MADURO

Muito obrigado, karinna*, pelo gentil comentário. Esse soneto em especial marca um sincero desejo de mudança no olhar que lanço sobre a vida. Oxalá consiga manter o espírito sereno diante das adversidades na fé que o passado, de facto, passou.

Aprender a perdoar-se -- não como autocomplacência acomodada -- é um acto de maturidade na medida em que supera os erros ao invés de remoê-los e sem ignorar que foram, de facto, erros.

É isso.

Abraços, RicardoC.

Muito obrigado, Anggela.

Demorei muito tempo para entender que saber perdoar-se não é ter autocomplacência com erros cometidos. É ir além deles.

Bem intencionado ou iludido, não importa: algo acabou mal e eu sou o responsável. Perdoar-se não é fugir à responsabilidade ou relativizar a gravidade de nossas más escolhas, sim reconhecer que há sempre novas escolhas a serem feitas e o passado deve iluminá-las, não as impedir.

Assim, apesar dos pesares, posso olhar confiante o que virá, mesmo que sejam novas adversidades e azares. O mundo há-de continuar o mesmo, com suas injustiças e contradições. Tudo o que podemos mudar, lentamente, é nossa postura diante dele. Isso não funciona muito e nem sempre estou bem com tudo, mas percebo hoje que é o que tenho.

É isso.

Abraços, RicardoC.