Poemas, frases e mensagens de RivadáviaLeite

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de RivadáviaLeite

AQUARELA DE UM SONHO


Aquarela de mulher excêntrica e vaidosa,
Como é estranho este teu lângüido pensar!
Esta cisma persistente e assaz desastrosa,
No meu caminho, jamais deixarei passar!

Satírica maneira que te faz tão escabrosa,
Vendavais...

AMARGURA DE UM TROVADOR

 
AMARGURA DE UM TROVADOR

Amargura, cadáver de minh’alma em tormenta,
Séqüito fúnebre de uma felicidade que morreu;
Aleivosa existência de uma ventura tão sedenta,
Por amor a uma mulher que jamais aconteceu.

Calvário maldito que conduz à cruciante solidão,
Desce ao sepulcro os líbitos de um enamorado;
Meus olhos lagrimados revestem todo coração,
Das agruras em constância de um desventurado.

Açoites impiedosos, súplicas do meu sentimento,
Na pretensão sublime em sempre querer amar;
Sentencia o destino seu implacável sofrimento,

Ao mais frágil sonhador que não pára de chorar.
Soma de quimeras sepultadas no esquecimento,
Infausto evento de um agro trovador a versificar.

Rivadávia Leite
 
AMARGURA DE UM TROVADOR

NAMORADOS DE OUTRORA

 
NAMORADOS DE OUTRORA

Noite calma, o silêncio orquestrava aquele lugar,
Um recanto bucólico para o amante em exultação,
Na dileção da donzela se enleava em conquistar,
Nos bancos da praça, a preferida do seu coração.

Eram flertes bem velados, um poema a declamar,
Ritual dos enamorados, a mais viridante sedução.
Do coreto se contemplava os casais indo passear,
De mãos-dadas e em pares, iam em toda direção.

Lirismo de uma época que hoje passo a lembrar,
Deste lindo amor poético em grande veneração,
Havia encanto, havia beleza, uma união a fulgurar,
Era o tempo das pucelas, convictas por devoção,

Nostalgia da pureza, da cândida virgem ao altar,
Vestalinas de agora! Por que esta transformação?!

Rivadávia Leite

NAMORADOS DE OUTRORA

Noite calma, o silêncio orquestrava aquele lugar,
Um recanto bucólico para o amante em exultação,
Na dileção da donzela se enleava em conquistar,
Nos bancos da praça, a preferida do seu coração.

Eram flertes bem velados, um poema a declamar,
Ritual dos enamorados, a mais viridante sedução.
Do coreto se contemplava os casais indo passear,
De mãos-dadas e em pares, iam em toda direção.

Lirismo de uma época que hoje passo a lembrar,
Deste lindo amor poético em grande veneração,
Havia encanto, havia beleza, uma união a fulgurar,
Era o tempo das pucelas, convictas por devoção,

Nostalgia da pureza, da cândida virgem ao altar,
Vestalinas de agora! Por que esta transformação?!

Rivadávia Leite
 
NAMORADOS DE OUTRORA

AMOR FRACASSADO

 
Saudades tenho de um amor agora no passado,
Hoje recordo, quebrando o silêncio da emoção,
Trago à baila este meu romance já fracassado,
Que um dia foi intento dos amigos da ingratidão.

Por invídia deram-me o veredicto de entediado,
Conduzindo-me ao mais rúptil ente da multidão;
Sou apenas o homem que por ela não foi amado,
Não choro, ainda é dela o meu vidrento coração!

Magarefes esviscerados desse amor conquistado,
Dela me eliciaram sob a repulsa da minha efusão,
Ignotos do meu sentimento que a ela havia dado,

Maquinaram meu crepúsculo em vil orquestração.
Hoje, em soledade vejo seu rosto tão amargurado,
Pelo remorso lorpa de haver perdido nossa união.
 
AMOR FRACASSADO

QUERIDA PROFESSORINHA

 
QUERIDA PROFESSORINHA

Iluminada propedeuta que ensina as criancinhas a ler,
Sagrado mister que a vida te oferendou como missão;
As adversidades da tua caminhada fazes com prazer,
Em genuflexo agradeces com a mais profunda emoção.

Quantas noites indormidas em solidão via-se escrever,
A matéria do dia seguinte com tanto amor e dedicação;
Em sala de aula tuas olheiras não deixavas transparecer,
O cansaço que administavas na mais perfeita encenação.

O giz era tua ferramenta que tanto fazia-te enautecer,
No quadro-negro que ornava de branco toda tua mão;
O pó que cobria toda a tua roupa dignificava o teu ser,
Em prol de tantas crianças que dedicavas teu coração.

Ah, professorinha! Linda és como todo o amanhecer!
Espelho de conduta para esta nova e esvelta geração,
Brilhas no universo das docentes com talento por ser,
Uma notável mulher que doou a sua vida por devoção!

Rivadávia Leite
 
QUERIDA PROFESSORINHA

AMOR EM DESCONCEITO

 
Sangras em dor com este vil punhal o peito,
Fazes com isto meu vidrento coração chorar,
Tantas foram as mágoas que não tive jeito...
Horizonte de maldades! Não te quero olhar!

Tens pelo amor o teu repulsivo desconceito,
Próprio das mulheres que não sabem amar,
Quando me escolheste, foi eu o teu eleito
Dentre os tantos que te queriam conquistar.

Hoje só me resta a dolência deste atro feito,
Um romance que não quero mais lembrar,
Sou um homem feliz que agora está refeito,

Dos tantos enfaros que jamais pude evitar.
História de vida que não foi um desproveito,
Dos sonhos com outra já espero encontrar.
 
AMOR EM DESCONCEITO

BELEZA EM ILUSÃO

 
Ó linda flor de mulher que se vê primorosa!
Inspirada foste na mais perfeita modelação,
Encantos que fascinam e te julgam graciosa,
Esmero do destino que te fêz com perfeição.

Este rosto modelar é teu prêmio de virtuosa,
Corpo cobiçado por todos em vera multidão,
Pretensão masculina por ser tão talentosa,
Invejas teus pares por teres tanta sedução.

Esvais-te em orgulho por ser a glamourosa,
Chamando para si toda uma festiva atenção,
Com isto te nobilitam ainda a presunçosa,

Às tantas mulheres com ignóbil indignação.
De que vale esta formosura assaz venturosa,
Se o amor assela: essa beleza é uma ilusão!

Ó linda flor de mulher que se vê primorosa!
Inspirada foste na mais perfeita modelação,
Encantos que fascinam e te julgam graciosa,
Esmero do destino que te fêz com perfeição.

Este rosto modelar é teu prêmio de virtuosa,
Corpo cobiçado por todos em vera multidão,
Pretensão masculina por ser tão talentosa,
Invejas teus pares por teres tanta sedução.

Esvais-te em orgulho por ser a glamourosa,
Chamando para si toda uma festiva atenção,
Com isto te nobilitam ainda a presunçosa,

Às tantas mulheres com ignóbil indignação.
De que vale esta formosura assaz venturosa,
Se o amor assela: essa beleza é uma ilusão!
 
BELEZA EM ILUSÃO

SUPLÍCIO DE UMA ALMA

 
SUPLÍCIO DE UMA ALMA

Suplício de um’alma lúgubre e ferida,
Em velados desejos, vejo-te em oração,
Fartos são os momentos que distraída,
Vês-me exorando o teu arguto coração.

Se tanto aspiro a este tão suntuoso afeto,
Não mais quero ser inquilino da aflição,
Festival de minh’alma em total desafeto,
Peço: Não me tenhas por compaixão!

Tantas foram as vezes em que implorei,
Um amor inexorável, soma de emoção,
Tua infame recusa foi a ira que abracei.

Estou-me consumindo de tanta exaustão,
Dos teus caprichos, sempre me enganei,
Mulher fatal! Lancinante anjo da ilusão!

Rivadávia Leite
 
SUPLÍCIO DE UMA ALMA

VIRTUDES DE UMA MULHER

 
VIRTUDES DE UMA MULHER

Tens o aroma de uma flor desejada,
Tens o encanto da sereia a cantar,
Tens a arte da beleza laureada,
Tens os súditos e podes reinar.

Tens o ar que respiras inebriada,
Tens o céu de estrelas a visionar,
Tens a alma de mulher vaticinada,
Tens o orgulho e não queres declarar.

Tens o desejo do amor... ser amada,
Tens o mar de prazeres e podes singrar,
Tens o vento que te faz acariciada,
Tens o sol que dá o brilho ao teu olhar.

Tens a beleza por tantos almejada,
Tens o carinho que podes ofertar,
Tens as virtudes de uma prendada,
Tens o amor e não me queres amar!

Rivadávia Leite
 
VIRTUDES DE UMA MULHER

DEUSA DOS MADRIGAIS

 
DEUSA DOS MADRIGAIS

Divinos musicais que te acariciam o ouvido,
Olente perfume de mulher que me inebria ,
Lindo é teu rosto todo ornado e produzido,
Pelas verdades da vida que a tua boca dizia.

O brilho reluzente da leveza do teu olhar,
Inspiravas convite à vereda de uma paixão,
Gestos de amor é o teu explêndido linguajar,
Para um esvelto corpo em assaz perfeição.

Virtudes são flores fragrantes do teu talento
Que, em gentileza, a Natureza te oferendou,
Santidade da formosura, és o meu acalento;
Deusa dos madrigais que o céu te consagrou.

Afã em ser desejada sentias a todo momento.
Minha diva, sou o poeta que sempre te amou!

Rivadávia Leite
 
DEUSA DOS MADRIGAIS

ESTRADA DA VIDA

 
ESTRADA DA VIDA

Estou chegando ao fim da estrada da vida,
Aquilo que plantei foi o que colhi em lição;
Amores, dissabores, não havia outra saída,
Pois toda existência tem a sua justificação.

Tenho a consciência da missão cumprida,
Os líbitos despertados não foram em vão;
Fui ódio, quando da mais refrega renhida,
Fui amor, em melhor forma de expressão.

Experiência do mundo, jamais foi perdida,
Nos implexos momentos de consternação,
Sei que serei na minha precógnita partida,
A inópia de um rosto que sairá da multidão.

Aos meus desafetos irei sem a despedida,
Aos que me amaram, ficarei na recordação.

Rivadávia Leite
 
ESTRADA DA VIDA

PERTINAZ DESEJO

 
PERTINAZ DESEJO

Aragem suave que a este teu corpo acaricia,
Momentos aprazíveis de encanto e sedução,
Como és linda desnuda em visual que Irradia
Desejos voluptuosos que excitam sob visão!

Tens cabelos sedosos e uma tez tão macia,
Que faz teu rosto brilhar em plena escuridão,
Monumento feminino que ao homem extasia,
Convite ao prazer, na mais rica imaginação.

Quero-te mulher na minha recâmara vazia,
Retrincando ao teu ouvido a minha emoção,
És a labuta pervicaz para minh’alma vadia,

Átimo talhado de um amor em sofreguidão.
Trilhavas por sendas, mas nunca conseguia
Ver-te ao meu lado, junto ao meu coração.

Rivadávia Leite
 
PERTINAZ DESEJO

ALVORECER DA PASSARADA

 
É o cair da tarde! A noite começa a surgir,
As aves em bando, seus ninhos vão ocupar;
Em cantos méleos, um musical a espargir,
Sinfonia dos plumejados em lindo chilrear.

É noite, está tudo calmo, só a coruja a piar,
Nédios raios lunares clareavam a escuridão.
Volta o sol, já manhã, a passarada a gorjear,
Todos tomavam rumo, indo em toda direção,

Em busca do alimento, seu rebento alimentar,
Este é o diurnal das matas, fato de admiração,
Multímodos cantos que se faziam orquestrar,

Em gaia ternura, numa grande aclamação,
Tudo recomeçava no mais abundante alvorar;
Cenário ornitológico, Natureza em recreação.
 
ALVORECER DA PASSARADA

A FLOR DA LARANJEIRA

 
A FLOR DA LARANJEIRA

Laranjais floridos, fonte de rica inspiração,
Trescalos de eflúvios, espetáculo colossal,
Cores alvas, quais crianças em comunhão,
Flor da laranjeira, a mais olorosa do floral

Adorno dos anjos, festival de uma criação,
Paisagem redolente, uma sinfonia divinal
Meus florais amores... a minha adimiração,
A arte de cultivar flores não foi ato casual

Sublime é tua corola, princesa da perfeição,
Sem o acanáceo, tens a leveza do magistral,
Das tantas pétalas caídas, és tu veneração;

Os teus rebentos são de progênie natural.
Frutos teus que dão saporífera degustação,
Bendita seja a árvore da flor do laranjal!

Rivadávia Leite
 
A FLOR DA LARANJEIRA

AMBICIOSA PRETENSÃO

 
Cadafalso do meu talante por harto obstinado,
Anatemático sestro que me fêz de ti enamorar,
Por que de mim queres tornar um malfadado,
Se podes com teu amor a conquista me levar?

És para mim referência do sentimento convicto
Que me despertou anelo em te querer procurar,
Fazes da tua refusão o quasimodal veredicto,
O tempo, sabiamente, teu destino pode mudar.

Em teus vôos idílicos não quero ser o preterido
Desta tua vida, veladamente, quero participar,
Teu grande amor ainda não foi conseguido,

Desta veleidade, sei que não me vais alijar!
Sou teu virtual amante, porém nunca consigo,
Dizer, mesmo em chanto: eu quero te amar!
 
AMBICIOSA PRETENSÃO

AQUARELA DE UM SONHO

 
AQUARELA DE UM SONHO

Aquarela de mulher excêntrica e vaidosa,
Como é estranho este teu lângüido pensar!
Esta cisma persistente e assaz desastrosa,
No meu caminho, jamais deixarei passar!

Satírica maneira que te faz tão escabrosa,
Vendavais rumorosos arranjas por gostar,
Sou teu alvo certeiro, ó arqueira ardilosa!
Por que tanto me queres a vida desgraçar?!

Não és ninfa de desejo, mas... fastidiosa,
Ser monturo, desejando a todos enganar;
Tu és frívola e tens a honraria desditosa,
Amor em verbo ainda não sabes conjugar.

Ausentas-te do delírio em ser carinhosa,
Que tanto te preocupas em querer mostrar,
Tens n’alma a drofa de mulher inditosa,
Ignota e doidivanas és, no sentido de amar.

Centúria de mulheres lindas e formosas,
Tem no escaparate do mundo a sobrar,
Teu amor que dás são chagas dolorosas,
Por isto não quero e nem posso aceitar.

Fiteiro de princesa não te faz div’airosa,
Nesta vida soturna nada tens a acrescentar,
Lembras-te que nunca foste a espirituosa,
Tampouco virtude a ti não foi dado portar.

Amas com palavras, colcheta astrosa!
Esposas o mal, querendo a mim ceifar.
Meu lirismo d’alma ingênua e afetuosa,
Canta versos de amor para a vida rimar.

AQUARELA DE UM SONHO

Aquarela de mulher excêntrica e vaidosa,
Como é estranho este teu lângüido pensar!
Esta cisma persistente e assaz desastrosa,
No meu caminho, jamais deixarei passar!

Satírica maneira que te faz tão escabrosa,
Vendavais rumorosos arranjas por gostar,
Sou teu alvo certeiro, ó arqueira ardilosa!
Por que tanto me queres a vida desgraçar?!

Não és ninfa de desejo, mas... fastidiosa,
Ser monturo, desejando a todos enganar;
Tu és frívola e tens a honraria desditosa,
Amor em verbo ainda não sabes conjugar.

Ausentas-te do delírio em ser carinhosa,
Que tanto te preocupas em querer mostrar,
Tens n’alma a drofa de mulher inditosa,
Ignota e doidivanas és, no sentido de amar.

Centúria de mulheres lindas e formosas,
Tem no escaparate do mundo a sobrar,
Teu amor que dás são chagas dolorosas,
Por isto não quero e nem posso aceitar.

Fiteiro de princesa não te faz div’airosa,
Nesta vida soturna nada tens a acrescentar,
Lembras-te que nunca foste a espirituosa,
Tampouco virtude a ti não foi dado portar.

Amas com palavras, colcheta astrosa!
Esposas o mal, querendo a mim ceifar.
Meu lirismo d’alma ingênua e afetuosa,
Canta versos de amor para a vida rimar.
 
AQUARELA DE UM SONHO

CÂNTICO DA SAUDADE

 
À memória do meu pai.
Ah! Meu pai! Quantas saudades deixaste!
A tristeza ocupou espaço em meu coração,
Foste amigo, companheiro, por que partiste?
Ausência pérfida que sufoca, pura emoção!

Lembro-me pai, quando à mesa sentavas,
Momentos inusitados de vera descontração,
Nos teus projetos de vida sempre falavas,
Ah! Destino cruel! Vis punhais da traição!

Hoje, quando no quarto te vejo em retrato,
Sinto n'alma a visita da merencória solidão,
Felicidade fêz de mim o inoportuno distrato,
Deixando-me queixumes por esta escuridão.

Patrono geneanológico da minha existência,
Arquétipo de vida neste orbe em perfeição,
Declinavas o amor com sutil eloqüência,
Ao filho primogênito com régia adoração.

Calaste a voz, mas de tua morada te oiço,
A cada momento, em luzente recordação,
Nas tuas dores edifiquei o meu arcaboiço,
Quando te encontro no recitar da oração.

Um dia pai, no éter, eu vou-te encontrar,
Sob o auspício da realengo reencarnação,
Nossas almas, eternamente, hão de viajar,
No divino seio do grande profeta Abraão.

À memória do meu pai.
Ah! Meu pai! Quantas saudades deixaste!
A tristeza ocupou espaço em meu coração,
Foste amigo, companheiro, por que partiste?
Ausência pérfida que sufoca, pura emoção!

Lembro-me pai, quando à mesa sentavas,
Momentos inusitados de vera descontração,
Nos teus projetos de vida sempre falavas,
Ah! Destino cruel! Vis punhais da traição!

Hoje, quando no quarto te vejo em retrato,
Sinto n'alma a visita da merencória solidão,
Felicidade fêz de mim o inoportuno distrato,
Deixando-me queixumes por esta escuridão.

Patrono geneanológico da minha existência,
Arquétipo de vida neste orbe em perfeição,
Declinavas o amor com sutil eloqüência,
Ao filho primogênito com régia adoração.

Calaste a voz, mas de tua morada te oiço,
A cada momento, em luzente recordação,
Nas tuas dores edifiquei o meu arcaboiço,
Quando te encontro no recitar da oração.

Um dia pai, no éter, eu vou-te encontrar,
Sob o auspício da realengo reencarnação,
Nossas almas, eternamente, hão de viajar,
No divino seio do grande profeta Abraão.
 
CÂNTICO DA SAUDADE

TRISTEZA DE UM PALHAÇO

 
Em um picadeiro da vida... um circo.
O mais galhardo palhaço chanfalhão,
Vivia de um mísero e irrisório badico,
Que ganhava em cada apresentação.

Ovação da platéia... a mais vibrante!
Para o artista a homenagem prestar;
Musicais letíficos da banda tocante,
E o espetáculo, jamais podia parar!

Ator da alegria em cábula escondia:
Mágoas, dores... tudo em encenação;
Sorriso, era que o espectador queria,

Na face burlava com exímia perfeição,
O pano baixava, sua expressão sumia
Com a tristeza que invadia seu coração.

Rivadávia Leite
 
TRISTEZA DE UM PALHAÇO

DEUSA DE UM POETA

 
DEUSA DE UM POETA

Enternecedor olhar que esta deusa contempla,
Fascínio ao homem é a arte de sua proposição;
Encômios de ledice que a Natureza a sustenta,
Para o calete másculo se encantar na admiração.

Lábios delicados que a induz tornar-se sedenta,
Por mimos suaves que pede seu meigo coração;
Detalhes femininos fazem dela uma vestimenta,
Para o mundo ornar com sua beleza e sedução.

Seu rosto esculturado no perfeito, fá-la divinal,
Refulgindo poesias do trovador em declamação;
Estância da pulcritude consagra o elo magistral,
De uma fantástica diva que se vê em aclamação.

Seus cabelos cintilantes com estilo e arte teatral,
Tópico de uma magia que encanta em amplidão;
Sustentáculo de um monumento assaz angelical,
Senhora dos meus sonhos e de toda a inspiração.

Rivadávia Leite
 
DEUSA DE UM POETA

CENÁRIO DE UMA MULHER

 
CENÁRIO DE UMA MULHER

Elegíacos lácrimais incontidos em teu peito,
São orvalhos em gotas neste rosto a deitar;
Esse romance acerbo há muito foi desfeito,
Outro, tua inaudita beleza há de conquistar.

Vicejas este sorriso, festejando o dito feito,
Para uma nova vida em festival inaugurar;
Encômios exultantes fizeram de ti conceito,
De menina-flor com a sua beleza a fulgurar.

Encantos somáticos fazem de ti a vitoriosa,
O pretérito são átimos que já podes olvidar,
Hoje, é só felicidade. Proclama-te, ó gloriosa!
Exuberante mulher que quer-se apaixonar!

Tudo em ti é alegria com virtudes de airosa,
O céu te fêz deusa para o mundo admirar.

Rivadávia Leite
 
CENÁRIO DE UMA MULHER

ALMA ILUMINADA

 
Alma iluminada que me conduz à veleidade,
Lapidar deusa que estua meu grácil coração,
Fascina-me com esta sua lírica graciosidade,
Santuário da beleza, arquétipo da perfeição.

Meiga voz, quando fala o faz em suavidade,
Neste jeito de menina... a minha admiração,
Faz do belo a sua residência na eternidade
E do nosso amor a mais alta condecoração.

Encanto somático cinzelado na simplicidade,
Quis a Natureza lhe oferendar com precisão,
Elo dos deuses sem nunca atingir a vaidade,

Quando a vejo... sentimentos em procissão.
Horizonte da formosura, vista da santidade,
Esta é minh’amada, fruto da minha paixão!
 
ALMA ILUMINADA

AQUARELA DE UM SONHO


Aquarela de mulher excêntrica e vaidosa,
Como é estranho este teu lângüido pensar!
Esta cisma persistente e assaz desastrosa,
No meu caminho, jamais deixarei passar!

Satírica maneira que te faz tão escabrosa,
Vendavais...