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( Censura )
As moscas

Pobres tolos julgais vós que me calais
Venham policias de malha apertada
Clandestinamente grito na alvorada
Os versos em sangue pelos arraiais

Negros sois vós sim homens banais, iguais
A moscas que morrem antes de nascer
O poema vivo é força, e há-de vencer
Escutem, não me calarei, mudo jamais

Por entre as grades do limoeiro
Apelo na minha aflição ruidosa
Marquês de Pombal, nobre cavalheiro

Nobres senhores, império de gigantes
Errarei na minha fé, sublime e majestosa
Liberdade no génio, mãe dos simples

Antónia RuivoOpen in new window


Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

Em 1797 Bocage anda na boca do mundo,amado por uns odiado por outros,os tempos são conturbados envolto em polémicas tinha acabado por ser expulso da Nova Arcádia,faltavam oito anos para a revolução francesa e Bocage exalava a liberdade nos seus poemas, muitas vezes pondo em causa a igreja e o cristianismo. Acabou por ser preso e encarcerado na prisão do Limoeiro.Open in new window

 
Autor
Antónia Ruivo
 
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