Poemas, frases e mensagens de FernandesAmorim

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de FernandesAmorim

Um lobo solitário

 
Um toque, a posse...
E um nome que adormece.
A dor - o sentimento e o louvor,
A morte e seu mestre.

Na noite infinda
Fez-se claro o seu desejo:
O mestre, a obra e a lira,
O amor, o seu amor, e seu segredo.
 
Um lobo solitário

Se te amei, Te amarei

 
Tenho saudade do dia que a conheci

Daquele vazio que era não pertence-la

Vem-me a mente aquela imagem...

A ansiedade... Mas, por natural,

Rasga-me a carne a solidão do presente,

E se por ventura o meu futuro em ti persistir?

Já não basta, eis-me aqui, ao fim da vida

Frente a morte, e ao teu amor.

Como foi possível minha alma resistir, o que os meus olhos sempre mostrou?
 
Se te amei, Te amarei

Amor ao veneno

 
O amor é o que o amor faz
Se divide em ais
Se desforma em lamentações

Se um dia foi paz
Corre pra trás
Se dilui em fome

Se um dia foi guerra
Nas terras que derramou
Do puro veneno de seu licor
Hoje não vives mais.

O amor é o que o amor faz
Se transforma e se distrai
Se o mundo o ocultasse
Nada mais existiria
 
Amor ao veneno

A Última Poesia

 
Como os gatos a fugir da chuva,
A solidão é o meu abrigo.
Os pensamentos separam-se,
E viajam aos quatros cantos do planeta
Sem destinatário, confusos.
Ecoam na natureza os pesares.
Toda dor do mundo eu carrego
Em lágrimas derramadas
Em versos entristecidos.
 
A Última Poesia

Querer

 
Queria matá-la.
A quem?
A paixão.
Estagná-la no vácuo absoluto
Destruí-la, aniquila-la;
Convertê-la ao nada.
Pôr fim ao anseio
De mantê-la estampada
Em qualquer face com receio
De seguir intacto nessa estrada
Das paixões que lhes rasgam o peito.

Queria, enfim, matá-la...
Querer - e só o poder da palavra.
Afinal, que poderia eu fazer
Com tamanha força inexplicável?
 
Querer

Flor de sangue

 
O que escondemos por trás de uma palavra?
Muito mais angústia que um pensamento,
O desejo, um sofrimento, do fraco ao mais Forte, do complexo ao simples; sobre a vida ou Sobre a morte, sobre o início e sobre o fim.
Há tanto sentimento, de quanto há dúvida
Qual sã homem e todo o seu discernimento
O amor conseguirá explicar.
Atroz e infâme, se não macabro, insalubre
Diz o ódio sobre si mesmo.
O que carrega uma palavra, se não mais forte Que uma bala, tão pura como uma flor.
 
Flor de sangue

Não Escrevo Verdades...

 
Não escrevo verdades
Tão pouco mentiras
Talvez não o sintas
Ou não saiba decifra-lo

Talvez escreva somente
Para tentar expurgar o sentimento
Que segue assim, corroendo aqui por dentro
E que parece não ter fim.

E que batalha travada esta
Alusiva a tempos modernos
Alma perdida em poeira
Coração partido em desertos,

Luta de uma vida inteira
Composta em estrofes e versos.
 
Não Escrevo Verdades...

Se da Vida Pudesse...

 
Se da vida pudesse exprimir
Se do peito pudesse expressar
Toda dor que ei de sentir
Pelos caminhos que ei de passar.

Cada erro que ei de medir
Cada fato que ei de lembrar
Toda história que um dia vivi
E dos mistérios que a morte nos traz.
 
Se da Vida Pudesse...

Inspirações

 
Penso e escrevo
O que escrevo,
Sou poeta.
Lancei-me ao encanto
De enganar o meu pranto
De infindas paixões.

Portanto, sigo.
E seguirei a enganar-me!
Por estas linhas e outras mais
Entre o pensar e escrever -
Viver...
 
Inspirações

Restos

 
Com o vento e sem luz
Restos e mais restos
Da alma fragmentada
De um ser incomum

Que o homem irracional
Caminha pelo túnel sem fim
À eterna liberdade sonhada
De um universo que nunca existiu
 
Restos