Sério
Que isso nem Freud explica:
Esses tipos de mentes doentias
Que carregam dentro do cérebro
Aquilo que se leva dentro das tripas.
Que usam e abusam da tecnologia
Para causar ao semelhante tantos danos.
Que possuem o pior dos defeitos humanos
Que, fora o desamor, é a covardia.
Sério que procuro mas não entendo
Como certas mentes dementes e doentias
Desperdiçam o valioso e sagrado tempo
A procurar pelas desavenças e as intrigas
E encontram imaginação para os ódios tantos
Enquanto a pia da cozinha cheia de vasilhas
E a máquina de lavar transbordando panos.
Quanto mais eu rezo mais me assombro
Com essas verdadeiras e marmóreas Ruínas
Vivas que ando pelo caminho trombando;
Com essas princesas que me cheiram a sapas
De um lodaçal que exala essências maldosas.
Dessas senhoras ocultas atrás de uma fumaça,
Ventrudas, desumanas, fúteis, inúteis e mentirosas.
Com essas pedras porosas, feias e frias;
Com essas cavernas fechadas e fodidas
Que exalam azedume, restos e escombros...
Com esses seres saídos não de uma vulva
Mas de um orifício que fede a cemitério,
A fogo e enxofre do quinto dos infernos
Onde merecem arder tais bestiais criaturas;
Com essas casas imundas de piscinas sujas,
Essas almas ressequidas que abominam o Amor,
Que preferem continuar sendo cavernas escuras
Ao invés de construir um jardim em si e em flor.
Gyl Ferrys