Poemas, frases e mensagens de imelo10

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de imelo10

GRITOS DO SILÊNCIO

 
Meus gritos são silêncios sepulcrais…

Minha alma é surda; meus órgãos, mudos.
Ainda assim, soam-me tensas gargalhadas

E eu me tapo da audição que fecunda loucos
Devaneios que bailam sobre a inconsciência
Desnuda… Algazarras fremem meu íntimo…

Deserto enxurrado pelas lágrimas que correm
Por veias aquáticas e deságuam na superfície
Dum coração combalido e holocausto agreste,
Sem areia e sem pasto para alimentar sonhos…

Minha alma desterra a utopia das premonições
E se vê envolta em retalhos de longes destinos,
Já carcomidos pelos ensejos ultrajantes da vida.
Não há eco. Tudo é puro silêncio que se conspira
Contra os gritos que amadurecerão as verdades!

DE Ivan de Oliveira Melo
 
GRITOS DO SILÊNCIO

FUTUM

 
Estou assustado, confuso, tenebroso...

Sinto o que se apodera de mim: gangrena!
Percebo em tudo o que faço... o odor.

Fragrância nas palavras e, até, em meus pensamentos,
Razão pela qual os abutres mentais me cercam
E desovam sobre mim uma terapêutica carnificina.

Minha consciência é húmus febril e dantesco,
Tudo apodrece em meu íntimo e é inhaca...
Minhas ideias estão em derredor desse ranço
E é uma caatinga que se faz em mim sertão...

Estou nauseabundo, preso a uma trincheira de dejetos
Que me retêm o olfato inadimplente das rosas...
Noto-me depósito de uma urina ácida e sem cor,
Por isso uma insanidade atrevida comanda meu eu
E me leva a diagnosticar-me estrume da existência!

DE Ivan de Oliveira Melo
 
FUTUM

INSTINTO METAFÍSICO

 
Vejo-me seduzido por pensamentos acrobáticos
Que contracenam amiúde com sonhos malabaristas,
Em vértices perpendiculares sinto-os idealistas
Consumidos pela vertente do consciente alopático.

Meu raciocínio faz piruetas num céu de fantasia
E a inconsciência se vê rachada por uma ideologia tosca,
As estrelas luzem alegorias pálidas no céu da boca
Consorciando-se à memória na confecção da nostalgia.

Percebo-me verdugo de uma imaginação quadrangular
Em que perímetros tímidos se unem para sonhar
Num trapézio onde sutis devaneios são os artistas...

Noto-me exausto... meu campo cefálico pede socorro,
Então encaro a realidade e em minúcias discorro
Sobre o que é aventurar-se no onírico sem ser cientista!
 
INSTINTO METAFÍSICO

TUDO EM TI...

 
Teu nome está inscrito nas asas do vaga-lume,
Pisca-pisca que é convite para um colóquio particular...
Eu e tu... nós dois, singrando o espaço, buscando voar
Sobre o manto da terra: livres, audazes, impunes...

Teu sorriso parece asas de borboleta: beija tímida flor
E o colibri que amamenta as pétalas suga o pólen, demente...
A essas alturas, eu e tu... tu e eu... juntamos docemente
Nossos lábios para divinizar o mel: essência de amor!

Teu corpo é catedral onde preces sensuais são átomos
Que, em sua indivisibilidade, energizam dois bálsamos
Fundidos numa só carne temperada à exaustão das delícias...

Teus olhos são êxtase que inundam meu índigo incolor
Seduzido pelo orvalho que brota sereno do teu ardor
E me regaça entre os lírios cristalinos das carícias!

De: Ivan de Oliveira Melo
 
TUDO EM TI...

Noiva do Silêncio

 
Brilham as primeiras estrelas do anoitecer,
O sol atrás das colinas esconde-se ressabiado,
A lua beija a atmosfera sobre o mar agitado
Ensinando aos namorados as vertentes do prazer.

O arrebol leva ao êxtase o artesão da poesia
Que inspirado tece sua moldura num painel multicor,
No bailado das nuvens mãos ébrias semeiam uma flor
Em cujo olfato resplandece o aroma de sua fantasia.

Com o crepúsculo as aves do dia buscam o aconchego
E bocas anônimas sussurram indeléveis segredos
Que ficam gravados no éter da noite soturna...

Leve brisa acaricia a paisagem nos campos
Enquanto germinam-se sob a luz dos pirilampos
Doces súplicas pelo conforto salutar da multidão oculta!
 
Noiva do Silêncio

INEXORÁVEIS

 
Quando neste trabalho ou passatempo
Feito sob as luzes dum candelabro
Numa noite augusta de tempestade
O sono chega... O devaneio se evapora
Sobre o catre molhado do suor escaldante
E a Lua não brilha na matreira madrugada
Contaminada pelo calor da atmosfera fria.

Tertúlias sobre colchões macios de madrigais
Traz uma sede de amar sem testemunhas
E onde segredos são revelados de soslaio
Deixando avessos os corações sem chaves...

Nutre-se a fome pelos desvelos da consciência
E nas páginas da vida há os tornados silenciosos
Que acariciam os peitos dos amantes embriagados
Pela disfunção orgânica que segrega os arrepios
E abraça uma voluptuosidade anacrônica e amarga
Que o destino confere aos desavisados da noite...
O salário do amor é o orgasmo que tinge os corpos
De vergonha e da libidinagem ortodoxa do leito!

DE Ivan de Oliveira Melo
 
INEXORÁVEIS

MITOLOGIA MODERNA

 
Veneram-se imagens nos pedestais da Terra...

A mitologia não feneceu, segue viva, in natura
Perante as potestades humanas da modernidade.

Deuses e deusas de pedra são adorados por reféns
Que guardam em seus âmagos o platonismo da fé
E a eles se debruçam e entregam suas vidas finitas.

Tais seres são silenciosos em seu mutismo do nada,
Porque do tudo as consciências resgatam o equilíbrio
Psíquico de suas almas... No Olimpo contemporâneo,
As forças da natureza rechaçam o impaludismo falso.

A centelha da verdade é a fé racionalizada do infinito
Donde de obtém o respaldo carismático dos milagres
Que confeccionam da existência atributos palpáveis
E investigados a olho nu... A cegueira domina o átrio!
Divindades iconoclastas: imprudência da razão enferma!

DE Ivan de Oliveira Melo
 
MITOLOGIA MODERNA

Tempero Linfático

 
Conflitos abastecem o mercado da hipocrisia
E a mentira se alastra onde a verdade repousa,
Debaixo do tapete joga-se o lixo com a velha vassoura
Enquanto o mundo apodrece eivado de fantasias.

Ambientes ilusórios camuflam o odor da realidade
Que se acumula diante de um tela que é fachada,
Microorganismos se multiplicam e acessam a porta de entrada
Envenenando o pseudo requinte da sustentabilidade.

Tudo com macrobiótica, em doses homeopáticas,
Assim a vida mergulha numa nebulosidade linfática
Em que a cura é transcendental, quase um sonho...

Sobe-se em ladeiras e segue-se em retas de precipícios,
A queda é livre e muitos se amontoam em hospícios
À espera do inconcebível milagre do viver que fica enfadonho!
 
Tempero Linfático

Você se foi... Tu chegaste!

 
Esperei tanto por ti,
Tantas vezes disse: “te amo”,
Chorei tua ausência, desfiz planos
E ainda hoje zombas de mim...

Meus olhos atônitos ficavam quando te viam
E meu coração disparava alucinado,
Um arrepio era o sinal desesperado
Dos desejos sequiosos de ter-te que me consumiam...

Naveguei pelos braços de uma esperança sem retorno
E me senti só a enxugar-me as lágrimas da madrugada,
Outra vez o sol brilhava anunciando uma alvorada
Que me trazia o desdém de ver-me abandonado de novo...

Durante meses aguardei eclodir tua paixão,
Pois de tua boca escutei que me amavas,
O tempo voou e pela brisa insólita que me enganavas
Destruíste o flúor que fecundava de amor meu coração.

Quantas vezes ansiei por teu abraço...
Quantas vezes sonhei dormir em teu peito...
Agora choro a amargura do devaneio desfeito
E no único beijo não te beijei, beijei o espaço...

A vida é linear e tudo segue em frente,
O mundo gira ao redor de nós e vêm outras etapas,
Na face do passado arquivam-se as velhas capas
Para que no futuro tudo possa vivificar diferente...

Donde menos esperava um novo amor surgiu,
Entregou à paciência o momento certo de vir à tona,
Perspicaz foi se aproximando demarcando zona
E no instante oportuno deu o bote e me seduziu...

Disse o clichê: a pressa é inimiga da perfeição,
Aventurar-se no escuro é perder de vista o objetivo,
Na agonia em que estavas poderia ser vão meu tiro,
Então decidi chegares ao desfecho de tua aflição.

Quando me viu acabrunhado a sofrer pelos cantos,
Teve a certeza de que a solidão me maltratava,
Assim chegou de mansinho, confessou que me amava
E me presenteou com o beijo que ofuscou meus desenganos...

Levou-se à velha casa onde vivera com seus avós
E se pôs a acariciar-me o corpo com ternura,
Desnudou-se e me vi perante uma nudez tão pura
Que de agora em diante sei que jamais estarei só...

Não posso ainda dizer que amo esta criatura profundamente,
Contudo estou consciente de que a felicidade bateu à minha porta,
Entrego-me ao recente sentimento e nada mais importa
A não ser usufruir de uma existência que não me é indiferente...

Sobre uma cama macia permito-me consumar o ardor
Que busquei sem resposta na pessoa errada,
Viajo no êxtase das carícias e não penso mais nada,
Já que desnudos e sem fantasias, saboreamos do amor!
 
Você se foi... Tu chegaste!

Lauda Poética

 
Posso despir as palavras e rasgar suas vestes,
Deixar que o conteúdo semântico cause taquicardia,
Fantasia é universo deveras indispensável à poesia...
Sem ela, quem escreve não é poeta, é herege!

Versejar é criatividade, a imaginação alimenta o texto,
Na tessitura do vocábulo amplia-se o tear linguístico,
A sensibilidade atua como matriz do senso estilístico
Que roga ao campo ideológico ineditismo sem incesto!

Intimidade com a linguagem é recurso que o artista
Deve dar prioridade sem que se torne preciosista,
Pois, os vícios do idioma podem triturar sua obra...

Elegância e concisão... atributos do escrever bem,
Ilusionismos são fragrâncias que a arte não contém
E o contexto necessita do primor que a beleza implora!
 
Lauda Poética

SINTOMAS

 
Abro a janela e contemplo a paisagem,
No aroma do tempo as coisas me afligem,
Sinto no ar o odor duma pérfida fuligem
Que me traz estranha e ascética mensagem.

Como posso averiguar esse ponto de origem
Se tudo é percepção e não existe linguagem?
Estou diante de uma senil e excêntrica viagem
E, meus sentidos, tudo de mim veem e exigem...

Percebo no espaço os astros que, sós, regem
Uma metafísica onde tudo se sabe e elegem
Os relâmpagos e os trovões que me rugem...

Palavras que se perdem sem ética e bagagem
Numa atmosfera que não utiliza a embreagem
Que reduza os intensos efeitos que surgem!

DE Ivan de Oliveira Melo
 
SINTOMAS

Batei, Coração!

 
Batei coração,
Não sejais o vilão que atormenta,
Sede a aurora energética que alimenta
No brilho da luz, uma paixão voraz...

Batei coração,
Não sejais o crepúsculo que acaricia a dor,
Sede o arrebol em que se manifesta o amor
E, no eclipsar das emoções, vida que se faz...

Batei coração, batei forte
E nos ventos vindos de sul e norte
Sede a brisa que fecunda a primavera...

Batei coração, não batais descompassado,
Sede a viço de dois extremos apaixonados
E, na volúpia das afeições, manancial que não dilacera!
 
Batei, Coração!

VÍRUS

 
Do pretérito ao presente o orbe se contagia
Aos poucos, por bactérias e vírus imundo,
Maculando a saúde do povo num submundo
Que é este universo perverso e de alegoria.

Gripe asiática, sarampo e o tear da varíola
Já se manifestaram e se tornaram uma tônica
Que juntamente com a vil peste bubônica
Granjearam mortes que mais parece historíola.

No pátio da modernidade há bastante estresse:
É H1N1, pneumonia e surtos de meningite
Que infeccionam e nocauteiam a verve sem limite
Da população que hoje sofre, mas acolá esquece.

Tudo isso é resposta que não vem de carona
Visto que as criaturas não plantam o que é genuíno,
Logo colhem do produto e não adianta cantar hino,
Porque o homem, anfitrião, trouxe para si o corona!

Nas passarelas da existência acontece o contágio
E o vírus, saliente, adentra sem nem pedir licença...
A vida está de luto diante desta pandemia intensa,
Que implode enfermidade para o futuro sem estágio!

DE Ivan de Oliveira Melo
 
VÍRUS

Por debaixo dos panos...

 
Há em minha alma um sonho insepulto
Sequioso de amar pelas entrelinhas da poesia
Já que o mundo arde labaredas, ama de covardia
E faz da criatura fantoche de pseudo culto.

Meu senso de amor é ingênuo folgar de carícias
Que traz da sofreguidão o êxtase que enternece,
Mas a vida toma do infortúnio o estresse
Numa leva de hipocrisias adornadas de malícias.

Meu amor eclode em palavras vitaminando estrofes
Que saciam venturas sublimes, driblam entorses
E permitem que os poemas alimentem o vazio...

É a arte produzindo o amor do mundo crônico
Que ainda não pereceu, dorme, bebeu distônico
Para não mais assistir às barbáries sem estio!
 
Por debaixo dos panos...

Flor do Roçado

 
Intensa chuva intimida a desfrute do arrebol,
Frio cortante vara impiedoso a madrugada,
Os naipes da natureza edificam sutis emboscadas
E o silêncio é o perfume único pescado pelo anzol.

Debaixo das cobertas meu corpo nu sente arrepios
E sobre tua nudez deposita ósculos e carinho...
Como é bom sentir em mim o hálito de teu corpo nuzinho
E, agarradinhos, possamos extravasar juntos nosso cio...

O contato é a alfazema que inunda meu olfato,
Nosso pelos se misturam inebriados e insensatos
A curtirem o córtex que enlameia o tom do orgasmo...

Sentimos, ambos, o doce coagular de frenética orgia,
No abraço melado a sensação de que nada é fantasia,
É o amor que se desprende audacioso da flor do roçado!
 
Flor do Roçado

HOMEM/MULHER

 
Homem, sê sincero.
Mulher, sê fiel...
Bebe do teu mel
E deixa de lero-lero.

Homem, sê perfeito.
Mulher, sê o amor...
Come seja lá o que for
E deixa de botar defeito.

Homem, sê o trabalho.
Mulher, sê o exemplo
E esquece a preguiça.

Homem, sê o orvalho.
Mulher, sê o templo
E te entrega e enfeitiça!

DE Ivan de Oliveira Melo
 
HOMEM/MULHER

Nascer de Novo

 
Visto em mim a roupa da humildade,
Dispo-me de um vestuário de hipocrisia
Que me tortura e esnoba, que me assedia,
Que me faz detento de minha hombridade.

Calço sandálias de um simples pescador
E me liberto dos sapatos de vime, de veludo
Que me fizeram prisioneiro de inconcebível luto
E me atearam fogo nas emanações de amor.

Cubro-me com lençóis transparentes
E atiro ao relento cobertores da mentira,
Livro meu eu para que não se fira
Nem me deixe rascunhos de rabugice em minha mente.

Se a vida oferece um nascer de novo,
É pela linha reta que agora me movo!
 
Nascer de Novo

Assédio

 
Pela madrugada meu corpo arde em febre...

Tua imagem me segue, teu viço me espia,
Teu beijo me sufoca, teu tesão me assedia...

O fogo da paixão arrebenta meu ventre
E uma arrebatadora volúpia faz com que eu entre
Entre os anelos que me fazem arrepiar...

Sedenta de amor tua ternura me acaricia
E sinto o marulhar das vagas ébrias do mar
Que em fluxo e refluxo me fazem sonhar
Com o paraíso que flutua na tela de minha fantasia...

Numa síndrome de desejos teu cio me acalenta
Qual furiosa tempestade que é bela e petulante,
Calafrios intermitentes são teus meneios de amante
Que me fazem delirar com tua fascinação opulenta
E pela força com que o amor me enternece e me alimenta!
 
Assédio

Exéquias

 
Balbúrdia! Sentimentos que vagueiam aturdidos,
Ofendidos diante de catres que semeiam ilusões
Numa fisiologia promíscua onde se fabricam tesões
E torna o sexo sucata... mercadoria de teor bandido!

Socorro! Venéreas são as identidades deste vaticínio
Que edificam um futuro lúgubre associado à morte...
A centelha da vida chora e não há quem se conforme
Perante uma insensatez que deixa vesgo o raciocínio...

É ululante a destruição da etnia que apenas sobrevive
Sobre pinceis opacos que pintam a existência em declive
E já não se alimentam do sol que é energia fã da saúde...

Silêncio! Eis o velório que ameaça o respirar do mundo,
Palco inóspito donde o amor foi expulso pelo vagabundo
Prazer que tiraniza a relíquia ventura do belo, amiúde...
 
Exéquias

TROCADILHOS

 
Hei de passar minha vida em revista
Porque nas revistas do mundo
Meus poemas são entrevistas...

Hei de pintar meus cabelos grisalhos
Porque brancos me deixam coroa...
Meu espírito é jovem, quero ser rei
E adornar-me com uma coroa
Sem precisar de tomar de uma moeda
E jogá-la de cima até embaixo e ver
No que deu: cara ou coroa?

Hei de aguar as plantas do jardim
Porque na planta de minha casa
Edifiquei um jardim da infância
A fim de curtir o sorriso das crianças...

Minha casa é um imenso tesouro
Onde guardo meu cansaço
E ofereço hospedagem a um amigo
Que casa e, em lua de mel,
Abre a casa dos seus botões...

Hei de ofertar uma rosa da roseira
Que há em meu quintal e dar à
Rosa o vestido cor-de-rosa
Para que ela não vá colher flores
Dentre as urtigas do matagal...

Hei de barbear minha cara
Com aquela loção cara
Que um cara me ensinou...

Hei de estudar Física
Para entender certos movimentos
Porque na Educação Física
Muito me machuco e sofro tormentos...

Hei de ir ao zoológico ver os macacos,
Mas antes necessito de vistoriar o carro,
Pois tenho dois macacos para alevantar
O veículo e sou alto o suficiente
Para botar macaco no regulador de energia...

Por hoje é o bastante... É que estou só
E só eu para entender
Que dois mais dois são cinco...oh, são quatro!
 
TROCADILHOS