Poemas : 

Olhar Pintado à Mão

 
Os dias entrelaçam-se no peito
A dor atroz consome sem jeito
Um último olhar sobre seu leito
A noite caiu calada e traiçoeira
A moldar sombras por brincadeira
Uma após outra como a primeira

As sementes que atiradas à terra
São agora uma lápide que descerra
Este chão de homens em guerra
Crescem trepadeiras nas carcaças
E apodrecem nas mãos escassas
Das outras mulheres devassas

O querer ser é sem poder querer
A alma perdida por não mais ter
Tanto tempo que tem para viver
A palavra seca em lábios crentes
Que sussurram diálogos indecentes
Entre esses vendedores de gentes


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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