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O que há entre o tempo e as lembranças?

 
O que há entre o tempo e as lembranças?
Recordo-me ontem mesmo de minha infância, solitária.
Eu era uma menina feita de papel, desenhava o futuro as expectativas, objetivos e os medos.
A pouco quando me apercebo tudo já se fora, como o outono que deixa folhas secas espalhadas pelo chão. A menina de papel, já não existe mais, o que se tem do que se fora, apenas folha de papel amassada no fundo de uma gaveta vazia e cheia de mofo. Não ouso procurar, a menina, ou melhor, o futuro desenhado aos olhos de uma criança tola. Trouxe o passado comigo sob forma de “castigo”. Por sonhar tanto com o futuro, acabei num emaranhado de mundos paralelos.


Submetestes as ironias do inconsciente, fuja-te antes que te apeteça... Corre, anda, atrás dos futuros que pensas habitar no passado.


Hoje já sei quem sou, mas não convém dizer, apenas sinto-me ser. Não quero me definir, nem em sentidos, nem em palavra alguma. Resumo minha vida em um parágrafo, sem prólogo, pontuação, citação e sem nexo, apenas com o título: “Recordações futuras?”.


"Quando me amei de verdade, comecei a escrever sobre o que eu vivia e o que eu pensava, porque compreendi que era meu direito e minha responsabilidade."

 
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D4RK ANG3L.exe
 
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