Poemas, frases e mensagens de Nyna

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Nyna

Oi?!

Eu sou um amontoado de tudo que amo e odeio. De tudo que vejo, sinto. Sou uma menina que até agora, nunca soube o que é crescer.

Tenho horror a gente "grande" Arrogante.

Céus de Monet

 
Eu poderia escrever
sobre você.
– Como um livro de
poesia intitulado,
“O meu coração te espera”

Ou eu poderia pintar você
e teus olhos verdes que mudam de cor
em uma tela virgem, sem mácula
“Como os Céus de Monet”

Eu poderia guardar você
na manga da minha camisa
Então eu poderia carregá-lo
comigo sempre

Eu poderia esconder você
como discos antigos
e ouvir o
ritmo da sua alma
quando você me beija
 
Céus de Monet

Tautograma 02 - Intensidade

 
Interno.
Introspectivo.
Interior.
Intenso.
 
Tautograma 02 - Intensidade

Cotidiano - Cartas

 
Querida Gaveta Falante.

O dia começou aqui onde estou. A amplitude do céu, as formas das nuvens numa diversidade sem igual, algodões doces vagando de forma letárgica. Existem três bandeiras ao meu lado que tremulam ao vento. Olho e penso naqueles filmes antigos, não sei porque.

A existência é incrível e eu me pego pensando como tudo isso foi criado. Hoje é um dia de sol e vento frio, isso dentro e fora de mim. E anseio muitas coisas, tenho muitos sonhos mas definitivamente não domino o tempo. E ele arde.

Cada pessoa que passa por aqui é singular e deve ter seus sonhos também. Mas neste momento eu só consigo pensar nos meus. Há trabalho por aqui, estão limpando os vidros e eu me lembro dos meus óculos, das lentes que eu limpava para ver o mundo. Mas confesso que ser míope ás vezes me agrada muito.

Ser míope é ser embassado. A gente ri do que não existe e descobre isso quando colocamos os óculos novamente, ai tudo vira mesmisse. A miopia me engrandece. Me torna uma espécie de fada. Coloco o óculos um mundo, retiro e me vem o mundo de Alice, o mundo mais foda que conheço.

Quero ficar a qui para o chá das cinco.
É uma viagem quando o sol cintila na água que sai esfuziante da mangueira, o cheiro da grama, a terra molhada me remetem ao barro de onde fui formada com defeito se ser gente.
É deste jeito. O sinal bate e a gente pensa que o parquinho é o melhor lugar do mundo. Deve ser, toda criança quer estar no parque, e eu também quero.

Na rodovia aqui ao lado a vida passa rápido, o limite é de 60 km pois a rodovia está em área residencial, porém a vida sobre rodas aqui vai a mais e 100 km. Contrastando com tudo isso, estão os ciclistas exibindo suas roupas apertadas dando um sentido erótico as pedaladas. Dá até para rir um pouco.

Mas cada um faz o que gosta e eu neste momento estou aqui escrevendo sobre tudo isso e pesando no café. Que ainda não tomei mas quero muito.
Às vezes, a vida é só tomar café e fica tudo bem.
 
Cotidiano - Cartas

A Casa - Cartas

 
Querida Gaveta Falante

Me sinto como uma casa ruidosa, dona de uma inconstância singular. Cheia de fases como a lua, difusa. Há também em mim, impressa em minha carne, pele, em meu íntimo, todas as vozes do mundo, todos os sons me permeiam. Eles me libertam e ao mesmo tempo, me aprisionam ardilosamente.

Os dias, as horas e o tempo que retiram de mim, por vezes a busca, que cortam a minha pele branca de forma linear, são afiados, e desafiadores. E vão me marcando a pele numa escrita imperfeita cheia de erros.

Há dias assim, me sinto partida, sou partida, partes de mim. Do outro, parto. Partimos, de nós, desatamos.

De tudo, no fim, só temos o olhar, tudo se tornar olhar, frio ou terno, letárgico, semelhante ao sono profundo.
 
A Casa - Cartas

Amor

 
Antes do fim,
num lugar inesperado,
um adentro de amor, ou repúdio por amar demais.
 
Amor

Intervalos - Cartas

 
Querida Gaveta Falante,

Você alguma vez na sua vida já "guardou lobos" em sua gaveta? Antes de ser sua dona, alguém já desenhou algum lobo para que você guardasse? Já os ouviu? Já os viu?

Estou no meio de uma matilha de lobos, e todos são ruivos. Mas há algo nos uivos que emitem, eles insuflam minha alma. Como algum sangue de guerreiro ancestral. Sem mente, minha mão aperta a empunhadura e num movimento rápido e harmônico, minha lança voa pela mata escura. Da morte ela é a Sacerdotisa.

O Aço reluz e me hipnotiza, e quase perco a consciência na batalha. Numa unidade, sou três. A Donzela, minha espada e minha inimiga. Na suprema pressão não mente o segredo o zen.

A batalha termina com dois corpos no chão. O meu corpo está entre eles, e os lobos, aos uivos me abençoam. Rujo como um leão! Com a minha vida a vitória. E neste sentido último, o fim da história.
 
Intervalos - Cartas

Inverno - Cartas

 
Querida Gaveta Falante,

Minhas provisões para o inverno acabaram, e o fantasma que me segue exige vingança. Minha alma torturada, minhas crenças desabam, estou frágil como criança.

Quem sabe uma alma possa me cuidar? Essa minha alma imatura e frágil que vive a se apavorar?

O Rei está morto! Quem matou o rei? Diga-me! Antes que a loucura me mate.

O que farei do que fizeram de mim? Serei ou não?

Talvez dormir seja melhor. A espada pesa na bainha, como irei sacá-la? Chegou minha hora e não poderei vacilar, me sinto um camelão na frente do espelho. Que cor deverei assumir? Se não me decidir, talvez seja melhor sumir. E neste sentido último, o fim da história.
 
Inverno - Cartas

Saudade

 
- Essa saudade maltrata, e faz a gente maldizer a vida tem hora.
- Mas, e se fosse só de coisas boas?
- Talvez, fosse a vida, menos dolorida.
- Saudade, tem de todo tipo, Jão!
- É saudade que avoa, cheia de mistério.
- Tem saudade que é água, afoga a gente.
- Cada um tem a sua. Cada um sabe da sua
- Ô garota ardilosa que sô!
 
Saudade

Viver Intensamente é Contagioso - Cartas

 
Querida Gaveta Falante,

VIVER INTENSAMENTE É CONTAGIOSO.

Dentre todos os murmúrios e cochichos incessantes que lascam os meus dentes, percebo que viver intensamente
é contagioso.

Sou um ser contaminado.

Percebo agora no fim, que este mundo
vai ficar pequeno, sem presença dele. Sem a ardência dele, sem língua afiada dele e seus dedos ávidos.

O mundo vai ficar pequeno.

Sem o olhar dele me procurando entre a porta semiaberta. Sem o olhar dele entre as frestas de mim, enfim.
 
Viver Intensamente é Contagioso - Cartas

Aldravia 03

 
Antes
do
salto
sobressalto
a
Vida
 
Aldravia 03

Jasmim - Donzela do Gelo

 
Jasmim.

Quando vejo teus olhos, Violeta.
Jasmim em flor,
me finco.
 
Jasmim - Donzela do Gelo

Aldravia 01

 
hereditária

sina

de

perder-se

no

outro
 
Aldravia 01

O Beijo

 
De altas janelas, de mim, escrevo.
Num tom de azul, vago, passeio.
Não me importo se uma outra cor despontar, e tentando num contraponto me mostrar, outro tom de azul diante do meu olhar.

Pois em mim, que ao longe vejo,
teu sorriso,
um gracejo, que num azul vago, reflete-se gigantesco.

E nesta noite, que te escrevo,
a chuva que lá fora cai, num correr passageiro já se foi.
E eis, que este mesmo céu se fez fresco no beijo que sonhei.
 
O Beijo

Viver

 
Viver
 
 
Viver

Interior. - Cartas

 
Querida Gaveta Falante,

Como poderá haver entrega num mundo de valores tão fúteis? Estou aqui pensando sobre isto, estou ainda mais fragilizada pela expectativa dos meus oponentes.

Quixotes e escudeiros dementes!

Mato um leão por dia para manter minha sanidade mental intacta. Porém, temo que mesmo assim, não ser possível sobreviver ao céu de lanças e flechas atiradas pelos meus supostos amigos. Agora, pareço um porre ambulante. Retiram tudo de mim, como uma garrafa da mais barata pinga ou consumida como erva na esquina. Sou um produto de consumo disputada pelo mercado ávido.

Minhas vísceras ficaram expostas em busca da amizade, lealdade e amor. O amor não é para ferir e sim nos revigorar, nos fazer viver.

Quantas lutas insanas.

Dragões e flechas atiradas no chão, e a pobre Donzela investindo sua frágil armadura humana, sempre procurando defender seus nobres princípios, acreditando que pessoas podem ser justas e com sentimentos puros!

Mentirosos e enganadores, bem, deixem que eles se afundem nas virtudes movediças, desta praia de loucos. Que mundo de mentiras. Só desejo ser uma pessoa boa, qual é o erro?

Certamente o erro pertence a eles. E quando seus gritos de socorro forem enterrados nas areias do esquecimento. Se lembrarão de mim e vou sobreviver a isto. Jamais abdicarei dos nobres princípios que me regem, se não pela vontade espontânea de realizar o que for ditado pelo coração e pelo bom senso e ver em tempo o fim da história.
 
Interior.  - Cartas

Saudade

 
- Essa saudade maltrata, e faz a gente maldizer a vida tem hora.
- Mas, e se fosse só de coisas boas?
- Talvez, fosse a vida, menos dolorida.
- Saudade, tem de todo tipo, Jão!
- É saudade que avoa, cheia de mistério.
- Tem saudade que é água, afoga a gente.
- Cada um tem a sua. Cada um sabe da sua
- Ô garota ardilosa sô!
 
Saudade

Tautograma 01 - Cantigas

 
Cantigas

Canta comigo, coração
Criaremos cantigas cantatas canções
celebraremos casamentos
cancelaremos choros comoção conflitos
Colheremos conforto celebração carinhos
 
Tautograma 01 - Cantigas

"Pensagem" - Donzela do Gelo

 
Já faz algum tempo que observo minhas mãos. Pálidas, serenas, frágeis. Contudo há algo de ameaçador nelas. Simultâneamente os vasos sanguíneos que sob a pele se distendem, os nervos que se contraem quando as fecho. Parece que são algo fora do corpo, como se estivessem á parte. Sinto toda a intensidade até mesmo quando os dedos repousam. Eles são grossos, médios e que por muitas vezes arranham as paredes deste cômodo frio, este quadrado no qual me finco.

Sempre que me olho no espelho, por vezes me vejo fora de ordem, como se todo ponto fosse de fuga, que conduz a vida ou a morte. Sensações das quais nunca sonhamos um dia viver. Não faço ideia de onde eu esteja neste momento, as lembranças, meus olhos parecem estar alheios, e estranhos ao destino. Que ás vezes, penso não serem passíveis de explicação ou entendimento, mas isso não importa, o que importa é a distância e a proximidade de cada um dos meus dedos.
Eles seguem juntos as palmas de minhas mãos, que variam sem uniformidade, me dizendo todo o tempo que sou destra, tão destra que por vezes creio ter apenas uma articulação, a direita. Deixando a esquerda numa infância abstrata.

Mas quando fecho as mãos, elas se transformam no meu sol particular. E quando as abro, as duas mãos irradiam luz, pois tudo cintila. É ai que percebo, que lá fora existe vida, e sonhos que me dizem que o mundo marcha! Intenso, infeso ás nossas dúvidas. Como se cada um fosse dono do seu próprio paraíso e do seu inferno. O que diferencia isto, é a forma de como encaramos o abrir e o fechar de nossas mãos.
 
"Pensagem" - Donzela do Gelo

Aldravia 02

 
pele
branda
de
linho
forrada
dorme
 
Aldravia 02

Aldravia 05

 
O
Fim
Chegou
Coração
Partiu
Enfim
 
Aldravia 05

- Por Donzela do Gelo

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