Sonetos : 

«« Fadário ««

 
Este aperto no peito que me tolhe as ideias
Não sei se é da noite, não sei se é do dia
Se é do vento que corre ou da fresca maresia
Este olhar imperfeito não tem hora nem dias

Chega de manhãzinha por entre colunas
E pela tardinha envolvido em burocracia
Na alta madrugada afugentando acalmia
Este aperto no peito que se abre em chagas

Não sei se é de mim, ou daquilo que vejo
Não sei se é o mundo ou a puta da vida
Talvez seja eu que estou sem guarida

Quem sabe é a morte de um país à deriva
Será que é o vento que corre ao contrario
Certamente é lamento de um povo, o fadário.

Antónia Ruivo

http://porentrefiosdeneve.blogspot.com/


Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

 
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Antónia Ruivo
 
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Enviado por Tópico
Liliana Jardim
Publicado: 17/03/2011 01:06  Atualizado: 17/03/2011 01:06
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Mensagens: 4412
 Re: «« Fadário ««
Ola Antonia

Faz tempo que não te leio e hoje saboriei o teu soneto, onde a refleção da vida de nós e do que nos rodeia está patente

Beijinhos poetisa
Tudo de bom para ti