas
porque quero um momento a dois como Twix,
Mesmo sabendo que devo evitar as tuas balas
como evitou o Neo no primeiro Matrix,
Tu metes o dedo indicador na minha boca
e sensualmente sentas-te em cima de mim,
Doidos por Mary mantens a cabeça louca
num Charlie Chaplin que me cala assim,
Num espanto rendido ao teu encanto
eu sonho ter-te sempre na minha vitrine,
E eu quero muito dizer amo-te tanto
sem ser um mutante como o Wolverine,
A mão na tua cintura e outra na tua cara
e cometo os pecados diante da lua cheia,
Porque quando queres e dizes 'pára'
só me fazes lembrar o 9 semanas e meia,
Se um dia a verdade se mete e nos submete
a estes ficheiros secretos, grita acidentes,
E antes que tudo o vento leve promete
que o beijo será o silêncio dos inocentes.

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Hollywood

Caso resolvido

 
Sinto-me velho pois percebo melhor
tudo o que tem vindo a acontecer,
Uns dias sem cérebro outros Dual Core
quando me sinto novo para morrer,
Sexta-Feira 13 o pior dos trezes
e ela será a derradeira das curvas,
Deus puxou-me as mãos duas vezes
mas só conseguiu agarrar as luvas,
Por isso é um honra estar aqui
mas estou com todos os que não estão,
Pedi perdão pelos erros que cometi
mesmo quando estava fora de questão,
Eu apenas queria o mesmo respeito
que sempre fiz questão de dar,
Mesmo quando eu estive desfeito
sem ninguém para me voltar a colar,
O meu sentido de orientação retém
porque nem ele sabe onde está,
E eu não posso confiar em ninguém
senão na pessoa que me trouxe cá,
Não perdi eu ganhei essa corrida
mas logo caí na armadilha que criei,
E eu só não te apago da minha vida
para veres a pessoa que me tornei,
Vais ficar mais quadrada que a raiz
num blackout em que a luz te desligo,
E nunca mais vai existir o Luís
que conheces porque o levaste contigo,
Sou teu como se tivesse encrostado
e no teu coração até hoje me mantive,
E eu só estou a recriar o passado
que hoje vejo que eu nunca tive,
Porque para ti o dinheiro não dava
e hoje deixo-o fora do meu dia-a-dia,
Eu não mudei o lugar onde estava
eu mudei a perspectiva em que o via,
Ninguém consegue perceber que isto
que eu estou a fazer é de loucos,
Sonhos ilógicos porque nunca desisto
de os chamar de ópticos aos poucos,
Não quero um milhão quero uma multidão
que acredite nas cores do meu sonhar,
É difícil ter os pés assentes no chão
quando eu acho que estou a levitar,
Por isso no fim todos se podem sentar
e julgarem-me como vosso arguido,
Porque no dia em que forem ajuizar
eu já estou a gritar caso resolvido,
E nesse momento fecha-se a cortina
e o meu coração começará a abrandar,
E verei todos numa vénia que se inclina
pois a história reservou-me um lugar.
 
Caso resolvido

Viúva negra

 
Só tu sabes o que acontece
quando o sol se baixa,
E numa perfeição parece
que toda posição te encaixa,
Nunca te vejo cabisbaixa
pois tu és rainha da moral,
Tu já merecias uma faixa
mas pela linha corporal,
O relevo fez-te escultural
nas mãos de Donatello,
E eu reduzi ao 'sem igual'
o que tens de mais belo,
Maria Madalena do meu castelo
mas sem nada de santa,
Cada noite vira um duelo
quando a sedução se implanta,
A roupa não mais se levanta
ela mantém-se no chão,
E tu viras a governanta
que me vai dar educação,
Faz-me subir como um balão
com a chama bem acesa,
Não é preciso um colchão
fazemos amor em cima da mesa,
Asseguro que escapas ilesa
para repetirmos outra vez,
A cada final uma sobremesa
que seja rica em clichês,
Fazemos tudo sem porquês
numa tensão que nos aproxima,
E eu só quero que me dês
o melhor em baixo e em cima,
Não deixes esfriar o clima
ou serei leão, eu rujo,
Ou ladrão da Matéria-Prima
roubo-te o coração e fujo,
E eu aceito jogo sujo
se for esse o teu desejo,
E eu aceito ser marujo
para eleger o teu velejo,
Ninguém vê o que eu vejo
nos devaneios de uma louca,
És viúva negra no beijo
e eu morro na tua boca.

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Viúva negra

Heterónimo, Fernando Pessoa

 
Sou uma das sete artes
usada para fins estéticos,
Retrato a vida em partes
só com recursos genéticos,
Fingir? Poetas patéticos,
desminto Fernando Pessoa,
Eu sinto os dons poéticos
não sinto o que apregoa,
Lava-me, não me ensaboa
pois recriei a história,
Cem anos depois, Lisboa
viu-me como a dedicatória
em homenagem à sua memória
com um toque de verdade,
Eu sigo a trajectória
que me trará estabilidade,
E apesar de tenra idade
de mim eu já dei tanto,
Palavras são elasticidade
transformam-me em amianto,
Rejeitam-me como entretanto
copiam-me como um ditado,
E enquanto eu me adianto
ninguém está mais adiantado,
Fui o rascunho desenhado
apenas com um pau de giz,
Se um dia me virem afastado
foi porque eu assim o quis,
Sabendo quantas satisfiz
em penetrações sem glande,
Com o dicionário Luís
e sem a palavra abrande,
O meu heterónimo expande
mostrando tamanho sem fim,
Espantando por ser grande
e caber dentro de mim.

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Heterónimo, Fernando Pessoa

Segunda Pele

 
Levaste a luz indo embora,
a minha vida ficou escura,
E o que chamavas de flora
alterou com a temperatura
quente, própria da altura
em que amor era abundante,
Lua Cheia na sua curvatura
hoje nem Quarto Minguante,
Eclipse surgiu de rompante
na estrela que mostravas,
Ela era menos importante
cada vez que tu brilhavas,
Nem falar tu precisavas
agora quem precisa sou eu,
Se tu me amasses voltavas
mas isso nunca aconteceu,
E no chá que me aqueceu
vi-te o pior dos venenos,
Fiz valer o que permaneceu
apesar dos dias pequenos,
Apesar de gestos obscenos
que a minha mente eliminou,
Nos pensamentos serenos
com a estação que chegou,
O que passou, arremessou
sabedoria para a mochila,
O que passou, me endossou
a uma paisagem tranquila,
Em que cada folha desfila
viva numa segunda pele,
Tem no pigmento clorofila
o único chão que a nivele,
Não a amassa como papel
este em que te menciono,
O melhor de mim expele
cada vez que me apaixono,
Ampara quando me emociono
como se fosse um cobertor,
E se ele não fosse meu dono
o Outono tinha outra cor.

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Segunda Pele

Inclinação - Capítulo IV

 
As suas lágrimas caíram no choque
depois do que os seus olhos viram,
E dela eu tentava ser o reboque
protegendo de embates que surgiram,
'Sabes a sensação de olhar para algo
e esse algo descrever a nossa vida?'
Sim, respondi que problemas galgo
mesmo com uma ferida desenvolvida,
'Por um lado a imagem transmite solidão
por outro eu sinto uma enorme paz,'
Perda sem perdão nesta relação
que ela acabou há uma semana atrás,
Para mim era sem dúvida das imagens
mais românticas que vi numa tela,
Escreveria 'Amor Perfeito' nas margens
como o amor perfeito que eu vi nela,
Fracos, tornamo-nos fortes quando
não temos alternativa senão sê-lo,
E eu imagino-a uma harpa tocando
lentamente cada fio do seu cabelo,
E mesmo lento eu sento e espero
que ultrapasse o preto desse luto,
Passar a vida atrás dela eu quero
tipo Pluto mas nos beijos menos bruto,
E isto não eram palavras minhas
mas os gritos do meu subconsciente,
Repito:gritos do meu subconsciente,
Em um ano eu coroei cinco rainhas
que fizeram a minha côrte reincidente,
Em frente numa colisão diferente
em uma marcha que se aparenta lenta,
Alimenta-me a mente por acidente
como um prato que está fora da ementa,
E eu um lamechas de metro e noventa
profetizado como um livro de salmos,
Vejo que ganhou cor a vida cinzenta
que eu vivia abaixo de dois palmos,
E como queremos ficar mais calmos
procuramos tranquilizantes eficazes,
Enquanto narramos como Richard Malmos
os romances fugazes em cartazes,
O amor faz cair sempre toda a gente
que se levanta mas não fica igual,
Eu quero provar que o teu diferente
vai ser um diferente fora do normal.

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Inclinação - Capítulo IV

Bem Material

 
É um sentimento estranho. Eu preferia avançar. Não, eu preferia recuar. Para um tempo em que estivesses nos meus braços. Para eu te poder explicar. Ou tentar, porque eu não sei explicar. Enquanto te abraçava. Como se fosse a última vez. Pois sei que não poderias ficar. Tu sabes. Eu amo a música. Talvez começaria por aí. Dizendo quantas ignoro. Entre mais de 25000 ficheiros da minha lista. E que, ainda assim, o destino escolhe tocar aleatoriamente. Para impedir que saias da minha cabeça. Por vezes, mudo para uma música recente. Assim tenho a certeza que não a ouvimos juntos. Outras vezes, eu fecho os olhos. Para impedir que saias da minha cabeça. É pior. Porque aí, é uma escolha minha. E eu sei que tudo isto é inútil. Eu sei que não podemos recuar no tempo. Eu sei que não podemos escrever a nossa história sem erros. Mas pelo menos, na minha mente parece que não foste embora. Tu ficaste. Como um bem material. Este particularmente. Lembro-me do dia em que o comprei. Lembro-me do entusiasmo. Do meu. Iria fazê-lo aparecer na tua presença. Dentro de uma caixa. A meio de um jantar romântico. Pensei que isso, facilmente agradaria à maior parte das mulheres deste Mundo. Não pensei que isso, dificilmente te agradaria. A tua cara de desilusão, cessou o meu sorriso. Reparaste em cada detalhe do anel. Tu não gostavas. Preferias branco. No final do jantar, a troca. Era apenas um bem material que custou umas centenas de Euros. Umas centenas de Euros que eu paguei. Só para que tentasses ver o meu gesto. No fundo, era o que eu queria que visses. Hoje, eu percebo. Que estavas ocupada. Demasiado ocupada. A amar outra pessoa.

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Bem Material

Inclinação - Capítulo X

 
Eu nado em busca desse tal beijo
porque só assim chegarei até ti,
E logo fico parado quando vejo
no teu rosto alguém que conheci,
Uma das cinco rainhas que referi
figurava nos meus pensamentos,
Era o anjo sobre o qual escrevi
em 'Luís XIV' para os mais atentos,
Baralhado nos meus sentimentos
tentava perceber a razão de voltar,
Para ela no fim de relacionamentos
que não tinham mais volta a dar,
Na verdade não me consegui soltar
das redes que me matavam as sedes,
E era impossível tentar apagar
os momentos entre quatro paredes,
Com ela eu perdia os meus medos
mas no fim era o maior que tinha,
Revelar para todos os segredos
de uma complicação só minha,
E cada vez que tocava à campainha
eu sabia que iria ser tentador,
Porque quando ela estava sozinha
eu comportava-me como um amador,
Começava com um sorriso encantador
e deixava no meu lábio uma mordida,
E a última vez que fizemos amor
pareceu tudo menos uma despedida,
Eu deixava-a com a mente dividida
porque no dia seguinte ia embora,
E ela era o meu ponto de partida
e eu andava completamente à nora,
É óbvio que a bússola não colabora
se eu não souber para onde vou,
Tenho medo que dois anos de demora
tenham levado aquela que me salvou,
Eu fecho o pensamento onde estou
para tu não mais me seguires,
E o nosso retrato foi o que restou
assim que os teus olhos abrires,
Quero ser o ar sempre que respires
mostrando o egoísta que estou a ser,
Por favor eu peço-te que não vires
uma página que eu ainda estou a ler.

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Inclinação - Capítulo X

Eternidade Provisória

 
Será que te enfrentas ao espelho
só para poderes ver as atitudes,
Que te transformam num aparelho
privado de estudos e virtudes,
E o meu erro é querer que tu mudes
mas isso não é de todo possível,
E o meu erro é pôr-te em altitudes
que tornam o teu pedestal indestrutível,
E aí não mais me vês: Invisível
aos teus olhos de vista grossa,
Baralham o português: Imperceptível
numa fala que antes era só nossa,
E admito que por mais que possa
começam a faltar-me as energias,
Porque cada soco teu faz mossa
e expõe todas as minhas hemorragias,
Antes eu queria-te nas cirurgias
hoje suplico por outro cirurgião,
Porque quando precisei de vigias
tu disseste não estar de plantão,
E não poderia ser pior a ocasião
em que eu te jurei amor eterno,
Numa cerimónia cheia de religião
tu estavas de vestido e eu de terno,
Clássico, é impossível o moderno
inventar a calma ao romantismo,
E tu só inventaste o inferno
para me expores a alma ao nudismo,
E chegámos ao fim do meu optimismo
e com ele o final da nossa história,
Pois tu transformaste o mecanismo
do sempre em eternidade provisória.
 
Eternidade Provisória

Romeu e Julieta

 
Nasci num bairro pobre,
Nós nem contávamos para o CEF,
Se me escolheres para ser aquele que te cobre,
Não me troques pelo teu chefe,
Fotos desses momentos,
Todas as que o teu rolo diga,
Contigo nos seus pensamentos,
O Kanye West fez o "Gold Digger",
O dinheiro não é motivação,
Gasto todo o que tenho na mão,
Fala comigo sobre ele,
Fim de conversação,
O meu telemóvel vai-se desligar,
Se a tua chamada persiste,
Nem Deus me pode julgar,
Porque ele não existe,
Tira as tuas conclusões,
Vais-me chamar de frio,
O meu livro de reclamações,
Está completamente vazio,
Não sei porque é tão grande,
Página subaproveitada,
Se tu não fizeste algo importante,
Então tu não fizeste nada,
Procuro quem me faça prioridade,
No meio de tantas curvas,
Sem saber a tua identidade,
Tinha a tua foto no porta-luvas,
Paz que se abateu sobre o génio,
Sem ti, nas minhas veias nada corre,
Atrás escreveu que eu era como oxigénio,
E sem mim nas suas teias ela morre,
Isso acontecer não posso deixar,
Se me ignoras,não sei o que faço,
Mas se for para te amar,
127 Horas, eu também corto o meu braço,
Dirijo rápido, estou fora de mim,
Quero impedir que alguém te atropele,
Mas se isso já te faz sorrir assim,
Imagina quando fizer de ti capa da Elle,
Semana após semana,
Nas bancas a ver-te brilhar,
Contigo vou ser tipo Osama,
Elas nunca vão saber onde me encontrar,
Para chegar a ti enfrento todas as situações,
Eu só oiço os teus conselhos,
Eu passo por todas as proibições,
Eu só respeito os teus sinais vermelhos,
De repente é ele que agora me mostras,
Mudanças para o mínimo, tu reduzes-me,
Paro lentamente, o ritmo que gostas,
Saia Alexander McQueen, tu seduzes-me,
Luz verde! Leva-me ao limite,
Acusa-me de não guardar segredos,
Diz-me que o limite é infinito,
Conduz-me como um Mercedes,
Preciso saber o que tu queres de mim,
Alcorão, de certo a palavra a citar,
Preciso saber se eu ficar preso em ti,
Prisão perpétua, tu nunca mais me vais soltar,
Ensino-te a dançar tipo Honey,
Tocar o teu corpo como uma viola,
E se eu for o Bugs Bunny,
Quero que sejas tu a minha Lola,
Levava-te para as Caraíbas,
Onde faríamos amor na praia,
Eu respeito-te caso tu me proíbas,
De te tirar a saia,
Imensidão para tê-la, tem dó,
Destino será o céu cada vez que me mordas,
Tu não és uma estrela só,
Tu és as estrelas todas,
E eu vou-te deixar, bem lá no cimo,
Imagina-nos bem felizes,
Eu não te vou julgar, não te subestimo,
Eu só oiço o que tu dizes,
O destino depois logo nos junta,
Sim, para sempre o teu ouvinte,
Mas antes que tu faças essa pergunta,
Eu vou responder-te á seguinte,
"Fazes o que eu mando? Não te vás"
Tu sabes bem que eu não me canso,
Porque quando dou um passo atrás,
É apenas para dar balanço,
E se tu fores o meu cometa,
Juro que não te vou deixar cair,
Se eu for o Romeu e tu a Julieta,
Eu já sei que estás apenas a dormir,
Mas esta noite eu não durmo,
Enquanto dormes vou ficar só a olhar,
Estou de policiamento nocturno,
Só fecho os olhos se for para para te beijar.

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Romeu e Julieta

Diamante de sangue

 
Tu tens estado na minha mente
e eu estou a tentar ter amnésia,
O amor era uma vertigem diferente
que me aproximava da tua falésia,
Se devia mudar a postura de fidalgo
devias ter deixado o pois para depois,
E agora eu tento descobrir algo
incrível como tínhamos nós os dois,
Mas eu não encontro um sentimento
que se compare ao que sentia por ti,
E esse processo foi tão lento
que acho que ele encravou aqui,
Nos meus olhos chove torrencialmente
porque ainda te vejo nos meus braços,
Eu devia ter iogurte no recipiente
e acho que já só tenho os pedaços,
E foste tu que destroçaste cada pedaço
quando ouvi o após da tua voz,
Dizer que eu não te dava espaço
agora vê o espaço que há entre nós,
Eu era um atalho para o teu agasalho
mas agora tu já não te empolgas,
Só porque tu eras o único trabalho
onde eu abdicava de todas as folgas,
Estava disposto a ver o teu teatro
mesmo quando não haviam ondas sonoras,
Porque eu só queria que me desses 24
As tuas 24 Horas!
Lembro-me de brincar com o teu cabelo
e borrar a tua maquilhagem com beijos,
Agora eu dou com o meu cerebelo
a ser o mais derretido dos queijos,
Pois mandaste-me com tantas granadas
que toda parte do corpo precisa de doador,
E antes as nossas lutas com almofadas
acabavam sempre quando fazíamos amor,
Fui imaturo e não é forma de expressão
nem perco a razão porque eras como eu,
E eu só não usava protecção
porque queria muito ter um filho teu,
No meu coração tu deste um nó
por isso escrevo em letras gordas,
Tu não eras uma estrela só
tu eras as estrelas todas,
Para te encontrar meti a vida louca
porque a única que queria eras tu,
Mas só mostraste ser a troca de roupa
que me deixou completamente nu,
A energia do universo não foi cínica
como uma superstição de setes e trezes
Quando ela disse que a nossa química
era infinita um milhão de vezes,
Conta quem viu que o que me impediu
de forma aparente de eu seguir em frente,
Foi a minha mente que explodiu quando viu
que o nosso fuso horário era diferente,
E quanto mais eu me vejo fechado
mais elas me vêm disponível,
Quanto mais me escondo como o Mascarado
mais acham que sou Hulk, O incrível,
Eu sempre fui a favor da monogamia
porque só o teu beijo tinha um sabor doce,
Mas no fundo o que tinha era alergia
por menor que a tua epidemia fosse,
Eu fiquei dividido ao meio no teu corte
de morte como um trovão de Zeus,
E o facto de eu te desejar boa sorte
significa apenas que te estou a dizer adeus,
Se isto não é amor que ele me partilhe
pelos céus como se fosse um boomerang,
Por isso não me peças que eu brilhe
porque agora o meu diamante é de sangue.

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Diamante de sangue

Inclinação - Capítulo I

 
Uma foto perfeita que esconde
as imperfeições da nossa relação,
E o meu coração não responde
à tua tentativa de reanimação,
Sinto-me a cair por isso choro
enquanto chamas-me de sensível,
Agora nem com soro eu melhoro
uma relação que parecia incrível,
O teu toque é demasiado firme
quando eu procuro a suavidade,
Quero voltar atrás e redimir-me
de ter aprisionado a liberdade,
E como tu precisas de umas aulas
foste em busca de uma faculdade,
Agora que já fiz as minhas malas
partilhaste o caminho da verdade,
Na minha página um texto em rima
de uma última história de amor,
Vinda de uma tal de Matéria-Prima
esse texto atenuou a minha dor,
Foi modesto e apesar do teu gesto
tinha de saber quem era o autor,
Via a verdade no seu manifesto
e o manifesto se revelou sedutor,
Descubro quem é pelo seu like
em uma das nossas fotos perfeitas,
No sorriso fiz o símbolo da Nike
e começaram as atitudes suspeitas,
Mas o que é que eu estou a fazer?
A ver fotos de um desconhecido,
E o pior é que eu sinto prazer
ao vê-lo ser o que tinha esquecido,
Ou isto é o fim em um pretexto
ou eu só posso ter enlouquecido,
Eu não posso negar que este texto
manteve o meu coração aquecido,
Voltei a mim e fechei a janela
como fiz contigo 3 meses depois,
A minha cabeça ficou de sentinela
porque seríamos apenas dois,
Farei o certo de agora em diante
e elogiar a sua escrita fantástica,
Porque as arestas do seu diamante
foram o x na equação da minha matemática.

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Inclinação - Capítulo I

Escala de Richter

 
Noites em que não dormi, insónias,
Batalhas que eu perdi, inglórias,
Notórias, as lembranças que guardei,
Desequilibradas nas balanças em que pesei,
Mas foi só aí que eu reparei,
Que os nossos mundos eram distantes,
Eu em poços fundos, tu entre estrelas brilhantes,
Eu sem adereços, tu cheia de diamantes,
Por instantes eu deixei o realismo,
Persistência? Vou levá-la a que desista,
Se tu eras um sismo,
Eu era a Escala de Richter,
Calculo-te a amplitude, eu assim o pensava,
Nascia atitude cada vez que ela passava,
Nunca te vi a olhar, nunca te vi desejosa,
Se eu fosse um dia o teu olhar? Pedro Abrunhosa,
Isto não é prosa, isso é medonho,
Cor-de rosa? Acorda desse sonho,
Mas eu tinha tudo pensado,
Pedia-te em casamento, anel de noivado,
Para tu te convenceres,
Mostrava-te as cores e o seu sinónimo,
Para tu não saberes,
Mandava-te flores em anónimo,
Eu não tenho nenhum heterónimo,
Eu não sou o Pessoa,
Sei que o que sinto não é homónimo,
Mas o que sinto já não magoa,
Bate a saudade mas passa tudo ao lado,
Numa velocidade devassa de um Murcielago,
Visto, depois dispo,
Foi o que eu já disse há um bocado,
Depois disto,
Acreditavas em mim se dissesse que estou apaixonado?

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Escala de Richter