Poemas : 

Choves

 
CHOVES

Finalmente choves

Sem dó nem piedade
Entranhas-te-me na pele
Choves-me de verdade
Sou apenas feito de papel

Finalmente choves

Não há para onde fugir
Um verbo para me abrigar
Choves-me no que há-de vir
Não tenho mãos para me tapar

Finalmente choves

Alegra-me e mata-me isso
Desconhecido amante ou ópio
Uma espécie de amor ou viço
Coração visto ao estetoscópio

Finalmente choves

E eu quase não dei por ela
Mulher maior que a chuva
Estreito sentir de uma viela
Num calor frenético de vulva

Finalmente choves
E eu choro


O meu verdadeiro nome é José Ilídio Torres. É com ele que assino os meus livros.
Já publiquei 12 obras em géneros diversos: crónica, romance, conto e poesia.
Foi em 2007, aqui no Luso, que mostrei pela primeira vez.

 
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SilvaRamos
 
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Enviado por Tópico
João Marino Delize
Publicado: 26/03/2013 21:41  Atualizado: 26/03/2013 21:41
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Usuário desde: 29/01/2008
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 Re: Choves
CHOVES? - CHOVER VERBO IRREGULAR
Sei que usaste a licença poética, mas chover é um verbo irregular e não dá para ser conjugado.