Poemas, frases e mensagens de zzipperr

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de zzipperr

Um sonhador que se perdeu no sonho...

A menina que gostava de dançar

 
A menina que gostava de dançar

Dizem que a lua ensinou a sua filha a dançar pulando de estrela em estrela! A grande lua cheia e orgulhosa de tanto brilho levava a princesinha pulando pelas estrelinhas, às vezes ela corria e riscava o céu com seu brilho, todos pensavam que era uma estrela cadente, mas na verdade era a princesinha correndo feliz pelo lindo jardim de estrelas.

Olhei o céu e um sonho me pegou como uma pedra e jogou para longe, vocês podem não acreditar, mas eu caí do outro lado da vida, isso mesmo! Fiquem sabendo que a vida tem dois lados, o real e o lado dos sonhos.

As histórias nos ensinam muitas coisas e eu vou contar a história da menina que gostava muito de dançar.

Marilva era uma princesinha muito certinha! Quero dizer! Certinha mas bem acesa, ela era cheia de energia e gostava muito de brincar. Também, qual a criança que não gosta de brincar!

A avó da Marilva era como a Lua, tanto que a Lua amava a sua estrelinha e a avó da Marilva amava a sua princesinha, assim um dia fez uma linda boneca de pano para ela brincar.

Tente imaginar a princesinha Marilva dando banho na bonequinha de pano! Ela lavou a bonequinha com muito carinho e depois colocou no telhado para secar. O tempo passou e ela nem percebeu, quando foi pegar a bonequinha já estava estragada. A imaginação é uma coisa mágica, pois a princesinha pensou! Pensou! Pegou um tijolo, colocou roupinha e continuou a brincar, mas um dia essa bonequinha feita de tijolo caiu no chão e quebrou em vários pedaços.

A princesinha Marilva gostava muito de brincar pulando corda e foi assim que aprendeu a dançar. Ela pulava e dançava assim: Um! Dois! Três! Quatro! Pulando e dançando! Dançando e pulando! Tanto pulou que aprendeu a dançar.

Quando ela estava batendo corda para as outras crianças pularem, puxava só para vê-las caírem e dava risadas.

Tem coisas na vida que não dá para entender, parece que os adultos não conseguem entender as crianças! A mãe mandava Marilva ir à missa, mas ela não entendia nada e achava que a igreja era coisa para adultos. Se a mãe mandava ela se confessar, logo pensava: confessar para o padre! Mas ele é homem! Nem adiantava se confessar, confessava na sexta e no domingo tinha pecado até a cabeça. A mãe queria que ela fosse freira! O padre olhou bem para ela e logo respondeu: Ela não tem vocação!

Sem perceber, Marilva com suas travessuras deixou de ser princesa e passou para o outro lado da vida, para o mundo dos adultos, pois a mãe chegava cansada do trabalho e ia dormir. Marilva aproveitava a oportunidade e saía para dançar.

Ela dançava e era feliz, era feliz dançando.

O tempo vai desenhando a vida das pessoas e olha o desenho que ele fez!

Um dia ela estava cansada e foi dormir, um príncipe veio de longe procura-la para casar! Perguntou por ela na padaria e em todos os lugares. Todos falavam que ela não estava mais naquele lugar. Sem encontrá-la o príncipe foi embora. Naquele exato momento Marilva voltou a ser princesa novamente e ficou esperando ele voltar, mas ele nunca mais voltou.

Ainda bem que Marilva aprendeu a dançar, pois dançando ela é feliz. Às vezes ela sonha e por uns momentos volta a ser a pequena princesinha pulando cordas, mas sempre pulando e dançando, dançando e pulando muito feliz.

Paulo Ribeiro de Alvarenga
Criador de vaga-lumes
Iluminando Pensamentos
 
A menina que gostava de dançar

Ciranda cirandinha

 
Ciranda cirandinha
 
Ciranda cirandinha

Abriram-se os portões da escola e eles entraram correndo para o pátio como sempre faziam. Ele correu e sentou no muro,enquanto ela veio correndo e colocou a sua mochila ao lado dele para que ele cuidasse dela, depois correu ao encontro das meninas para dançar e ele como sempre ficou olhando ela dançando o tempo todo.

Ciranda era pequenininha, a menor da sala, da escola e da roda dançando. Ele também era o menor da sala e da escola, mas já apreciava o seu talento de dançar entre as garotas.

Ciranda fazia questão de se aproximar do Gato para ficar pertinho dele, mesmo que fosse para escutar ele criticando o seu jeito de dançar.

- Ciranda! Você precisa aprender a dançar.

- Você está com dor de cotovelo Gato, porque você não sabe dançar.

- Eu danço melhor do que você, mas não quero dançar.

- Duvido! Isso eu quero ver. Vai dança!

- Quando eu quiser. Eu danço.

Ciranda correu para o meio das meninas e foi dançar, sempre prestando atenção, se o Gato estava olhando para ela. Se ele estivesse olhando, ela abusava da habilidade de dançarina.

O tempo passou e Ciranda cresceu, já era a maior da roda. Ela dançava brincando e brincava dançando. O tempo passando e a menininha crescendo e girando entre as amigas na ciranda da escola. Agora é a maior da roda e dança feliz girando com os braços abertos, enquanto os olhos do Gato a acompanham no giro, encantados com os movimentos do seu corpo dançando no sol, na chuva, na rua e hoje continuam felizes a vendo dançar na memória.

O Gato cresceu e continuou sentado no muro cuidando da mochila da ciranda, que se tornou uma garota linda e dançava para ele, que nunca tirava os olhos dela. Ciranda chegava na frente do Gato e ficava dançando para ele, que falava:

- Você não sabe dançar!

- Sabe Gato! Você é um bobo. Não percebe que eu danço a vida inteira para você. Ela virou e saiu dançando para ele reparar na sua beleza atraente. Foi dançando e levando o tempo com ela na ciranda da vida, que um dia os separou, definindo caminhos e realidades diferentes para eles, mas Ciranda nunca saia da cabeça do Gato, que agora sofre sentindo a falta dela, linda e dançando para ele.

Muitos anos depois o Gato voltou à mesma escola, sentou em seu muro e olhou o pátio transportado no tempo, vendo a menininha dançando como uma bailarina, numa dança perfeita e sincronizada. Sabia que era impossível, mas sentiu uma vontade louca de levantar daquele muro e dançar com ela.

No mesmo instante, muito distante daquele lugar Ciranda lembrou-se do seu mundo de criança, dançando e girando com os braços abertos. Navegou no tempo da memória até aqueles momentos especiais que estão gravados num espaço do inconsciente, porém consciente de que foi uma infância feliz. O tempo passou e ela depois de tantos anos continua dançando no seu mundo de criança.

Ciranda parou por uns momentos e sentiu uma sincronia, parecia estar no meio do pátio e via o gato sentado no muro esperando para vê-la dançar. Pensou:

Tantos anos passaram e ela nunca namorou ninguém esperando pelo amor do gato, por outro lado, ela também nunca viu o gato com uma namorada, ele estava sempre com os olhos direcionados para ela.

Percebendo a atenção dele, num mundo distante, ela começou a dançar para ele e quando terminou. O gato deu um sorriso de felicidade, olhou do lado para certificar que a mochila dela estava lá. Não encontrou e naquele momento teve a certeza que nunca mais a veria dançar. Gato levantou e saiu da escola feliz como um garotinho, que acabou de ver a sua menininha dançar ciranda cirandinha para ele pela última vez.

Gato saiu da escola levando sua grande dançarina na lembrança e no coração.

Paulo Ribeiro de Alvarenga
Criador de vaga-lumes
 
Ciranda cirandinha

O verdadeiro alimento do poeta

 
O poeta tem um apetite voraz pelas palavras, se alimenta delas e precisa delas para sobreviver.

Paulo Ribeiro de Alvarenga
Criador de vaga-lumes
Iluminando pensamentos
 
O verdadeiro alimento do poeta

O voo da poesia

 
O voo da poesia é semelhante ao voar de uma borboleta, pois dependendo do olhar pode refletir cores diferentes.
 
O voo da poesia

A mágica da história

 
A mágica da história
 
A mágica da história

E agora! O que será da história, se ela não encontra ninguém para contá-la?

O banco onde o contador de histórias permanecia sentado está vazio e mesmo sentindo a falta dele, as pessoas continuam se aglomerando na esperança de escutar um bom conto.

O vazio daquele banco silencioso feito de madeiras velhas aguça o despertar da curiosidade dos espectadores, que já estão acostumados a viajar na imaginação do mestre das aventuras.

Toda aquela expectativa causada naquele local parecia fluir um resultado inesperado, só não conseguimos entender se era uma estratégia do hábil contador ou da própria história, que vagarosamente circula dentro de cada cabeça numa criação imaginária diversa.

O próprio banco vazio passa a ser um narrador invisível. Imaginemos que a alma do contador permanece sentada ali e sem uma palavra consegue produzir um leque de imaginações criativas, algumas produzem risos, porém outras chegam a arrepiar.

A própria história vaga pelos olhares focados naquele banco vazio e não entende. São tantas opiniões criativas diferentes, que ela chega à conclusão de que ali todos tinham uma boa história para contar. E que faltava apenas um pequeno impulso encorajador para toda essa magia aflorar.

Um mendigo totalmente abandonado pela vida sentou-se ao banco e falou:

- A partir desse momento, esse será o banco das histórias, onde qualquer um poderá se sentar e tranquilamente contar a sua história, seja ela verídica ou não.

Logo ao sentar no banco, o mendigo foi reconhecido pela história, que aliviada reconheceu o bom contador. Ele não só queria contar, como também queria ouvir bons contos, que as pessoas guardam e não contam para ninguém.

A história se entregou àquele mendigo, que confortado com a sua presença mostrou a quem o escutava o quanto a vida é bela, que a felicidade da vida está no amor pelas pequenas coisas, onde a felicidade parece ser costurada por pequeninos detalhes capazes de construir uma vida equilibrada e agradável. Terminou dizendo:

- Eu amo a vida e sou uma pessoa feliz.

O homem se levantou do banco que logo foi ocupado por outra pessoa com outra história. Nunca mais aquele banco ficou vazio, já que todos nós somos contadores de histórias. Basta apenas começar a contar.

- Sente e conte a sua!

Paulo Ribeiro de Alvarenga
Criador de vaga-lumes
Para iluminar pensamentos
 
A mágica da história

Momento mágico

 
Momento mágico
 
Momento mágico

No palco da vida atuamos em nossos papéis diários, num texto cotidiano onde tudo muda a todo o momento. No texto que a vida escreve com a habilidade de um mestre, nos reserva surpresas boas e más, porém um dia Deus reservou uma inesquecível para mim e para a Abelhinha.

A arte é mágica e nós somos dois palhaços atuando com amor, assim a nossa força do amor atraiu um momento mágico, reservando as pessoas certas para nosso espetáculo.

A Abelhinha chegou voando com um convite na mão, pedindo que fizéssemos uma festa surpresa para umas crianças no dia das crianças. Como somos palhaços aceitamos imediatamente, porém pediam que fôssemos vestidos de palhaços.

No dia do espetáculo eu vesti de palhaço e a Abelhinha vestiu de palhacinha com uma maquiagem maravilhosa, pois não sabíamos quem eram as crianças e fomos de coração aberto para o palco que aquele dia a vida nos reservou.

Nossas mochilas estavam carregadas com pirulitos e os bonecos para divertir as crianças e ensiná-las a viajar no mundo da magia com o carinho e a habilidade que a arte proporciona.

Colocamos tudo dentro do carro e seguimos para o local definido apenas com o endereço. Não sabíamos mais nada, éramos dois palhaços lançados à sorte no palco da vida pela arte.

Chegando ao lugar indicado tremi, pois era uma casa beneficente de crianças especiais. Um desafio para grandes atores, o momento de mostrar que sabemos atuar e para isso tivemos que entrar no mundo deles, sair do nosso mundo materialista, individualista e mergulhar no amor, no carinho e na atenção de crianças brilhantes.

Olhei para a Abelhinha, aquela linda palhacinha, toquei com a minha mão em seu rosto, demos um beijo de palhaços e eu falei:

- A hora é essa! O show vai começar:

Facilitamos o máximo possível para que as crianças participassem do espetáculo e começamos a pintar o rosto delas. Os meninos com bolinhas coloridas e as meninas com flores brilhantes e lindas. Cada rosto maquiado saia daquele mundo e voava na arte, transformando- se em verdadeiros artistas, porém um garoto deficiente visual se aproximou da abelhinha e falou:

- Eu quero ser palhaço também.

- Então você será um lindo palhacinho. Ela fez uma maquiagem maravilhosa nele e eu sentia que alguma coisa especial estava para acontecer.

A Abelhinha os ensinava a fazer arte com bexigas, fazendo cachorrinhos, capacetes, corações e pássaros. Elas chegavam a gritar de felicidade enchendo as bexigas coloridas. Quase chorei vendo a atenção e o amor deles pelos que não tinham possibilidades de chegar até as bexigas. Eles compartilhavam a alegria e a felicidade, levando bexigas para os outros e chegou a hora da história com os bonecos.

Eles participaram ajudando a montar o palco e depois de tudo montado, um deles veio até mim e falou:

- Palhaço! Deixa-me ser um boneco?

Olhei e vi que ele era um deficiente visual e não enxergava nada.

- Deixo! Mas vou te ensinar. Preste atenção!

- Segura essa madeira. Você vai manusear o boneco na história, segura com a mão esquerda no canto do palco para você controlar a distância. Você vai ser o personagem principal e se eu falar: O menino está saindo da casa, você volta com ele para o palco. Certo?

- Certo!

A Abelhinha participava de cada movimento do garoto, desde a preparação até no ato da cena falando para ele assim:

- Quando o palhaço começar a contar a história, você manuseia o boneco como você imaginar que é a cena.

A história era ouvida com atenção! Pareciam vivê-la! Estar dentro da história e o garoto manuseava a marionete como se fosse ele, como se estivesse enxergando e durante o transcorrer da história, não saiu com o boneco uma vez do palco, parecia viver naquele espaço há anos.

O espetáculo terminou e eles fizeram questão de guardar os bonecos com cuidado e atenção, como se estivessem guardando algo precioso, que invadiu seus corações e suas lembranças para sempre. Após terminarem o garoto deficiente visual me abraçou e falou:

- Palhaço! Como é o nome do boneco da história? Você não falou o nome dele nenhuma vez, apenas falava que ele colecionava folhas.

- Ele não tem nome. Pode ser qualquer um, até você.

- Eu queria que ele tivesse um nome.

- Certo! Então você coloca um nome nele.

- Eu queria que ele tivesse o meu nome.

- Vamos colocar um nome nele. Qual é o seu nome?

- Jesus.

- De hoje em diante, o colecionador de folhas se chamará Jesus.

Agora vamos nos despedir estourando bexigas, que é para dar sorte e a gente voltar aqui mais vezes.

Todos começaram a estourar bexigas numa gritaria de felicidade inexplicável, com seus rostos maquiados, numa cena teatral, sem ensaios e numa atuação perfeita que o espetáculo da vida proporcionou.

Antes de ir embora falei:

- Agora vocês também são atores e podem fazer seus próprios espetáculos, basta deixar a imaginação fluir e a história sairá junto proporcionando o espetáculo perfeito.

- Vamos Abelhinha! Chegou a hora de voar, pois hoje a alma está mais leve e pura, carregada de carinho e amor puro.

O palhacinho se despediu tocando o meu rosto como se estivesse desenhando em um papel, depois tocou o rosto da Abelhinha, sorriu e se despediu.
Saímos daquele lar, deixando os atores atuando no palco e nós éramos apenas telespectadores da vida que acabaram de assistir um grande e excelente espetáculo, levando como bagagem experiência, ensinamentos e lição de vida, provando que a felicidade está além do que imaginamos.

Obrigado arte! Por mais esse momento mágico.

Um beijo de palhaços.

Paulo Ribeiro de Alvarenga
Zip...Zip...Zip...ZzipperR
 
Momento mágico

Aprendendo a manusear um boneco de marionete

 
 
Uma viagem gostosa na arte de atuar

Beijos
 
Aprendendo a manusear um boneco de marionete

o caçador de gafanhotos

 
o caçador de gafanhotos
 
O caçador de gafanhotos

Olhando o meu velho álbum de fotos mergulhei num passado distante levado num êxtase de prazer maravilhoso, onde a vida era muito mais doce e colorida.

Observando os detalhes das fotos, elas parecem paradas, mas não estão, pois transmitem um prazer de viver inexplicável parecendo estar vivas com ação e muito mais, conseguindo ativar a minha imaginação e me puxando para aquele momento vivo na minha memória. Chego a ficar paralisado num transe e incapaz de voltar daquele mergulho tão profundo, tirando a minha noção de espaço no tempo. De volta àquele mundo e vivendo aquele momento novamente eu me questiono: Por que eu era daquele jeito?

Uma coisa na qual eu fico pensando e que realmente prova como o tempo muda a nossa maneira de pensar, pois olhando para trás existe tantas coisas que fiz e hoje não faria, consequentemente tem coisas que faço hoje que jamais teria feito antes.

Pego uma foto e vejo meu pai sorrindo, chego a tê-lo aqui comigo por uns momentos, procuro aproveitar o máximo possível daqueles instantes no seu carinho e retribuir com os meus sentimentos recordando apenas momentos felizes para que ele fique em paz.

Uma foto chamou a minha atenção, nela estou com amigos. Éh! Onde será que eles estão? Fiquei focado na foto olhando um deles, o Cisco, ele estava ali entre nós e ninguém teve a sensibilidade de prever suas tendências naquele momento especial da vida em que estávamos juntos curtindo e brincando.

O tempo soprou e nos levou para longe, por caminhos diferentes que se cruzaram num futuro distante.

Os anos passaram e tudo mudou, eu estava em uma loja de conveniência quando um cara entrou travestido, nem reparei quando ele entrou, mas ele veio até mim e perguntou:

- Oi zip! Você se lembra de mim?

Confesso ter ficado sem palavras, não pelo fato dele ter se tornado um travesti, mas pela surpresa. Como ninguém conseguiu perceber suas tendências femininas? Coisas que só a vida pode explicar. Conversamos por uns momentos e eu nunca mais o vi, mas ele está ali comigo, sorrindo e feliz naquela foto.

Entre tantas fotos tem uma que adoro. Uma lembrança do meu tempo de infância em que estou com um gafanhoto na mão. Uma prova viva de um caçador de gafanhotos que também gostava de capturar cigarras, porém tudo isso mudou, o vento e o tempo sopraram me levando para o futuro e hoje aprecio com prazer os seus cantos de liberdade livres na natureza.

Olhando as fotos, não sei definir o que estou realmente sentindo, não consigo expressar felicidade e nem tristeza, chego a imaginar que seja o mesmo sentimento do amor, a mesma dor inexplicável, aquela que a gente sente na alma, mas se eu fosse realmente definir-me, acho que estou triste, talvez com uma sensação estranha de perda por não tê-los mais comigo. Chego a pensar que na vida estamos sempre perdendo, pois as pessoas têm que seguir seus próprios caminhos e nós não fazemos mais parte do caminho deles.

Chega de olhar as fotos, eu as amo e adoro a viagem que elas me proporcionam, mas agora vou olhar no espelho, ver a realidade e continuar vivendo as emoções atuais tão gostosas quanto às vividas no passado.

Paulo
ZzipperR
 
o caçador de gafanhotos

Entrando no amor

 
Entrando no amor
 
Entrando no amor

Passamos a vida olhando o mundo girando e girando, tudo sempre igual, levanta, trabalha e dorme. É olhar e ver como as pessoas estão vazias, sempre a mesma coisa. Onde estará o amor? Continuamos caminhando entre as pessoas e não vemos nada, tanto que hoje as pessoas estão muito materialistas e individualistas, assim, esquecem que existe o amor e não amam mais.

Sonhar! Como é bom sonhar e ninguém sonha mais. Por que é tão difícil achar alguém que sonha, voa, corre e pula de sua montanha materialista para um precipício de sonhos e desejos, mergulhando e entrando no amor, aquele amor que pega a alma, judia e nos faz querer mais.

Estou andando no mundo real, no meio de tantas pessoas, mas sinto-as tão vazias, um vazio que me deixa desesperado, numa necessidade inexplicável de sonhar e entrar no mundo do sonho para conferir se o amor ainda está lá. Paro e vejo todos pararem olhando para mim. Não quero mais caminhar com eles! Olho e vejo um sonho, eles não acreditam no que eu vou fazer, já que perderam o verdadeiro sentido do amor. Sem hesitar saio correndo e mergulho em outro mundo, entrando no amor, pulo no seu peito como um raio, o choque é violento, tão violento que você senta para suportar a emoção.

Permaneço quietinho no seu peito, apenas sentindo o seu coração bater, mas tenho uma dúvida. Não sei se você sabe amar? Amar! Amar! Como é bom sonhar. Como amar sem sonhar, desejar, se doar! Será que eu sei amar? Não sei, mas sei sonhar.

Agora eu carrego uma dúvida que sou incapaz de resolver: Eu sou um amante ou um sonhador? Amo ou sonho? Não quero resolver essa dúvida, pois quando sonho, estou amando. Eu amo sonhando, mergulhando e entrando no amor.

Hei acorda! Você não está sonhando mais, volta para o mundo real e deixe o sonho para quem não sabe viver na realidade sem sonhar. Sou um sonhador que vive voando num mundo imaginário, onde tudo é possível e é lá que mora o amor. Eu sei que ele está lá, pois pego ele nas mãos e coloco em tudo que faço.

Adeus mundo real, agora eu vou mergulhar num sonho e entrar no mundo do amor. Não chora mundo real! Eu sou um sonhador e preciso sonhar.

Paulo Ribeiro de Alvarenga
Criador de vaga-lumes
 
Entrando no amor

Reflexos de um palhaço

 
Reflexos de um palhaço
 
Reflexos de um palhaço

Incrível como nós não damos importância para os pequenos detalhes da vida e vivendo num olhar próximo quase vendado conseguimos ver apenas o que está distante, tomados por essa quase cegueira nem percebemos quando as pessoas estão se aproximando ou se afastando de nós. Até mesmo nosso próprio reflexo passa a ser um estranho invisível e imperceptível.

Um palhacinho olhou num espelho e pensou:

Porque será que eu tenho esse reflexo de palhaço?

Essa cara pintada!

Essa boca grande!

Esse nariz vermelho!

Esse olhar inocente e curioso!

Essa roupa enfeitada e esse cabelo colorido!

Olhou e sorriu dizendo:

- Talvez eu seja o reflexo da alegria e da felicidade!

Olhou profundamente para o reflexo do espelho e falou:

- Vem brincar comigo!

O reflexo ficou confuso com aquela atitude estranha do palhaço o chamando para brincar. Como saber quando um palhaço esta falando sério ou apenas brincando? Logo respondeu:

- Vamos brincar do que?

- Brincar de adivinhar pensamentos.

- Eu só vou brincar, se você prometer que não vai brigar comigo.

- Eu prometo! Mas agora tente adivinhar no que eu estou pensando.

O reflexo saiu do espelho, olhou para o palhacinho como se estivesse olhando para si mesmo e logo eles começaram a brincar. Com a voz bem leve o reflexo falou:

- O pensamento é leve como o vento e com um pequeno sopro da imaginação é levado para longe, corre ligeiro como um raio e tem o dom de fazer os olhos brilharem como pequenas estrelinhas num céu de dúvidas. Você está pensando em brincar como qualquer criança, por isso que me chamou para brincar com você.

A precipitação do reflexo na resposta foi o condutor ideal para levá-lo ao erro. Mas como poderia o reflexo errar o pensamento do seu próprio personagem?

- Você errou! Vem comigo.

Se o reflexo prestasse ao menos um pouquinho de atenção naquele local, saberia que se tratava de um camarim, onde o real perde os sentidos e a arte dá suas primeiras pinceladas de transformação na criação.

O palhacinho atravessou uma cortina escura levando junto seu reflexo e entrou num palco rodeado de espelhos com uma grande plateia à sua espera.
O reflexo nunca tinha visto tanto espaço para brincar, assim imitava todas as ações do palhacinho que atuava olhando para ele e tentando diverti-lo.

Cada espelho possuía um formato totalmente diferente, dando um contorno totalmente diferenciado a cada reflexo, que parecia estar presente naquele palco causando um confronto inevitável de personalidades diferentes.
O palhacinho fazia caretas e cada espelho refletia a imagem à sua própria maneira. Aquela divergência extrema de figuras estranhas fazia com que o publico caísse em gargalhadas. Tantos gestos e uma variação enorme de brincadeiras se multiplicavam naturalmente sem uma pequena pausa.

Foi nesse momento que o verdadeiro reflexo do amigo se sentiu traído e resolveu se retirar do palco. Ficou nítida a reação do público vendo um reflexo deixar o espelho e partir em retirada. A cada espelho que o reflexo passava as imagens se misturavam, até atravessar novamente a cortina rumo ao camarim e voltar ao seu verdadeiro lugar de origem.

O palhacinho se espantou e foram tantas figuras de espanto que o público se assustou. A cena foi espontânea e rápida, pois o palhacinho também saiu correndo do palco, atravessou a cortina e as figuras dos espelhos perderam a vida, também perderam seus reflexos e aquelas personalidades diferentes pararam de existir.

Ele atravessou a cortina totalmente desequilibrado e feroz atrás do seu próprio reflexo. Cego em seu raciocínio e frente a frente ao espelho do camarim passou a discutir com seu próprio reflexo. Nenhuma resposta foi refletida pelo espelho, era como se ele estivesse discutindo sozinho e aquela solidão parecia um abraço fatal do abandono.

O palhacinho olhou para o teto do camarim, onde tinha um grande espelho sem imagem e perguntou:

- Você esta escondido aí?

- Sim! Mas não brigue comigo. Você prometeu!

- Então aparece que eu preciso ver você novamente.

O palhacinho se aproximou do grande espelho que havia no teto do camarim e novamente viu seu reflexo, mas agora muito mais atento aos detalhes, que valorizavam o formato do seu pequeno rosto pintado e logo perguntou:

- Por que você me abandonou no palco?

- É que naquele momento você parecia ser outra pessoa, seus gestos faziam com que seus reflexos fossem diferentes e isso me assustou.

- Eu estava apenas atuando no palco e para isso tenho que assumir a figura de outros personagens. O que você viu no palco foram apenas os reflexos da minha arte de atuar e o que você esta vendo agora é o reflexo da minha arte de viver, que não passa de apenas um garoto solitário e carente de um grande amigo por perto. De hoje em diante usarei apenas um espelho no palco, desta maneira atuaremos juntos em cada cena e em cada detalhe.

Nunca mais o palhacinho atuou sozinho, enquanto ele corre no palco, seu amigo corre no espelho. Será apenas seu reflexo atuando no espelho? Acho que não, pois como poderia ser o seu reflexo, se a cor de suas roupas são diferentes. Tem mistérios que acontecem no palco que só os segredos da arte são capazes de explicar.

Paulo Ribeiro de Alvarenga
Criador de vaga-lumes
 
Reflexos de um palhaço

Paulinho e a boneca de pano

 
Paulinho e a boneca de pano
 
Paulinho e a boneca de pano

Fica aqui uma pergunta jogada ao ar:

Existe um momento na vida mais lindo do que a infância?

É fácil responder essa pergunta, basta olhar a felicidade de uma criança com tão pequenas coisas e é dessa beleza inocente com pureza de viver que nasceu a lenda de Paulinho e a boneca de pano, mas primeiro temos que conhecer Paulinho e não se espante, pois ele também é um boneco. Sim! Um boneco feito de madeira velha e que vivia como uma marionete manuseada por um contador de histórias.

Toc...toc...toc...Lá vem Paulinho agarrado em suas cordas! Incrível como ele vem feliz em suas passadas, num caminhar arrastado de quem ainda não aprendeu a andar direito, por isso se apóia nas cordas que às vezes estão esticadas e outras vezes bambas fazendo com que ele perca o equilíbrio.

A vida parece não passar para ele. O tempo! Esse sim não dá tréguas mesmo ele sendo de madeira, mas isso não faz diferença, pois sua cabeça dura não consegue pensar. Seus olhos são incapazes de enxergar. Se falarem à sua volta é indiferente, já que seus ouvidos são de madeira e sem coração não há sentimentos e nem emoção.

Agora que todos conhecem Paulinho, fica fácil entender porque ele é feliz com tão pouco. Aquelas cordas manuseadas são a sua vida, são elas que ditam seu destino, seu caminho e seus movimentos. Depois de tanta felicidade no final da cena as cordas são largadas e sem as mãos do manuseador Paulinho fica imóvel, abandonado, incapaz de movimentos, sem pensar e sem vida.

Ao lado de Paulinho havia uma boneca de pano. Uma daquelas bonecas feita de retalhos cheia de detalhes e mesmo não sendo uma boneca normal, ela não é como ele. Seus movimentos não necessitam de cordas e sim das mãos, pois ela é um lindo fantoche com vestidinho de babados carregando nos cabelos negros uma pequena estrelinha rosa que não brilha. Seus olhos também não enxergam e ela por mais que tente não consegue ouvir. Mesmo sendo linda, sua cabeça de pano é incapaz de pensar e sem coração também desconhece os sentimentos e as emoções.

Eles se conheciam em pequenos momentos, atuando em encontros casuais involuntários, nas cenas em que seus manuseadores lhes davam uma pequena oportunidade de viver dialogando, às vezes até juntinhos, porém nada disso fazia diferença, uma vez que eles não tinham estímulos próprios.

Eles eram tão felizes. Maldito o dia que lhes deram coração!

O coração é onde nascem os sentimentos, que depois são bombeados pelo corpo por meio das artérias causando uma sensação estranha, a qual nos faz arrepiar nos momentos de sentimento e emoção.

Paulinho ganhou um coração que espontaneamente lhe trouxe a emoção de viver, agora a vida tinha cores e as palavras pareciam doces tão saborosos que pareciam insaciáveis. A sua vida encontrou um sentido e ele não queria mais ficar inerte no tempo. Toda aquela felicidade de estar vivo durou muito pouco tempo, pois ele percebera que era um escravo daquelas cordas, elas não o deixavam viver, pois amarravam seus braços e pernas limitando seus movimentos e restringindo seus espaços. Ele não aceitava o que estava acontecendo e sofria, pois havia tanta beleza naquele mundo tão grande e ele estava confinado a sofrer.

Jogado num canto ele parecia não ter vida, porém sua cabeça continuava dura, mas agora pensava e sem entender o que estava acontecendo lamentava:

- Que vida ingrata! Não consigo me mexer, apenas observar e esperar! Paulinho nem imaginava que tudo iria piorar.

A vida segue imparável e incansável fazendo tudo se movimentar à sua volta e foi num desses momentos que ele escutou pela primeira vez o nome da boneca que fez seu corpo arrepiar. Aquele coração que colocaram em seu peito passou a ser dono dos seus pensamentos trazendo uma vontade descontrolada de se aproximar dela, chegar pertinho e matar aquela carência de carinho.

Trancinha era uma boneca linda e em seus movimentos parecia dona de suas vontades. Ela se exibia fazendo poses, abusando nos movimentos dos cabelos e com brilho no olhar, até a estrelinha em seus cabelos também começou a brilhar, porém não demorou muito para ela perceber que também era prisioneira, seus movimentos eram dependentes daquela mão e fora de cena também ficava imóvel.

Os dois jogados sobre a mesa, distantes e apenas trocando olhares incapazes até de piscar, mas condenados a chorar um choro sem lágrimas, mas sentido numa alma aprisionada no momento em que lhe deram corações. Essa angústia, tristeza, ansiedade e incapacidade viraram ódio.

Paulinho decidira não obedecer mais aos movimentos dos cordões. Agora ele agiria de acordo com as suas próprias vontades e se negaria a fazer qualquer movimento do manuseador, a partir desse momento ele faria a sua própria história.

A cena começa e Paulinho desobedece. Ele mantém-se parado e se opondo às vontades das cordas. Como suas forças contrarias não eram suficientes para realizar os seus desejos, ele resolveu ir além: Agarrou se às cordas, subiu pelos cordões até a mão do artista e no momento em que estava subindo no corpo dele, Paulinho conheceu o outro lado da vida, a crueldade humana. Toda aquela rebeldia causou um descontrole e susto do contador de histórias que o lançou longe, jogando-o ao chão e o desmontando em pedaços.

Trancinha observou toda aquela cena trágica, que deixou a sua cabeça de pano confusa, pois presenciara tudo sem entender, para ela aquela cena era parte da história. Então por que destruíram Paulinho! O que ele fizera de tão mal?

Pelas vidraças da janela aberta entrava os raios de sol quente iluminando o boneco aos pedaços. Enquanto Paulinho era aquecido pelo sol seus olhos brilhavam e à medida que os raios partiam deixavam na sombra apenas pedaços de madeira sem vida.

A vida era muito complicada para Paulinho. Agora Trancinha vê apenas seu corpo dependurado, amarrado pelas mãos e pés como um prisioneiro, porém isso não o faz infeliz, já que seu coração não funciona mais e as cordas são a única esperança de um dia voltar a viver, nem que seja apenas um momentinho ao lado dela.

No olhar eles se encontram, no pensamento também, mas na história que foi escrita para eles, aquela em que eles vivem correndo e brincando o final é sempre o mesmo. Separados e distantes.

Paulo Ribeiro de Alvarenga
Criador de vaga-lumes
 
Paulinho e a boneca de pano

O tempo, a ponte e o construtor de pontes

 
O tempo, a ponte e o construtor de pontes.

Às vezes eu fico imaginando o que seria o tempo? O que é o tempo para você? Depois de muito pensar cheguei à conclusão de que o tempo seja apenas uma ponte pela qual caminhamos toda vez que sentimos saudades.

Um dia eu conheci um construtor de pontes chamado Florisvaldo, que me falou assim: Eu nasci em ilhéus e me criei em Itabuna, quando eu era menino, gostava muito de brincar jogando bolinhas de gude, empinando pipas e rodando pião.

Foi nesse exato momento que percebi que estávamos em cima de uma ponte, uma ponte no tempo, por onde corríamos e éramos capazes de observar instantaneamente e penetrar no passado.

Continuamos correndo por aquela longa ponte no tempo, as imagens passando e nelas os amigos também estavam lá. Um deles, o Elias chamou Florisvaldo para pescar e nadar no Rio Salgado, mas não podíamos parar, pois queríamos saber até onde aquela ponte do tempo poderia nos levar.

Repentinamente ele parou, apontou para uma menina que estava brincando sozinha e carinhosamente falou: Aquela é a minha irmã Hilda! Olhei e vi que ela estava brincando com umas bonecas de pano que a mãe fazia com tanto amor. As bonecas eram lindas! A boquinha, os olhinhos, os cabelos, deu até vontade de brincar também, mas tínhamos que continuar, pois aquela ponte no tempo nos levava para bem mais longe.

Olhávamos para o rio e víamos cobras nadando para pegar sapos!

Corremos! Corremos e corremos naquela ponte do tempo e chegamos à Floresta Azul no interior da Bahia. Nem sei que ano era! Só sei que paramos sobre uma ponte feita de pedra e ferro. Perguntei qual era o nome daquela ponte e ninguém soube responder, então eu falei: Eu conheço uma das pessoas que construíram essa ponte e ela deveria se chamar: “A ponte do Florisvaldo”.

Pensei em chamar o Florisvaldo para irmos ao Barro preto, mas quando olhei, ele não estava mais do meu lado, havia fugido para encontrar o pai na roça. Sai para procurar ele e percebi que ali era o final da ponte, pois Florisvaldo era um menino de Quatro ou cinco anos, que voltou e me alertou: Cuidado! No final da ponte tem uma cobra! Meu pai matou uma cobra com rabo de veludo que media uns cinco metros!

Procuramos a cobra no meio da plantação de mandioca, no meio dos pés de abacaxi e de repente encontramos a cobra em uma toca. Realmente era uma cobra muito grande, então resolvemos ir embora e foi nesse exato momento que escutamos um barulho estranho e resolvemos ver o que era: Vocês podem não acreditar, mas havia um homem rolando na trilha dos animais, ele rolava como se fosse um animal. Florisvaldo olhou aquela cena e gritou: Corre que ele vai virar lobisomem!

Voltamos correndo naquela longa ponte do tempo! Nós corríamos e Florisvaldo crescia! Corria! Corria e o tempo passando até que chegamos ao presente e hoje Florisvaldo está com oitenta anos.

Saí da ponte do tempo no meio de uma neblina com garoa fria parecendo são Paulo de 1955! Florisvaldo faz essa mesma viagem todos os dias, pois todos os nordestinos têm saudades da Bahia.

Uma última olhada na ponte do tempo construída por Florisvaldo e o avistei com os filhos, os netos e os bisnetos caminhando em seus pensamentos.

Fui embora pensando: Por mais que o tempo passe! Sempre vai existir uma ponte entre mim e você!

Paulo Ribeiro de Alvarenga
Criador de vaga-lumes
Iluminando pensamentos
 
O tempo, a ponte e o construtor de pontes

Se eu sou feliz! Você é feliz e ele também fica feliz!

 
Se eu sou feliz! Você é feliz e ele também fica feliz!

A história que eu vou contar parece uma mágica, pois é capaz de fazer todos que a ouvirem se transformar em pessoas felizes também.

Não se assustem com o começo da história, pois ela fala de uma menina que morava ao lado de um cemitério.

Vocês não vão acreditar, mas uma vez um túmulo quebrou e o defunto caiu no chão! Com medo todas as pessoas saíram correndo gritando e dizendo que o morto tinha voltado. Não se assustem! Pois isso é apenas uma história que as pessoas contavam!
O quintal da casa em que a menina morava era cheio de passarinhos coloridos, um mais lindo que o outro e todos cantando para ela, que brincava feliz no meio deles. As duas tartarugas olhavam com muito sono o cachorrinho latindo e brincando também. Pode acreditar, até um beija-flor pousou e feliz começou a cantar.

Todas as crianças gostavam de brincar com a menina, que brincava de carrinho de rede puxando eles e se enrolando no chão. Se o dia estava quente! Eles adoravam brincar de guerra de água.

Aquela rua linda tinha um dentista e uma igreja com uma escolinha. Até ela estudou lá.

Pode acreditar que a felicidade mora dentro da gente, é só procurar um pouquinho que a gente encontra ela!

Mesmo sozinha a menina era muito feliz brincando com seus bonequinhos e seu fogãozinho com panelinhas. Também brincava de rádio, onde imitava as pessoas pedindo música e colocando a música para tocar em um pequeno toca disco.

A menininha adorava ir ao circo e ficava encantada com as brincadeiras dos palhaços, com aquele grande elefante caminhando e com os malabaristas voando, mas tinha medo que eles caíssem em cima dela.

Mas onde está a menina feliz!
Olhe! Ela está em baixo da mesa assistindo televisão, pois é assim que ela é feliz.

Paulo Ribeiro de Alvarenga
Criador de Vaga-lumes
Iluminando pensamentos
 
Se eu sou feliz! Você é feliz e ele também fica feliz!

A história da vovó e a poesia do netinho

 
A história da vovó e a poesia do netinho
 
A história da vovó e a poesia do netinho


Num toque sutil feminino a poesia caminha nas palavras como uma menina que conversa com as flores, canta como os pássaros e se camufla semelhante aos insetos. Seus sentimentos são mais profundos, já que é capaz de fazer rir ou chorar em um mesmo encanto e quando essa magia é transmitida para muito além dos olhos, nas palavras a menina poesia brilha.

Feito uma menina trançada em palavras, a linda poesia voltava de seu longo passeio matutino misturando-se à beleza colorida da natureza. Interessante como mesmo a poesia é seduzida e levada a escolher um novo caminho, talvez seja a sede de sentir algo novo, o prazer do diferente no olhar, tocar, sentir ou saborear.

Um corte de caminho por aqui, outro por ali e ela percebe que as ruas vão se tornando cada vez mais desconhecidas, seus pensamentos também vão ficando cada vez mais confusos e aquela sensação de perigo traz arrepio, calafrio e medo tirando o sossego. A sombra das árvores dando espaço a pequenos focos de raios solares iluminam a trilha em que formam a rima da valentia feminina da linda poesia.

O caminho improvisado trouxe um novo tom poético, no qual em ângulos diferentes a poesia chegava a cantar ouvindo sua voz ser sufocada e desaparecer entre as árvores. Mais um passo e ela ouvia sua mensagem vencer a dureza das pedras ecoando com o som da atenção.

A mensagem ecoava das rochas, das montanhas e dos bosques, mas havia um eco muito mais forte. Era o eco de um coração de criança ansiosa pela sua presença, esse ecoar soava tão forte que somente os sentimentos da poesia poderiam consolar.

Eco profundo que trouxe uma nova mensagem e penetrou no coração da pequena poesia com um amor que ela jamais havia sentido, com um jeito incontrolável tão diferente, que conseguiu aguçar sua curiosidade e a forma dela pensar.

Fascinada pela bela vista do lugar a menina poesia caminhava cautelosa e devagar, cada passo soava como uma palavra rimada trazendo mais forte o som do coração e logo uma pequena casa iluminada pelo amor surgiu em meio aos arbustos atraindo sua atenção.

Aquela surpresa deixou a poesia de olhos arregalados e a boca aberta, tanto que parecia ter perdido os sentidos, suas palavras já não encontravam a forma ideal e a atração sugava todo o seu conteúdo.

A poesia se aproximou de um cercado de dúvidas e ultrapassou um portão que estava entreaberto até chegar a uma pequena janela, de onde avistava e escutava a voz de uma criança encantada com o brilho da vovó.

Aquele jeito de olhar curioso da criança enfeitiçada pela magia das histórias da vovó atravessava as barreiras da imaginação de tal forma, que a própria poesia também se julgou capaz de contar sua história, talvez não seja do mesmo jeito, nem da mesma forma, mesmo porque seria uma história com poesia. Muito interessada com o que acontecia lá dentro, com muita cautela, ela encostou os olhos na vidraça e passou a ouvir com uma atenção impressionante:

- Conta mais uma história vovó!

E a voz paciente de uma senhora respondeu:

- Conto! Mas dessa vez você não vai me enrolar. Sempre termina contando as suas histórias ou mudando as minhas. Você é um menino traquina!

Ouvindo isso a poesia sorriu e pensou:

“É um menino!”

Enquanto a poesia pensava ouviu a vovó chamar:

- Então vem Zezinho! Sente aqui pertinho de mim.

Com os olhos arregalados, a poesia parecia se aproximar da vovó, que estava sentada em uma cadeira de balanço e do menino que estava radiante e feliz sentado no chão esperando ouvir mais uma história da vovó.

A história contada com serenidade e sabedoria trazia uma riqueza de detalhes de um tempo muito distante, de quando a vovó ainda era uma pequena menininha, mais ou menos na mesma idade que o Zezinho tem hoje. O conto trazia um segredo da vovó que fez o menino arregalar os pequenos olhinhos castanhos e curiosos.

Ela contava a história e o menino não conseguia esconder a inquietação querendo falar, mas a vovó impedia dizendo: Você prometeu que não iria interromper!

O desenrolar do conto chegou a um ponto em que a vovó fala de um amor de criança. Um daqueles amores que o tempo nos toma e leva embora quando nos tira a infância.

Chegou um momento em que o menino começou a falar com tanta empolgação que a vovó evitou interromper, já que o prazer de ouvi-lo era uma satisfação para ela.

A vovó ficava impressionada com a habilidade do netinho narrando fatos tão distantes para ele, tal era seu ímpeto no conto, que ela via a poesia brilhar em encantos no seu olhar, numa forma traiçoeira para o tempo, que parecia estar sendo enganado. Assim o pequeno menino atravessava as barreiras da idade e infiltrava nos pensamentos nostálgicos da vovó de tal forma que passava a fazer parte da infância distante dela.

O menino navegava na perfeição de detalhes jamais vistos por ele e como um sonhador mergulhado no sonho era sugado por um emaranhado de aventuras, nas quais sua avó se transformara em uma amiga fiel.

O menino olhou para um grande espelho e a poesia finalmente percebeu que a vidraça pela qual assistia toda aquela cena era os olhos do menino e que fazia parte de toda a criação, imaginação, fantasia, harmonia, magia e poesia que o menino transmitia.

Ouvindo com atenção, a velha senhora pegou o netinho no colo e num carinho especial com amor de vovó abraçou o menino balançando lentamente na cadeira de balanço. Envolvida pela poesia profunda algumas vezes ria e outras vezes chegava a chorar, já que ambos foram sugados pela areia movediça do tempo.

No olhar da vovó estava a história de uma vida transformada em experiência, enquanto no olhar do netinho estava estampada a poesia num tom colorido profundo cheio de vida e sonhos.

O netinho pensativo e feliz realizado de prazer apoiou o queixo com a mão e se entregou ao calor afetuoso da vovó apoiando a cabeça em seus seios e se encolhendo como se estivesse procurando o calor do ninho. Quietinho e pensativo ele escutava a vovó falando num tom quase silencioso:

Sua poesia é tão linda meu netinho! Cuida bem dela e nunca a deixe ir embora, pois nela esta nossos sonhos, nossos momentos felizes e até nossos segredos. Podemos dizer que ela é o tempero ideal para viver gostoso.

Quase dormindo o menino olhava para a vovó, seus olhos estavam quase fechados, quando a poesia de dentro dos seus pequenos e sonolentos olhinhos ainda avistou a vovó sorrindo e dizendo:

- Poesia! Nunca abandone o meu netinho. Ele diz que você mora nos sonhos dele e brilha de felicidade com a sua presença.

O netinho dormiu e a poesia não viu mais nada, apenas se lembra de que as paredes eram brancas e as portas azuis.

Paulo Ribeiro de Alvarenga
Criador de vaga-lumes e Isa
 
A história da vovó e a poesia do netinho

O bêbado e a sociedade descartável

 
O bêbado e a sociedade descartável

Os passos descalços de um homem descartado pela sociedade levam segredos de sua origem jamais revelada. De onde ele vem ou para onde ele vai o bom senso da vida se nega a justificar ou ajudá-lo. Olhando esse homem abandonado e entregue à bebida, ainda percebo que ele não se abdicou de seus valores morais de criação.

O desequilíbrio dos valores éticos da sociedade materialista coloca-o em posição descartável, fechando os olhos para sua real função social.

O dia de sol quente queimava os pés do homem bêbado puxando seu carrinho de reciclagem em uma avenida vazia, ao avistar uma garrafa plástica poluindo o espaço visual da cidade, o homem parou seu carrinho para recolhê-la.

No mesmo momento e na mesma avenida seguia tranquilamente um casal em seu veículo de luxo, que não aceitou encontrar aquele carrinho de reciclagem estacionado no canto da avenida disputando o mesmo espaço com eles, então pararam o veículo próximo ao carrinho e buzinaram para que o homem bêbado tirasse o carrinho da avenida.

Sem dar atenção para o casal e com muita dificuldade para caminhar o bêbado recolheu a garrafa plástica ouvindo o homem se manifestar buzinando e reclamando.

O bêbado estava ajeitando a garrafa plástica no carrinho de reciclagem quando o vidro do veículo de luxo foi baixado silenciosamente e uma lata de alumínio foi lançada para fora do carro poluindo a calçada. Vendo grande valor naquela lata o homem saiu cambaleando no efeito da bebida para recolhê-la. Essa atitude do reciclador deixou o motorista do veículo tão furioso que resolveu tirar satisfações com o bêbado.

- O senhor tem que tirar o carrinho da avenida para eu passar com o meu carro. É o meu direito!

O homem bêbado não entendeu nada. Se não havia nenhum veículo na avenida, por que ele não desviava o carro e ia embora.

O motorista do carro era um homem exageradamente gordo e extremamente ignorante. Ele se aproximou do reciclador agressivamente gritando e caminhando com dificuldade.

- Eu mandei você tirar aquele lixo do meio da avenida! Depois empurrou o homem bêbado que caiu na calçada sem esboçar nenhuma defesa.

O bêbado levantou com dificuldade e caminhou cambaleando pelo efeito dominador do álcool escutando palavras ofensivas do cidadão cheio de direitos.

Com dificuldades de equilíbrio nas passadas o bêbado descontrolado se aproximou do carrinho de reciclagem pegando um machado que estava guardado e caminhou para o lado do homem gordo querendo vingança. Ao avistar o homem com o machado na mão o gordo correu com dificuldade enquanto o bêbado corria cambaleando atrás querendo pegá-lo, porém essa perseguição não passou de dez metros, essa foi a distância suficiente para esgotá-los e amenizar a situação.

Um momento aterrorizador, pois o homem bêbado com muita raiva jogava o machado para o alto e ficava em baixo, foram várias vezes lançando o machado para o alto e nenhuma vez ele foi atingido na queda da ferramenta, que se espatifava ao chão soltando faíscas. Essa atitude do bêbado deixou o gordo assustado com tamanha loucura.

Enquanto o bêbado voltava para o carrinho avistou a mulher do carro jogando uma caixa de sanduiches na calçada. Ele recolheu a lata de alumínio e a caixa de sanduiches deixando a calçada limpa, colocou no carrinho de reciclagem e continuou caminhando com o carrinho na avenida.

Essa atitude deixou o gordo furioso. Ele entrou no veículo de luxo e bateu na traseira do carrinho de reciclagem deixando o homem bêbado estirado na avenida e tudo esparramado, depois desviou o carro e foi embora como se nada tivesse acontecido.

Um casal que passava pela avenida em um carro velho parou e socorreu o homem bêbado, que havia machucado apenas o joelho e não aceitou ser levado para um hospital. Eles juntaram tudo e ele seguiu pela avenida puxando seu carrinho com dificuldades para caminhar.

Seguindo pela avenida o bêbado reencontra o mesmo veículo de luxo estacionado na avenida interrompendo sua passagem. Sem encontrar dificuldades ele desvia e continua seu caminho para finalmente descansar em casa.

Eles chegaram a suas casas no mesmo momento. O casal do veículo de luxo em uma casa com cinco banheiros, onde imediatamente foram tomar banho em uma hidromassagem questionando: Como aquele homem bêbado poderia andar tão sujo? Na cozinha da casa os empregados preparavam a mesa para o jantar.

O homem bêbado chegou a sua casa, que era feita de caixas de papelão em baixo de um viaduto. À sua espera estava um cachorro latindo e fazendo festa pela sua chegada. Ele dividiu a comida com o amigo fiel e depois deitou sobre uns panos velhos dormindo profundamente para aliviar o cansaço do dia duro.

A manhã chegou e o bêbado estava morto com seu corpo sendo vigiado pelo amigo fiel e na mansão estava o corpo do homem gordo caído no banheiro de luxo depois de um enfarto fulminante.

Ambos foram descartados pela sociedade sem compaixão e a vida continuou.

Paulo Ribeiro de Alvarenga
Criador de vaga-lumes
Iluminando pensamentos
 
O bêbado e a sociedade descartável

Eu sei que um dia o mundo vai tomar você de mim

 
Eu sei que um dia o mundo vai tomar você de mim

Incrível como penso tanto em você e tudo que eu vejo lembra você. A distância e o tempo parecem jogar contra nós e a favor do destino, que insiste em nos separar, mas a saudade não deixa, ela é a mão do amor, que não deixa o coração em paz, agarrando e o apertando.

Eu sei que um dia o mundo vai tomar você de mim, mas o mundo não vai conseguir tomar você do meu coração, que continuará te amando para sempre.

Nos momentos deliciosos em que você está ao meu lado, bem pertinho de mim, permanece o tempo todo em silêncio, me olhando e falando com palavras silenciosas. Falando com o olhar, às vezes até cheio de lágrimas e eu escuto em silêncio, com atenção, nos detalhes das palavras silenciosas, que saem do seu coração e respondo apenas olhando e atento ao seu olhar, em cada detalhe dos seus olhos.

O coração bate e nas batidas vai rolando o pensamento.

- Você me ama? Eu preciso saber!

ZzipperR
Paulo
 
Eu sei que um dia o mundo vai tomar você de mim

Reflexos de um palhaço

 
 
Contando a história...

Beijos
 
Reflexos de um palhaço

A colina e a neblina

 
A colina e a neblina

Naquela montanha coberta por um verde extremo toda noite a vegetação é regada por uma garoa fina.

O dia surge como uma mágica escondendo a beleza exuberante da montanha em uma densa neblina.

Calmamente a claridade surge detalhando os espaços e traços emergentes escondidos naquela colina.

O sol com seus raios calorosos dissipam a névoa úmida dando energia à vida e aquele monte maravilhoso se ilumina.

As formigas caminham! Os pássaros cantam! O vento sopra movimentando a mata e nela vejo escondidos os olhos castanhos de uma pequena menina.

Entre as árvores ela caminha tranquilamente, tocando nas flores e caminhando descalça por uma trilha serena.

Num vestido branco jogado ao vento ela para sobre uma grande rocha, permanece centrada em um pensamento distante encaracolando os cabelos com o dedo e acena.

Agora fiquei confuso com o texto! Aquela garota camuflada na vegetação molhada estaria me vendo ou seria um jogo de cena?

Num aceno inesperado sou surpreendido pela personagem morena de cabelos longos, cujo nome nos meus segredos se esconde.

A poesia descompassa, perde a rima e eu a surpreendo com uma flor. Uma rosa branca entregue em suas mãos pequenas, parte de um poema.

A menina correu com a rosa na mão, seus cabelos soltos esvoaçaram ao vento e naquele caminho de flores penetrou na neblina forte desaparecendo.

A imaginação nebulosa engana os sentidos do narrador inexperiente no amor, seria uma colina enfeitiçada, mágica, maldita ou o paraíso do amor?
O que aconteceu com o meu texto, pois a menina instantaneamente desapareceu. Eu não a encontro! Será que ela se escondeu?

Abandonada pela menina a colina virou uma montanha de neblina fria e sem amor. Coitado do narrador que passou a vida inteira tentando encontrá-la para amenizar a dor, penetrou na montanha, mas se perdeu, dizem até que de frio morreu.

O texto não tem mais narrador, nem menina, apenas montanha e neblina.

ZzipperR
Paulo
 
A colina e a neblina

A lua, a flor e o amor

 
A lua, a flor e o amor
 
A lua, a flor e o amor

Abandonado no mundo real, concreto e materialista, a essência do amor adquiriu novas formas e valores, enrijecendo as ações do romântico e deixando engessados os seus atos, nos quais a percepção da magia do amor desvalorizada esfriou.

A noite estava fria e o amor observando uma grande flor abandonada, sentou-se ao lado dela para discutir as mudanças nas relações, debate que gerou uma grande dúvida levando o amor a perguntar para a flor:

- Você acha que as mulheres ainda gostam de receber flores? Será que para elas as flores perderam o encanto, a magia e o extrato do sentimento abstrato que somente as flores têm o poder de entregar?

Observando a conversa estava a lua poderosa, brilhante e bela, mas muito curiosa, ela se aproximou dos dois e também participou da conversa por se tratar de um assunto de seu extremo interesse.

O amor olhou para a flor e ela estava chorando de tristeza, reação que fez o amor ficar mais frio, mesmo assim ele abraçou a flor tentando confortá-la e ouvindo a lua perguntar:

- Se para as mulheres as flores perderam seu encanto, o que será de mim? Não farei mais parte do amor? Servirei apenas para as histórias de terror? O brilho lunar ofuscou e a noite sem luz congelou solidificando os corações nos quais o amor não consegue mais infiltrar, transformando o amor em um sentimento artificial.

O amor olhou para a lua e falou:

- Precisamos fazer alguma coisa para que o romantismo não morra! O que aconteceu com o romântico? Será que ele se extinguiu ou se tornou uma raridade? Transformando-se numa figura difícil de ser encontrada e tudo isso aconteceu por que não conseguimos desvendar a grande dúvida originada pela evolução das relações, que deixaram de ser estáveis e se tornaram superficiais:

Será que as mulheres ainda gostam de receber flores? Ou as modernas preferem chocolates que não é preciso sonhar para absorver sua essência, basta colocar na boca e sentir o sabor passageiro.

Como um bom romântico, trouxe flores para você. Pegue e feche os olhos. Sinta o sabor no coração e o perfume do amor entregue pela flor. No calor do amor a lua brilhará com mais intensidade iluminando o seu andar feminino na relação, fazendo o seu coração pulsar cada vez mais forte de felicidade.

Será que isso é possível ou o romantismo realmente tornou-se coisa do passado? Só há uma maneira de resolver essa dúvida e é descobrindo se as mulheres ainda gostam de receber flores.

Paulo Ribeiro de Alvarenga
Criador de vaga-lumes
 
A lua, a flor e o amor

Superpoderes

 
Se analisarmos friamente o ser humano, perceberemos que antes de nascer cada um recebe de Deus um dom, funcionando como os superpoderes de um super-herói.
 
Superpoderes